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Telefônica Brasil (VIVT3): lucro líquido de R$ 746 milhões no 2T22, queda de 44,6%

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A Telefônica Brasil, reportou lucro líquido de R$ 746 milhões no período, queda de 44,6% na comparação anual. A companhia foi impactada por custos maiores que minimizaram resultados da divisão de telefonia móvel.

A projeção da Refinitiv era de que a companhia tivesse lucrado R$ 1,145 bilhão no segundo trimestre. Já a projeção para o lucro reportado, considerando efeitos operacionais e contábeis, era de R$ 1,073 bilhão.

A receita líquida da companhia cresceu 11%, para R$ 11,83 bilhões. A base de clientes avançou 17,7% ante o segundo trimestre de 2021, alcançando 114 milhões de acessos.

A receita fixa total manteve o desempenho positivo (+1,7% a/a), com destaque para a receita de FTTH (fibra para casa), que cresceu 23,7% na base de comparação.

O crescimento da receita de serviço móvel foi “impulsionado pelo aumento de 5,9% a/a da Receita de Pós-pago, que representa 81% da receita de serviço móvel.” A Telefônica contabiliza: “No último trimestre, adicionamos 1,269 milhão de acessos pós-pago, tanto pela migração de pré-pago para controle, quanto pelo saldo positivo de portabilidade de outras operadoras.”

A Receita de Pré-pago aumentou 18,3% na comparação anual em função do aumento da base de clientes com inclusão dos acessos da Oi Móvel e da maior recorrência nas recargas.

ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – recorrente foi de R$ 4,578 bilhões, alta de alta de 8,3% na mesma base de comparação anual. A margem Ebitda encolheu 1 ponto porcentual, para 38,7%. O dado no critério “recorrente” exclui ganhos e perdas de ordem tributária e regulatória.

A projeção de Ebitda era de R$ 4,608 bilhões, sendo que um ano antes foi de R$ 4,226 bilhões. A projeção para o Ebitda reportado era de R$ 4,569 bilhões, ante R$ 3,099 bilhões de um ano atrás. Já a margem Ebitda recorrente foi de 38,7% no 2T22, baixa de 1 ponto percentual na comparação ano a ano.

“O desempenho reflete o forte crescimento das receitas totais de 11,1%, com uma maior participação das receitas core, 91,6% da receita total (+2,9 p.p.)”, diz a empresa.

Os custos totais recorrentes somaram R$ 7,253 bilhões no 2T22, um crescimento de 12,9% em relação ao mesmo período de 2021.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 601 milhões no segundo trimestre de 2022, um aumento de 282,1% em relação ao mesmo período de 2021.

Segundo a Telefônica, o aumento da despesa financeira foi em função do maior endividamento médio por aquisição das licenças 5G no final de 2021, aumento da taxa de juros no período, e dos contratos reconhecidos como leasing em função do IFRS16.

Os Investimentos realizados alcançaram R$ 2.575 milhões (+14,4% a/a), o que representa 21,8% da Receita Operacional Líquida do trimestre, um aumento de 0,6 p.p. na comparação anual. Os investimentos foram direcionados ao reforço da nossa rede móvel, com destaque para a preparação da rede para ativação do 5G nas capitais e a incorporação dos acessos da Oi Móvel, além do investimento na expansão da rede de fibra.

A dívida bruta (ex-Arrendamento) da Companhia atingiu R$ 3.880 milhões ao final do 2T22, sendo 28% denominada em moeda estrangeira. A exposição cambial da dívida está 100% coberta por operações de proteção cambial (hedge).

O endividamento teve aumento de 62,9% a/a em função do passivo financeiro atrelado às Licenças 5G adquiridas em leilão da ANATEL e empréstimo bilateral captado em Abril de 2022. Considerando Caixa e Aplicações e Derivativos.

A Companhia registrou dívida líquida de R$ 723 milhões no dia 30 de junho de 2022. Se incluído o efeito do arrendamento, a dívida líquida atingiu R$ 13,226 milhões ao final do 2T22.

Os resultados do Telefônica Brasil (BOV:VIVT3) referentes suas operações do segundo trimestre de 2022 foram divulgados no dia 26/07/2022. Confira o Press Release completo!

Teleconferência

O mercado de fibra óptica desacelerou e não está mais crescendo como estava durante a fase mais aguda da pandemia, mas a Telefônica Brasil mantém meta de expandir sua rede até o fim de 2024, afirmou nesta quarta-feira o presidente-executivo da companhia, Christian Gebara.

“É um movimento natural… Mas não está mais acelerando como estava na fase mais grave da pandemia”, afirmou o executivo durante teleconferência com analistas sobre os resultados da Telefônica Brasil divulgados na noite da véspera.

O executivo afirmou que a companhia mantém a meta de fazer sua rede de fibra estar disponível para 29 milhões de residências até o final de 2024, numa estratégia do grupo de focar em oferta de serviços com maior valor agregado para incrementar margens e ampliar fidelização de clientes. “Hoje estamos acima de 21 milhões, dentro do planejado.”

Questionado sobre se as recentes reduções de impostos cobrados do setor poderão implicar em melhoria de margens de lucro para a companhia, Gebara afirmou que a Telefônica está repassando aos clientes os cortes no ICMS que passaram a valer em Estados do país a partir do final de junho.

“Estamos focados em cumprir as determinações e em repassar as reduções de impostos em todos os segmentos…conforme podemos”, afirmou Gebara.

“Todas as empresas do setor estão olhando para melhores retornos…É um movimento que acontece há muitos trimestres. Há também a inflação e estamos nos ajustando de acordo com isso”, disse o executivo.

Gebara afirmou ainda que o movimento de migração de clientes da Oi Móvel para a base da Telefônica Brasil “tem sido muito sólido” nos segmentos pré e pós-pago. Ele comentou que a receita média por usuário, conhecida pela sigla Arpu, teria sido “positiva” em ambos os segmentos no segundo trimestre desconsiderando o impacto dessa migração. No segundo trimestre, o Arpu foi de 25 reais por mês no segmento móvel, queda de 6,5% na comparação anual.

VISÃO DO MERCADO

Ativa Investimentos

A Telefônica Brasil apresentou um resultado em linha com as estimativas da Ativa. A receita cresceu 7,1% YoY, em linha com o projetado. O EBITDA cresceu 9,1% YoY,e houve leve queda da margem em função de despesas ligeiramente abaixo do esperado.

O segmento móvel foi um destaque positivo do período, com ganho de market share após alguns trimestres de leve perda, além de apresentar robustas expansões de receita, mesmo após exclusão dos efeitos da aquisição da Oi Móvel.

O segmento fixo continuou o bom desempenho dos trimestres anteriores, com destaque para a contínua expansão do segmento FTTH (fibra ótica).

O lucro líquido veio abaixo das estimativas, devido às receitas financeiras, que aumentaram acima do projetado em função de maior endividamento decorrente dos investimentos em 5G, além do aumento da taxa básica de juros.

Ativa mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 55,00…

BTG Pactual 

Os resultados do 2T22 ficaram em linha com as estimativas do BTG, mas abaixo das estimativas do consenso. A receita orgânica de serviços cresceu 6,6% a/a para R$ 10,8 bilhões, o maior crescimento em 8 anos. O 2T22 marcou o primeiro trimestre com assinantes da Oi Mobile consolidados nos resultados da Vivo.

Estimamos que os clientes da Oi adicionaram R$ 370 milhões em receita, impulsionando o crescimento da receita de serviços para 10,3% a/a (em linha conosco e acima do consenso). O EBITDA foi de R$ 4,6 bilhões, com redução de 1,0p.p. a/a na margem para 38,7% (em linha com nossa projeção, mas abaixo do consenso), principalmente pressionado pela alta inflação e mais vendas de aparelhos (que pressionam a margem).

E, finalmente, as despesas com juros mais altas explicam o lucro de R$ 746 milhões (-45% a/a, acima de nossas estimativas e bem abaixo do que o consenso esperava).

BTG Pactual mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 64,00…

Citi

Apesar de tendências positivas de receitas, os resultados de Telefônica Brasil no segundo trimestre vieram abaixo do esperado, diz o Citi, com inflação de custos e despesas financeiras corroendo o lucro.

Os analistas Gabriel Gusan, Roberta Versiani e Karina Salva Martins escrevem que o impacto combinado de maiores custos e despesas financeiras, em meio a inflação e alta nos juros, pressionou o lucro abaixo das expectativas.

Do lado positivo, o banco destaca as receitas de R$ 11,8 bilhões, 2% acima do esperado, com tanto receitas de serviços móveis quanto fixos surpreendendo. Os investimentos de R$ 2,6 bilhões foram altos, representando quase 22% das receitas, por conta do 5G.

Citi mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 53,00…

XP Investimentos

A Telefônica Brasil apresentou resultados de segundo trimestre em linha com o esperado, diz a XP. O destaque positivo fica por conta do crescimento robusto das receitas. Do lado negativo, a margem Ebitda ficou abaixo do esperado por efeitos da inflação e de um mix de receitas pior.

Os analistas Bernardo Guttmann e Marco Nardini escrevem que a companhia está conseguindo aumentar preços sem causar evasão da sua base de assinantes, mantendo o “churn” sob controle.

“Em nossa visão, o forte crescimento da receita móvel também reflete, de certa forma, o cenário competitivo mais racional após a consolidação do mercado, passando de quatro para três empresas”, comentam.

Outro destaque positivo é a robustez da estratégia da controladora da Vivo para serviços fixos, com crescimento de receitas em fibra óptica e focado em empresas. A companhia teve crescimento de 200 mil clientes em fibra no trimestre.

XP mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 58,00…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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