A Vibra Energia (antiga BR Distribuidora) registrou lucro líquido de R$ 325 milhões no primeiro trimestre de 2022, queda de 34% em relação a igual período no ano passado.
A companhia destacou que o impacto no lucro ocorreu principalmente em função das operações com hedge de commodities de cerca de R$ 747 milhões (antes do IR), considerando o realizado e o a realizar no próximos trimestres. Além disso, houve o reconhecimento no resultado do período o valor total de R$ 516 milhões decorrente da constituição da Vem e da integralização da Vibra Comercializadora na Comerc (R$ 447 milhões em relação à VEM e R$ 69 milhões em relação à Vibra Comercializadora, também antes do IR).
A receita líquida da companhia somou no primeiro trimestre deste ano R$ 38,381 bilhões, o que representa uma alta de 46,9% em relação a igual período do ano passado, mas um recuo de 2,3% ante o quarto trimestre de 2021.
O Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado da Vibra Energia alcançou R$ 1,107 bilhão, número 6,3% abaixo do reportado no primeiro trimestre de 2021 e 30,7% a menos que o montante obtido no quarto trimestre do ano passado. A margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) ajustada teve queda de 1,6 ponto percentual na base anual, passando de 4,5% no 1T21 para 2,9% no 1T22.
“Apesar dos diversos efeitos decorrentes de dinâmicas competitivas e ainda das variações abruptas de preços das commodities, ainda conseguimos encerrar o 1T22 com patamares de margens bastante compatíveis com os que vimos perseguindo”, explica a empresa.
“Este resultado representa mais um passo importante para a Vibra, que desde o 4T20 vem atingindo Ebitda Ajustado acima de R$ 1 bilhão por trimestre, com margens médias trimestrais superiores a R$ 115/m³, mesmo em contextos tão distintos quando comparamos os trimestres ao longo deste período”.
O volume de vendas apresentou uma redução de 9,9% na comparação com o 4T21, reflexo das menores vendas de diesel (menos 5,9%), de óleo combustível (menos 56,1%) e de ciclo Otto (menos 7,6%), parcialmente compensado pelas maiores vendas de coque (mais 20,3%) e combustível de aviação (mais 2,0%).
Segundo a empresa, “tais variações são reflexo da sazonalidade habitual do setor, agravadas pelos efeitos de uma nova onda da Covid-19, consequências de um surto de Influenza, somando-se às chuvas torrenciais em algumas localidades no Brasil”.
Na comparação anual, houve redução de 3,7% no volume total de vendas, principalmente em razão das menores vendas de coque de (menos 72,2%) e de óleo combustível de (menos 39,1%), parcialmente compensado pelas maiores vendas de combustível de aviação de (mais 33,7%).
As despesas operacionais ajustadas foram de R$ 1,231 bilhão no 1T22, “que sem o efeito do resultado com o Hedge de commodities (menos R$ 54/m³) e CBIOs (mais R$23/m³), totalizam R$ 536 milhões (R$ 60/m³), uma redução de R$ 102 milhões trimestralmente, principalmente pela redução das PCEs, como também redução nas despesas de operações (redução de movimentação de volumes nas bases), marketing e incentivos de curto prazo a empregados”.
Na comparação anual, a Vibra teve redução de R$ 28 milhões, em razão dos menores efeitos de PCEs compensados parcialmente por menores recuperações tributárias e maiores gastos com marketing e incentivos de curto prazo a empregados.
A rede postos viu um pequeno aumento no volume de vendas, na ordem de 0,3%, em relação ao 1T21, indo a 5,446 milhões de metros cúbicos. B2B, por sua vez, caiu 19,3%, para 2,564 milhões de metros cúbicos. Mercado de aviação viu o volume de vendas subir 33,7%, para 979 mil metros cúbicos. No total, a Vibra computou queda de 3,7% em todas as vendas, para 8,988 milhões de metros cúbicos.
A companhia terminou o 1T22 com endividamento líquido de R$ 10,2 bilhões, em linha com o trimestre anterior, com a alavancagem (Dívida líquida/Ebitda) de 2,1x ao final do período.
Os resultados da Vibra Energia (BOV:VBBR3) referentes suas operações do primeiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 16/05/2022. Confira o Press Release completo!
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters