Dólar fecha com alta, acompanhando a deterioração do clima nos mercados internacionais

O dólar avançou na última hora de negócios e fechou em alta frente ao real e aos principais pares, acompanhando a deterioração do clima nos mercados internacionais.

Investidores optaram pela cautela antes da divulgação da inflação (CPI) dos EUA em maio, nesta 6ªF. Embora as projeções apontem para uma desaceleração do dado, declarações de Mohamed El-Erian parecem ter reforçado o pessimismo do mercado. O ex-CEO da Pimco alertou que a inflação nos EUA ainda não atingiu o pico e quem acredita nisso terá que rever suas posições.

Por aqui, a moeda chegou a cair pela manhã, diante da surpresa do IPCA de maio, que desacelerou mais do que o esperado, empurrando para baixo os juros futuros.

Também pela manhã, o BCE confirmou que vai iniciar o aperto monetário em julho, mas a sinalização da dose inicial (25 pb), em julho, foi considerada insuficiente pelo mercado, levando o euro a despencar.

Lagarde disse que “uma alta mais agressiva pode ser apropriada”, mas deixou essa possibilidade apenas para a reunião de setembro. Além disso, o BCE reduziu as previsões de crescimento do PIB no bloco, colocando o receio de uma recessão no radar.

O dólar à vista fechou em alta de 0,52%, a R$ 4,9156, perto da máxima do dia (R$ 4,9201), registrada minutos antes do fechamento. A mínima do dia foi R$ 4,8672. Às 17h15, o dólar futuro para julho subia 0,33%, a R$ 4,9480. Lá fora, o DXY disparava 1,02%, aos 103,359 pontos, na máxima do dia. Já o euro caía 0,93%, para US$ 1,0617; e a libra recuava 0,36%, a US$ 1,2492.

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(Com informações da BDM, UOl e Agencia CMA)