A Brisanet reportou prejuízo líquido de R$ 1,2 milhão, revertendo lucro de R$ 14,5 milhões do mesmo período do ano passado.
A receita líquida apresentou um crescimento de 39,1%, passando de R$170,1 milhões, no 2T21, para R$ 236,6 milhões no 2T22.
Isso se deu principalmente em função do aumento do número de assinantes – que se ampliou de 736.580 para 977.229 em junho de 2022 (+33%) – e do aumento da participação dos pacotes de maior valor na base de clientes.
O ebitda – lucro antes de juros impostos, amortização e depreciação – alcançou R$ 96,6 milhões de abril a junho, alta de 117,5% na base anual, com margem de 40,8%, 14,7 pontos percentuais (p.p.) acima do visto um ano antes.
A Companhia está concentrada em aumentar a taxa de ocupação dos HPs construídos desde julho de 2021 (2,3 milhões de HPs nos últimos 12 meses), de modo a diluir seus custos e retornar a um patamar de rentabilidade mais próximo do histórico.
O número de assinantes da Brisanet saltou 33%, de 736.580 para 977.229, com aumento também da participação dos pacotes de maior valor na base de clientes.
O ARPU (ticket médio) do B2C foi de R$92,01 no 2T22, um crescimento de 4% quando comparado ao do 2T21. Nos últimos 12 meses, os pequenos provedores – principais concorrentes da Companhia – reduziram preço para aumentar base ou tentar conter o churn. Ainda assim a Companhia, com sua estratégia acertada de expansão orgânica e foco na qualidade dos serviços, aumentou seu ticket médio como resultado direto da expansão em capitais e da maior participação de planos de maior valor. Em relação ao trimestre anterior, o ARPU permaneceu praticamente estável.
O resultado financeiro foi uma despesa de R$ 34,7 milhões, em comparação a uma receita de R$ 9,6 milhões no mesmo período de 2021. O resultado deste trimestre foi impactado pelo aumento das taxas de juros desde novembro de 2021 e da depreciação do real em 10,6% no trimestre. Ao final de junho, a base exposta a câmbio da Companhia era de cerca de R$95 milhões, entre fornecedores internacionais e financiamentos, o que representa uma queda de cerca de 65% em relação a de dezembro de 2021.
As despesas operacionais da Companhia no 2T22 ficaram estáveis quando comparado ao 2T21 e caíram 3% quando comparado ao trimestre anterior.
As despesas gerais e administrativas, excluindo-se depreciação e amortização, caíram R$ 29,3 milhões quando comparado ao 2T21.
A Companhia intensificou, somente a partir do 2T21, a estruturação das áreas de apoio para o crescimento e para a abertura de capital – contabilidade, financeiro, jurídico, RH e pessoal de lojas – aumentando despesas de pessoal, serviços de terceiros e outras despesas.
A Brisanet apresentou dívida bruta de R$ 1,1 bilhão em junho de 2022 direcionado ao investimento na expansão geográfica de sua rede de fibra óptica. A dívida bruta é composta por empréstimos e financiamentos, debêntures, notas promissórias, obrigações de arrendamento e operações com derivativos.
Considerando Caixa e aplicações financeiras ao final do período de R$427,9 milhões, a Companhia apresentou dívida líquida de R$717,9 milhões, comparado a dívida líquida de R$ 74,6 milhões ao final de 2021.
A maior parte deste recurso está aplicada em instrumentos com liquidez menor que 90 dias e com rentabilidade média no período de 101,2% CDI. O aumento da dívida líquida se deu basicamente pela aplicação de caixa em investimentos – expansão da rede de fibra ótica, expansão da base de clientes, recomposição da base de clientes e aquisição de equipamentos para implantação de projeto-piloto de 5G ainda em 2022. A companhia monitora seu endividamento pelo indicador de dívida líquida/EBITDA. Em 30 de junho de 2022, o nível de endividamento estava em 2,3x, 0,13x menor que ao final do trimestre anterior.
Os resultados da Brisanet (BOV:BRIT3) referente suas operações do segundo trimestre de 2022 foram divulgados no dia 12/08/2022. Confira o Press Release completo!
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor