A Rumo, do conglomerado Cosan, registrou prejuízo líquido de R$ 68 milhões no primeiro trimestre de 2022, revertendo lucro de R$ 175 milhões obtido no mesmo trimestre de 2021.

Segundo a companhia, o desempenho foi impactado negativamente pela alta dos juros no resultado financeiro e e o aumento nas despesas com depreciação, decorrentes dos maiores investimentos em terminais, material rodante e via permanente.

A receita operacional líquida do grupo cresceu 26,3% no comparativo trimestral, para R$ 2,21 bilhões.

O indicador inclui a receita pelo direito de passagem de outras ferrovias, receita do transporte de açúcar utilizando outras ferrovias ou o modal rodoviário e receita por volumes contratos e não realizados conforme acordos comerciais.

O ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – alcançou R$ 1 bilhão de janeiro a março deste ano, alta de 20,4% sobre igual intervalo do ano passado. Com isso, a margem Ebitda atingiu 45,4%, queda de 2,3 pontos porcentuais na comparação anual.

Segundo a companhia, na linha do Ebitda o principal destaque foi a Operação Norte, que apresentou crescimento de 23,7% do indicador e 36,5% de volume.

O volume transportado pela Rumo no 1T22 foi de 18,1 bilhões de TKU, 30,5% acima do 1T21, em razão da safra antecipada de soja e dos ganhos operacionais, que permitiram uma maior capacidade no período.

O lucro bruto totalizou R$ 632 milhões nos três primeiros meses de 2022, incremento de 19,9% em relação ao mesmo trimestre de 2021. A margem bruta foi de 28,6% no 1T22, um baixa de 1,5 p.p. na comparação anual.

As despesas comerciais, gerais e administrativas somaram R$ 107 milhões no 1T22, uma redução de 1,4% na comparação com mesmo período de 2021.

A dívida líquida da companhia ficou em R$ 9,6 bilhões no final de março de 2022, crescimento de 2,2% em relação ao quarto trimestre de 2021.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 2,7 vezes em março/22, queda de 0,1 vez em relação a dezembro de 2021.

No primeiro trimestre de 2022, o Capex atingiu R$ 692 milhões, redução de 26,1% ano contra ano, reforçando o compromisso da Companhia com a disciplina de capital e em linha com o guidance divulgado para o Mercado.

O Capex recorrente no trimestre foi de R$ 247 milhões, 12,0% abaixo do 1T21. O Capex de expansão atingiu R$ 445 milhões, o que representa uma redução de 32,2% em relação ao mesmo período de 2021. A queda decorre principalmente dos menores níveis de investimento em locomotivas e terminais na Malha Central, após o início da operação em São Simão e Rio Verde.

Apesar da redução apresentada, a Rumo segue implementando as obras do caderno de investimentos oriundos da renovação da Malha Paulista e da fase operacional da Malha Central, além da aquisição de vagões, obras de modernização na via permanente, duplicações e implantação do Positive Train Control – PTC. Esses projetos, além de aumentarem a capacidade e trazerem maior nível de eficiência, permitem, entre outros ganhos, a redução do consumo de combustível, fundamental para redução de emissões específicas de gases de efeito estufa.

Os resultados da Rumo (BOV:RAIL3) referente suas operações do primeiro trimestre de 2021 foram divulgados no dia 06/05/2022. Confira o Press Release completo!

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters