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Ambev (ABEV3): lucro líquido de R$ 3,215 bilhões no 3T22, queda de 13,4%

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Ambev registrou lucro líquido de R$ 3,215 bilhões no terceiro trimestre de 2022, uma queda de 13,4% em relação ao mesmo período de 2022. Já o lucro ajustado da Ambev foi de R$ 3,229 bilhões, queda de 13,9% no comparativo com igual etapa do ano anterior.

A receita líquida foi de R$ 20,587 bilhões, alta de 11,3% no comparativo com o mesmo indicador financeiro apresentado um ano antes.

Segundo a companhia, a receita foi impulsionada principalmente pelo crescimento de 17,4% da receita líquida por hectolitro (“ROL/hl”). A receita líquida cresceu na maioria das nossas unidades de negócios: LAS2 +45,8%, Brasil NAB +35,8%, Cerveja Brasil +17,1% e Canadá +9,2%, enquanto a CAC diminuiu 13,1%.

O ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado foi de R$ 5,6 bilhões, alta de 2,4%. De acordo com a companhia, o indicador foi impulsionado pelo desempenho da receita, porém parcialmente compensado pelos preços das commodities e contínuas pressões inflacionárias que pressionam as despesas (SG&A) de modo geral.

O Ebitda no Brasil foi de R$ 2,807 bilhões, avanço de 23,5%. De acordo com a Ambev, o destaque no mercado brasileiro foi o segmento de marcas premium, como Chopp Brahma e Original. Apesar do maior faturamento, o segmento de cervejas no Brasil teve queda de 0,03% nos volumes, para 23,483 milhões de hectolitros.

A projeção Refinitiv era de que a companhia de bebidas registrasse um Ebitda de R$ 5,281 bilhões. Já para a receita, a expectativa era de R$ 20,21 bilhões no trimestre.

A receita líquida das operações no Brasil teve alta de 19,7%, para R$ 10,768 bilhões. Já o Ebitda no Brasil foi de R$ 2,807 bilhões, avanço de 23,5%. De acordo com a Ambev, o destaque no mercado brasileiro foi o segmento de marcas premium, como Chopp Brahma e Original. Apesar do maior faturamento, o segmento de cervejas no Brasil teve queda de 0,03% nos volumes, para 23,483 milhões de hectolitros.

“O trimestre foi marcado pelo momentum no Brasil mais do que compensando ventos contrários contínuos em algumas de nossas operações internacionais, particularmente em CAC. A inflação continuou a pressionar custos e despesas em nossos mercados, mas o crescimento contínuo do volume e o melhor desempenho da ROL/hl levaram a crescimento de dois dígitos tanto na receita como no EBITDA. Além disso, o desempenho do Brasil durante o 3T22 melhorou em relação ao 1S22, e continuamos no caminho certo para entregar melhor crescimento de receita líquida e Ebitda no 2S22, embora nossas operações internacionais ainda não tenham melhorado”, afirmou.

O volume total da companhia alcançou 46,256 milhões de hectolitros, recorde para um terceiro trimestre e alta de 1,3% em relação ao mesmo período de 2021. Analistas de mercado estimavam que os volumes da companhia ficariam estáveis no comparativo anual.

O fluxo de caixa das atividades operacionais diminuiu 4,5% em relação aos R$ 6.398,2 milhões do 3T21, impactado pelos desempenhos do CAC e do Canadá.

⇒ Produção

A alta do volume foi liderada pelo segmento brasileiro de bebidas não-alcoólicas (NAB), com alta de 10,2%, América Latina Sul (LAS), com avanço de 4,5% e Canadá, alta de 3,4%. Já o volume de cerveja no Brasil ficou estável em comparação com um desempenho forte do 3T21. O volume da América Central e Caribe (CAC) diminuiu 18,7%, conduzido pela República Dominicana e pelo Panamá.

O desempenho comercial do Brasil se destacou mais uma vez, com crescimento de receita líquida de dois dígitos em Cerveja Brasil (+17,1%) e NAB Brasil (+35,8%), traduzindo-se em crescimento de EBITDA de dois dígitos (17,7% e 78,5%, respectivamente) e expansão da margem EBITDA (+20 pb e +620 pb, respectivamente).

Em Cerveja Brasil, continuamos a aproveitar o momento conforme as ocasiões fora de casa retornam, e a execução de nossa estratégia comercial entregou resultados mais uma vez. O volume foi flat, com as marcas premium crescendo dígito único alto (high single digit) e as marcas core crescendo dígito único médio (midsingle digit). As marcas core plus continuam representando aproximadamente 10% do volume total de cerveja (contra cerca de 4% pré-pandemia). Quanto ao NAB Brasil, a mudança de patamar no crescimento do volume continuou (+10,2%) graças à recuperação do canal on trade, ganhos de participação de mercado (de acordo com nossas estimativas) e melhor distribuição com o BEES, enquanto o desempenho da ROL/hl foi impulsionado principalmente por nossas iniciativas de gestão de receita, pela recuperação do on trade e por um mix melhor de premium e embalagens single serve.

Enquanto isso, LAS cresceu tanto a receita líquida quanto o EBITDA (45,8% e 40,5%, respectivamente), CAC enfrentou um trimestre muito difícil, com a receita e o EBITDA em declínio (-13,1% e -43,6%, respectivamente), e o Canadá permaneceu em recuperação sequencial, com a receita subindo 9,2% e o EBITDA caindo 2,6%, com contratação de margem EBITDA nas três regiões (-110 pb, -1480 pb e -320 pb, respectivamente).

Em LAS, o crescimento da receita líquida foi produto da ROL/hl continuando a crescer em linha com o 1S22, juntamente com o crescimento resiliente do volume na Argentina, apesar dos desafios macro, e com a recuperação de volume na Bolívia, que vem voltando este ano da pandemia do COVID.

O CPV foi principalmente impactado pelo aumento do preço das commodities (principalmente alumínio, mas também cevada), enquanto o SG&A foi impactado principalmente pelo aumento dos custos de distribuição graças ao diesel e ao frete, particularmente em mercados que têm maior grau de produtos importados, como Canadá, Chile e países da CAC. Como resultado, o CPV/hl excluindo depreciação e amortização aumentou 21,5% e o SG&A aumentou 23,3%. Para o ano, continuamos esperando que o CPV/hl excluindo depreciação e amortização de Brasil Cerveja (excluindo a venda de produtos de marketplace nãoAmbev) cresça na faixa de 16 a 19%.

Os volumes da América Central e Caribe e do Canadá, os volumes caíram 18,7%, liderados pela República Dominicana e Panamá. Na República Dominicana, embora a questão do fornecimento de garrafas do 1S22 tenha sido superada, a ilha continua sofrendo com restrições logísticas. Além disso, com a inflação em níveis elevados e remessas mais baixas, o nível de consumo diminuiu. No Panamá, a indústria foi impactada no trimestre por protestos em larga escala e agitação social relacionados ao aumento dos preços e ainda não recuperamos participação de mercado.

E, no final do trimestre, a região também foi atingida pelos furacões Fiona e Ian, que atingiram a República Dominicana, Porto Rico e outras ilhas do Caribe. Como resultado, a receita líquida caiu 13,1%, com a ROL/hl crescendo 6,9%. A pressão inflacionária também impactou nossos custos e despesas, principalmente no que diz respeito às commodities, diesel e frete marítimo, uma vez que a região depende de um maior mix de produtos importados. O EBITDA Ajustado diminuiu 43,6% no trimestre e, no 9M22, o EBITDA Ajustado diminuiu 16,0%, com a receita líquida diminuindo em 3,1% (volumes – 11,5%, e ROL/hl +9,5%).

Os resultados da Ambev (BOV:ABEV3) referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 27/10/2022. Confira o Press release na íntegra!

Teleconferência

As margens pressionadas da Ambev (ABEV3) foram, provavelmente, o principal ponto negativo apontado por analistas do resultado da companhia no terceiro trimestre, divulgado na manhã desta quinta-feira (27). Apesar do crescimento do faturamento, com repasse de preços, a cervejaria viu sua lucratividade recuar por conta do câmbio e da alta das commodities, mas busca formas de remediar o problema.

Para melhorar sua performance operacional, os executivos da Ambev defenderam, em teleconferência com analistas, que estão buscando ganhar espaço com as garrafas retornáveis, continuar avançando com suas plataformas digitais e a aumentar a participação do seu portfólio premium.

“Em relação às margens futuras, acho que os drivers principais não mudaram. Continuaremos aperfeiçoando a rentabilidade. Precisamos ter o top line [receita] avançando, o que vem acontecendo nos últimos quatro anos, e precisamos manter esse crescimento balanceando volumes e margens”, disse Lucas Lira, diretor financeiro (CFO) da Ambev.

O uso de garrafas retornáveis tende a diminuir os gastos da empresa com embalagens. Adquirir, ou produzir, latas de alumínio é algo mais caro do que a reutilização das embalagens de vidro.

Neste ponto, a Ambev afirma que vem tentando, por exemplo, utilizar suas plataformas digitais BEES (business to bussines) e Zé Delivery (business to consumer) para incentivar o uso do vidro.

Fora isso, a companhia voltou a afirmar que o BEES e o Zé Delivery continuam sendo muito importantes nas suas projeções de ganhos operacionais, com os “dados gerados dentro da plataforma ajudando a Ambev entender melhor seus parceiros e clientes”.

No caso dos segmentos premium e high end, o esforço é porque os produtos que compõe esses portfólios tendem a oferecer margens melhores.

