O Magazine Luiza teve prejuízo líquido de R$ 161,3 milhões no primeiro trimestre, o que reverte o lucro de R$ 258,6 milhões do mesmo período de 2021. A companhia afirmou, em seu relatório de resultados, que o desempenho reflete o aumento de despesas financeiras no período.
Em termos ajustado, a Magalu teve prejuízo de R$ 98,8 milhões, revertendo lucro de R$ 81,5 milhões do primeiro trimestre de 2021. O desempenho foi influenciado, principalmente, pelo aumento das despesas financeiras no período.
A receita líquida cresceu 6,2% para R$8,8 bilhões, em linha com a variação da receita bruta total.
O ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – somou R$ 339,5 milhões, uma queda de 51,2%, com margem Ebitda de 3,9%, ante 8,4% de um ano antes.
O Ebitda ajustado somou R$ 434,2 milhões, alta de 1,7%, com margem de 5,0%, ante 5,2% de um ano antes. Em março, a margem Ebitda atingiu 6,1%.
Segundo consenso da Refinitiv, em termos ajustados, era esperado um prejuízo de R$ 114 milhões, em comparação a um lucro de R$ 81,5 milhões do mesmo período de 2021. Neste quesito, as perdas vieram abaixo das estimativas, com prejuízo de R$ R$ 98,8 milhões.
Em relação ao Ebitda ajustado, a projeção era de R$ 339,86 milhões, mas veio acima do esperado, somando R$ 434,2 milhões.
As vendas totais, incluindo marketplace, da Magazine Luiza totalizaram R$ 14,124 bilhões, um aumento de 13,2%.
O e-commerce registrou crescimento de 16% e atingiu R$ 10 bilhões em vendas. As vendas do marketplace do Magazine Luiza avançaram 50%, ficando acima de R$ 3,6 bilhões, e representaram 36% das vendas on-line.
Nas lojas físicas, as vendas cresceram 6% na comparação com o 1T21, para R$ 4 bilhões. “A tendência de vendas vista em janeiro e fevereiro foi significativamente melhor que no final de 2021 e, em março, o crescimento acelerou ajudado parcialmente pela menor base de comparação”, diz o comunicado do Magazine Luiza.
As vendas mesmas lojas físicas (SSS, na sigla em inglês) recuaram 2,8%.
“Na prática, repassamos para o preço final a inflação de custo dos produtos que comercializamos e o aumento da taxa de juros, o que foi refletido na margem bruta”, diz a mensagem da administração.
A empresa reafirmou seu foco em rentabilidade, principalmente para as categorias de bens duráveis.
Os níveis de estoque foram ajustados, com redução do saldo em mais de R$ 1 bilhão comparado ao fechamento de 2021. “Além disso, otimizamos as despesas variáveis e fizemos ajustes na operação para estarmos mais adaptados ao tamanho do mercado atual, que tem sofrido o impacto do cenário macroeconômico adverso”, complementa a nota.
As despesas operacionais em relação à receita líquida cresceram 2,9 pontos percentuais para 22,8%. O Magazine Luiza explica que o aumento está associado à menor diluição das despesas nas lojas físicas e ao crescimento expressivo do marketplace.
As despesas financeiras líquidas totalizaram R$ 422,1 milhões, equivalentes a 4,8% da receita líquida. Em relação ao mesmo período do ano anterior, as despesas aumentaram 2,7 p.p. devido ao aumento da taxa de juros na economia brasileira ao longo do ano – a taxa SELIC passou de 2,00% a.a. no começo de 2021 para 11,75% a.a. no final de março de 2022.
No 1T22, os investimentos somaram R$ 174,6 milhões, incluindo investimentos em tecnologia, logística e novas lojas.
A Companhia encerrou o trimestre com uma posição de caixa líquido ajustado de R$ 1,6 bilhão e com uma posição de caixa total no valor de R$ 8,5 bilhões, considerando caixa e aplicações financeiras de R$ 2 bilhões e recebíveis de cartão de crédito disponíveis de R$ 6,5 bilhões.
Os resultados da Magazine Luiza (BOV:MGLU3) referente suas operações do primeiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 16/05/2022. Confira o Press Release completo!
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters