A Petrobras adota uma “conduta anticoncorrencial” ao definir os preços dos combustíveis com base nas ações de um cartel internacional: a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). É o que afirma o novo conselheiro do Cade, Gustavo Augusto, em entrevista exclusiva ao Broadcast.
Depois de Jair Bolsonaro (PL) reclamar várias vezes dos preços dos combustíveis, Augusto, 46, – que era assessor especial do gabinete pessoal do presidente da República – traz uma tese nova que, se for para frente no órgão, pode levar a punições e até mesmo a determinações que resultariam na mudança na política de preços da Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4).
“Um cartel de países fixa artificialmente o preço lá fora e uma grande companhia aqui diz que vai reproduzir o preço. Como vamos lidar com isso? Quando você adere a uma conduta do cartel, você está cometendo uma conduta anticoncorrencial”, afirmou.
Em sua primeira entrevista desde que tomou posse no cargo, na quarta-feira passada, ele defendeu o aprofundamento das investigações no setor para apurar também se há um conluio para segurar a produção de combustíveis de modo a aumentar preços e maximizar lucros. “Não será inesperado a gente encontrar um cartel no setor de óleo e gás. O Cade não pode se meter no preço do combustível, mas pode punir conduta”, afirmou o novo conselheiro.
Na conversa, Gustavo Augusto declarou ainda que votaria pela aprovação da Oi por Tim, Claro e Vivo e defende a revisão nos valores mínimos de notificação de fusões e aquisições ao Cade.
Informações Broadcast
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