Do lado dos custos, os executivos afirmaram que o último ano foi desafiador, com um “combo de ondas contrárias” para as margens, mas que, nesse ponto, há certos avanços.

“Em relação a custos, o que eu disse em julho continua valendo. Após três ou quatro anos com ventos contrários, com desvalorização cambial, alta das commodities, no último enfrentamos vários deles juntos”, explicou Lira. “Agora, vemos que há maior visibilidade. Temos o real, por exemplo, como algo favorável, mas não podemos falar o mesmo do peso argentino ou das commodities. Precisamos agora concluir os hedges para o ano, mas sujeitos a tudo que não pode ser hedgeado”.

Copa do Mundo deve ser impulsionadora para planos da Ambev

A Copa do Mundo, para os executivos da companhia, também deve ser um fator importante para além do aumento do faturamento. O plano da Ambev é utilizar o evento para impulsionar todos os fatores que a companhia considera importante.

“A demanda será alta e nunca tivemos uma Copa do Mundo no fim do ano. Estamos preparados. Nossa meta, para além das vendas, é estabelecer um vínculo maior com os consumidores. Nosso plano comercial é muito bom e acho que a equação tem resiliência”, defendeu Jean Jereissati, diretor executivo (CEO) da Ambev.

De qualquer forma, os executivos enxergam que o evento deve impulsionar os ganhos da Ambev por meio das vendas maiores, com a projeção de que serão vendidos cinco milhões de hectolitros a mais na Copa de 2022 do que na de 2018. Fora isso, o ganho de escala deve ajudar a cervejaria a diluir, no último trimestre, boa parte dos seus custos fixos.

“O mix, no geral, tende a ter resultado positivo. E quando falamos de despesas com vendas para o evento, é importante dizer que já começamos o trabalho e já estamos carregando parte desses gastos no terceiro trimestre. A preparação já começou. Uma parte da Copa, com gastos com mídias e produção, por exemplo, já foi carregada”, contextualizou o CEO. “Além disso, os gastos não irão disparar. No quarto trimestre, o que esperamos é aumentar investimento nos países como Brasil e Argentina e reduzir um pouco o fluxo para países que não se interessam tanto por futebol”, concluiu.

VISÃO DO MERCADO

Bank of America

A Ambev apresentou resultados melhores do que o esperado no terceiro trimestre de 2022, avalia o Bank of America (BofA) em relatório, com um lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações (Ebitda) ajustado 5% acima do esperado pelo banco. O resultado foi impulsionado por um forte volume no Brasil e melhor margem.

Os volumes de cerveja no Brasil ficaram estáveis em relação ao ano anterior, em uma comparação difícil, sem comprometimento em termos de receita por hectolitro, explicado por uma forte execução dos segmentos centrais da operação da Ambev.

O banco destaca que as bebidas não alcoolicas continuam a se beneficiar da venda cruzada gerada pelo Bee, a plataforma entre empresas que permite a bares e restaurantes comprar da Ambev itens que vão além da cerveja.

“Por outro lado, as operações internacionais tiveram um caminho atribulado no terceiro trimestre, com os resultados do custo de aquisição de clientes esgotando devido a restrições logísticas e menor demanda devido ao aumento da inflação na região”, afirmam os analistas Isabella Simonato e Guilherme Palhares.

O banco atribui à avaliação ao alto custo e desaceleração da inflação no Brasil, que pode limitar o repasse, enquanto os concorrentes aumentam a capacidade.

Bank of America mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 16,00…

Citi

Os resultados da Ambev no terceiro trimestre superaram expectativas, com o Ebitda de R$ 5,6 bilhões vindo acima do consenso do mercado, diz o Citi. O banco destaca a aceleração das margens, com melhor mix de vendas e eficiência operacional.

Os analistas liderados por Sérgio Matsumoto escrevem que essa alavancagem operacional deve ser sustentável, o que ajudou a mitigar parcialmente os custos ainda altos com transporte e combustíveis.

“O volume de cervejas do Brasil cresceu 35% na comparação com 2019, o que é o dobro do crescimento registrado em 2021, indicando que a Ambev ganhou volume de produção significativo antes da Copa do Mundo”, afirmam.

Citi tem recomendação de compra com preço-alvo em R$ 18,50…

Credit Suisse

Os resultados da Ambev foram neutros no terceiro trimestre, com os bons números na operação brasileira sendo compensados parcialmente por um desempenho fraco nas unidades internacionais, diz o Credit Suisse.

As analistas Marcella Recchia e Fernanda Sayão escrevem que os volumes de cerveja no Brasil mantiveram estabilidade na comparação anual, em nível recorde para o trimestre, superando expectativas de queda.

No entanto, nos resultados consolidados, a receita e o Ebitda vieram dentro das estimativas por conta da fraqueza nas operações internacionais. O lucro líquido de R$ 3,2 bilhões superou projeções em 16% por itens não-recorrentes.

Credit Suisse tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 18,00…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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