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Neoenergia (NEOE3): lucro líquido de R$ 1,2 bilhão no 1T22, aumento de 20%

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A elétrica Neoenergia encerrou o primeiro trimestre de 2022 com lucro líquido de R$ 1,2 bilhão, aumento de 20% em relação a igual período no ano passado.

receita operacional líquida da companhia aumentou 15%, alcançando R$ 9,88 bilhões.

Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – aumentou 60% no trimestre, para R$ 3,169 bilhões.

No braço de renováveis, a receita avançou 67%, para R$ 406 milhões, com a entrada em operação do Complexo Chafariz. No segmento liberalizado, de térmicas, a alta foi de 36%, para R$ 770 milhões.

No seguimento de redes, o maior da Neonergia, que contempla tanto as distribuidoras quanto os ativos de transmissão, a receita líquida saltou 15%, saindo de R$ 7,2 bilhões para R$ 9,5 bilhões. Segundo a companhia, a alta se dá, majoritariamente, pelos reajustes tarifários registrados ao longo de 2021.

A alta das tarifas remediou o fato de a energia injetada ter recuado 1,5% na base anual, ficando em 19,4 GWh, considerando tanto o mercado cativo quanto o livre – isso por conta dos maiores volumes de chuvas e das temperaturas inferiores na comparação com o mesmo período do ano anterior.

O lucro bruto da Neoenergia, ainda com os reajustes, saltou 31% na base anual, chegando a R$ 4,1 bilhões.

As despesas operacionais somaram R$ 889 milhões no 1T22, +12% vs. 1T21, um pouco acima do IPCA 12 meses que foi de 11,3%, explicado pelas despesas de Neoenergia Brasília já que no 1T21 foi consolidada somente a partir de 2 de março de 2021. Desconsiderando os valores da Neoenergia Brasília em janeiro e fevereiro de 2022, as despesas somaram R$ 841 milhões (+5% vs. 1T21), absorvendo a inflação, o maior número de clientes, maior headcount e novos negócios (entrada em operação dos projetos de transmissão – Santa Luzia e Jalapão e do Complexo Eólico de Chafariz).

O déficit financeiro da Neoenergia, por outro lado, cresceu 140%, saindo de R$ 382 milhões para R$ 917 milhões. “A variação é explicada, principalmente, pela maior despesa com encargos de dívida, com gasto de R$ 654 milhões, em razão do aumento de 49,4% no saldo médio da dívida devido às captações direcionadas para Capex de novos projetos de transmissão e eólicas, além das Distribuidoras”, explica a companhia.

Os investimentos totais da Neoenergia no período somaram R$ 2,446 bilhões, sendo R$ 800 milhões em geração de energia renovável, dos quais R$ 364,3 milhões no complexo solar Neoenergia Luzia, que terá capacidade instalada total de 149,3 MWdc. No segmento de distribuição os aportes totalizaram R$ 1,27 bilhão, com R$ 703 milhões destinados à expansão de redes.

No primeiro trimestre deste ano a base de clientes das cinco distribuidoras da Neoenergia totalizou 15,8 milhões de consumidores, alta de 2,1%, com o incremento de 326 mil consumidores.

Os resultados da Neoenergia (BOV:NEOE3) referentes às suas operações do primeiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 27/04/2022. Confira o Press release na íntegra!

Teleconferência

A Neoenergia está avançando com a venda de sua participação na Norte Energia, concessionária da usina hidrelétrica Belo Monte, e vê “alguns interessados” no processo, disse o CEO da elétrica, Mario Ruiz-Tagle, nesta quarta-feira.

“Estamos avançando nesse projeto, com alguns interessados, temos algumas questões regulatórias que atingem a Norte Energia que estamos acompanhando, principalmente tudo que se refere ao hidrograma que vai ser aplicado para a geração da usina”, disse, durante teleconferência de resultados.

A Neoenergia detém uma fatia de 10% na Norte Energia. Além da empresa, também são sócios da concessionária a Cemig, a Eletrobras, a J.Malucelli Energia, as autoprodutoras Aliança Energia (uma empresa com participação da Vale e Cemig) e Sinobras e entidades de previdência complementar Petros e Funcef.

A companhia já tinha intenção de alienar o ativo desde o IPO, em 2019, e no início deste ano decidiu prosseguir com “análises e providências” para determinar as condições para a alienação de sua fatia na concessionária.

Ainda na teleconferência, o executivo afirmou que a companhia não está avaliando a potencial venda da distribuidora Celg-D pela italiana Enel, conforme adiantado pela Reuters.

Em transmissão, a companhia está estudando participar do próximo leilão de transmissão de energia, que ocorrerá em meados deste ano, mas não indicou quais lotes teria interesse.

Segundo o executivo, a alta dos custos associados aos projetos de transmissão pode afastar alguns players da disputa, reduzindo a competitividade e possivelmente melhorando a expectativa de rentabilidade de alguns projetos que serão leiloados.

Ainda segundo Ruiz-Tagle, a Neoenergia está avaliando revisar sua política de dividendos, para torná-la mais aderente ao nível de alavancagem da companhia.

VISÃO DO MERCADO

Ativa

A Neoenergia apresentou resultados satisfatórios no primeiro trimestre de 2022, com bons números em perdas e bons índices de arrecadação e inadimplência, embora tenha registrado queda nos volumes distribuídos em função de maiores chuvas e menores temperaturas nas regiões de sua concessão, diz a Ativa Investimentos, em relatório.

“A margem bruta, apoiada pelas revisões e reajustes tarifários ocorridos ainda em 2021, pela entrada em operação do Complexo Chafariz e pela eficiência no controle de custos, veio levemente superior às nossas expectativas”, escrevem os analistas Ilan Arbertman e Tadeu Lourenço. A Neoenergia reportou margem de 42,3%, ante expectativa de 40% da corretora.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 2,42 bilhões também veio um pouco acima das estimativas de R$ 2,32 bilhões, afirmam os analistas, embora as despesas tenham sido superiores à inflação em função do maior desembolso com a adequação operacional da Neoenergia Brasília.

“Destacando ainda a trajetória descendente de perdas, as ações contra a inadimplência, bem como o avanço nos projetos de transmissão e geração, ficamos com uma impressão positiva dos resultados”, escrevem eles.

Ativa mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 24,00…

BTG Pactual 

A BTG Pactual avalia em relatório que a Neoenergia apresentou bons resultados no 1T22. O ebitda somou R$ 3,2 bilhões, que ajustado pelo VNR (R$ 532 milhões) e efeitos contábeis IFRS na transmissão (R$ 210 milhões), teria totalizado R$ 2,4 bilhões, 9% acima da projeção do BTG, devido ao “excelente” desempenho operacional, contenção de custos nas distribuidoras e bons resultados na TermoPE.

O segmento de distribuição apresentou ebitda ajustado de R$ 1,85 bilhão, 9% acima da projeção do banco, com todas as distribuidoras superando suas estimativas de ebitda.

BTG Pactual tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 29,00…

Citi

Os resultados da Neoenergia no primeiro trimestre de 2022 superaram as previsões, em mais uma surpresa positiva, com as tendências operacionais da empresa indo muito bem há alguns trimestres, avalia o Citi, em relatório.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) limpo de R$ 2,4 bilhões superou a previsão do Citi de R$ 2,06 bilhões, em pontos fortes no negócio de distribuição agregada, bem como em sua grande usina térmica, escrevem os analistas Antônio Junqueira e Guilherme Bosso.

Segundo eles, o lucro líquido de R$ 1,2 bilhão foi muito melhor do que a previsão de R$ 306 milhões, ajudado pelo Ebitda reportado mais forte de R$ 3,1 bilhões e despesas financeiras menores, R$ 200 milhões abaixo da projeção.

Os analistas destacam ainda a distribuição forte, com despesas crescendo menos que a inflação e as perdas de energia caindo, apesar de volumes decepcionantes. Já em geração, as térmicas levaram a empresa a superar as previsões de Ebitda. “Ter um portfólio diversificado valeu a pena”, escrevem.

Por fim, os analistas ressaltam que as operações são boas e a alocação de capital é aceitável, e assim o foco da empresa deve ser recuperar a confiança dos investidores, bastante prejudicada pela decisão de renovar um contrato de royalties com a controladora no final do ano passado.

Citi mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 29,00…

Credit Suisse

Segundo o Credit Suisse, a Neoenergia teve fortes números, liderados por resultados térmicos e controle de custos.

Os resultados regulatórios superou as estimativas do banco, beneficiando-se de reajustes tarifários, consolidação de novos ativos (Brasília distribuidora, complexo eólico Chafariz e linhas de transmissão) e bom desempenho de custos, enquanto os números da geração de energia também vieram em melhores do que o previsto, principalmente devido a resultados térmicos mais fortes (ajuste tarifário e menores custos de compra de energia).

Credit Suisse mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 23,30…

Itaú BBA

O Itaú BBA apontou que a Neonergia terá outro bom trimestre. Para analistas, o Ebitda recorrente veio acima do esperado, explicado por margens acima do esperado na Termopernambuco. Também enxergam um aumento maciço de Ebitda em uma base anual, auxiliado por todos os negócios, principalmente distribuição.

Apesar dos resultados sólidos entregues até o momento, a Neoenergia teve desempenho inferior aos seus principais concorrentes nos últimos meses e é o nome mais barato sob a cobertura do BBA.

Itaú BBA mantém recomendação outperform para Neonergia, e preço-alvo de R$ 27,90.

Safra 

O Safra destaca em relatório que a companhia teve resultado sólido no 1T22 com  ebitda de R$ 3,169 bilhões (+38,7% a/a), 5,7% acima das suas estimativas e 39,2% acima do consenso.

O ebitda comparável foi de R$ 2,427 bilhões (+60% a/a) e ficou 0,3% abaixo das estimativas do Safra, e 6,6% acima do consenso.

“A empresa está se desalavancando rapidamente, o que deve abrir espaço para projetos de crescimento adicionais ou maior distribuição de dividendos”, explica o time de analistas do Safra.

O Lucro Líquido reportado foi de R$ 1,212 bilhão (+20% a/a), 4,3% acima da estimativa do Safra.

“A empresa oferece uma TIR real atrativa de 11,6% e um sólido crescimento de EBITDA para os próximos anos, impulsionado pelo start-up de projetos de transmissão e geração”, escrevem os analistas no relatório.

Safra tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 25,70…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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