A Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro), com apoio da Federação Única dos Petroleiros (Fup) e sindicatos filiados, enviou nesta quinta-feira, 23, ofício aos conselheiros e membros do Comitê de Elegibilidade da Petrobras alertando sobre inconsistências para a nomeação de Caio Paes de Andrade para a presidência da Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4).
De acordo com as entidades, o nome do indicado pelo presidente Jair Bolsonaro deveria ser rejeitado pelo Conselho, “visto o cenário de instabilidade que pode acarretar sua nomeação”, afirmaram em nota.
A Anapetro, que reúne petroleiros que também são acionistas da companhia, alerta ainda que “caso o nome seja aprovado, buscará os meios legais, tanto nos órgãos de controle, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), quanto no Poder Judiciário, para que a decisão seja revista.
“O senhor Andrade não possui notório conhecimento na área, além de ser formado em comunicação social, sem experiência no setor de petróleo e energia”, diz o documento entregue ao Conselho.
Além disso, acusa a Anapetro, o candidato não apresentou certificado de conclusão dos cursos que diz ter feito na Duke University e em Harvard University, nos Estados Unidos. “O currículo apresentado pelo indicado de Bolsonaro à Petrobras fala em pós-graduação em Administração e Gestão pela Harvard University e Mestre em Administração de Empresas pela Duke University. A Petrobras exige a comprovação por meio dos certificados”, explicam.
O Comitê de Elegibilidade recebeu ontem, 22, a documentação completa de Paes de Andrade, e deve entregar o seu parecer ao Conselho na sexta-feira, 24.
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