A EDP Brasil divulgou as informações referentes ao mercado de energia elétrica do terceiro trimestre de 2022 e do acumulado dos nove meses de 2022, dos segmentos de atuação da Companhia.

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:ENBR3) na terça-feira (11).

O volume de energia distribuída apresentou aumento de 1,0% no trimestre, sendo 1,9% na EDP SP e -0,4% na EDP ES. No acumulado, o volume de energia distribuída aumentou 1,9%, (1,6% na EDP SP e 2,4% na EDP ES).

• CONSUMO POR CLASSE (MWh)

Devido a melhora dos indicadores econômicos, como redução da taxa de desemprego1 , aumento das atividades nos setores de comércio2 e serviços3 e medidas governamentais de apoio à renda, a classe residencial e comercial apresentaram crescimento expressivo, minimizado pela desaceleração da atividade industrial4 do período. A Companhia apresentou aumento de 2,7% no número de novos clientes e de 12,8% no número de clientes livres (102 clientes na EDP SP e 103 clientes na EDP ES) em função das migrações dos clientes do mercado cativo para o mercado livre.

EDP SÃO PAULO: aumento de 1,9% e de 1,6%, no trimestre e no acumulado, respectivamente, decorrente do aumento do consumo da classe residencial e da atividade comercial, minimizado pelo impacto negativo da atividade industrial.

• Residencial: o aumento de 3,7% e de 1,1%, no trimestre e no acumulado, respectivamente, refletem o maior número de dias médios faturados (+0,7 dia no trimestre e +0,9 dia no acumulado) e as ações para recuperação de receita, minimizado pelas temperaturas mais amenas (-0,5°C no trimestre e -0,8ºC no acumulado);
• Industrial: o aumento de 0,3% no trimestre reflete o crescimento das atividades do setor de papel e celulose (+26,4%) e de borracha e plástico (+9,0%), minimizado pelo setor de produção de veículos automotores (-12,8%). No acumulado, o volume de energia distribuída manteve-se em linha com o mesmo período do ano anterior;
• Comercial: o aumento de 4,2% e de 7,7%, no trimestre e no acumulado, respectivamente, refletem a reclassificação de clientes (principalmente da classe industrial). Excluindo este efeito, a classe apresentaria redução de 0,1% no trimestre e aumento de 4,1% no acumulado, respectivamente. Além disso, o maior número de dias médios faturados (+0,5 dia no trimestre e +1,2 dia no acumulado) contribui positivamente, minimizado pelas temperaturas mais amenas (-0,6°C no trimestre e -0,7ºC no acumulado); e
• Outros : o aumento de 2,7% e de 2,5%, no trimestre e no acumulado, respectivamente, refletem a retomada do consumo da classe poder público, após a redução das medidas estabelecidas de distanciamento social, decorrente da pandemia.

EDP ESPÍRITO SANTO: redução de 0,4% no trimestre, decorrente das quedas no consumo das classes industrial e outros. No acumulado, houve aumento de 2,4%, decorrente do desempenho das classes residencial e comercial.

• Residencial: o aumento de 5,0% e de 4,4%, no trimestre e no acumulado, respectivamente, refletem a reclassificação de clientes (principalmente da classe rural), as ações de recuperação de receita e as temperaturas mais altas (+0,5ºC no trimestre e no acumulado). Além disso, os dias médios faturados tiveram impacto positivo no trimestre (+0,1 dia) e negativo no acumulado (-1,1 dia);
• Industrial: redução de 2,4% no trimestre e aumento de 0,8% no acumulado. No trimestre, a classe foi impactada negativamente pelo setor de extração de minerais metálicos (-16,4%). No acumulado, a redução da atividade industrial do setor de extração de minerais metálicos (-4,1%) foi minimizada pelo aumento do consumo dos setores de metalurgia (+7,1%), minerais não metálicos (+3,4%) e produtos alimentícios (+10,9%);
• Comercial: o aumento de 2,5% e de 8,1%, no trimestre e no acumulado, respectivamente, refletem a recuperação do comércio capixaba6 , além do impacto positivo das temperaturas mais elevadas (+0,5ºC, tanto no trimestre quanto no acumulado);
• Rural: a redução de 0,9% no trimestre, resulta da reclassificação de clientes (principalmente para classe residencial) e do menor número de dias médios faturados (-0,1 dia), minimizado pelas ações de recuperação de receita e pelo menor volume de precipitação média do período (-44mm), impactando diretamente o consumo para irrigação. No acumulado, além dos efeitos já mencionados, a redução de 3,5% decorre do menor número de dias médios faturados (-1,6 dia), minimizado pelo maior volume de precipitação no período (+48 mm); e
• Outros : a redução de 10,4% no trimestre reflete os efeitos negativos da alta base de comparação do período anterior, decorrente da liberação de faturamento de clientes da classe de serviço público. No acumulado, o aumento de 0,1% reflete as temperaturas mais altas (+0,4ºC) e a retomada do consumo da classe poder público, após a redução das medidas de distanciamento social.

• GERAÇÃO HÍDRICA

O volume de energia vendida, considerando as empresas consolidadas, foi de 1.624 GWh, redução de 15,5%, decorrente do menor volume de energia vendida em Lajeado (-180,0 GWh) e Enerpeixe (-136,9 GWh), resultante da redução de contratos bilaterais estabelecidos no período, devido ao cenário hidrológico mais favorável, impactando os preços de energia no curto prazo. No acumulado, o volume de energia foi de 4.673 GWh, redução de 9,7%, decorrente dos efeitos já mencionados.

Considerando as empresas não consolidadas, o volume de energia vendida reduziu 5,8% no trimestre e 2,4% no acumulado.

O GSF médio no trimestre foi de 75,2%, resultando em uma exposição de 421,7 GWh, ao PLD médio de R$ 66,4/MWh (Submercado SE/CO), decorrente da alocação da garantia física, conforme o perfil do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) e da maior geração de fontes intermitentes, como eólica e solar. No acumulado, o GSF médio foi de 88,6%, resultando em uma exposição de 554,2 GWh, ao PLD médio de R$ 60,1/MWh (Submercado SE/CO).

• GERAÇÃO TÉRMICA

A disponibilidade média da Usina no acumulado foi de 96,8%, decorrente da parada programada da Usina para manutenção das unidades geradoras em maio. Desde dezembro de 2021, não houve despacho na usina, devido a melhora do cenário hidrológico.

• TRADING

O volume de energia comercializada totalizou 5.212 GWh no trimestre, aumento de 37,9%, decorrente da continuidade do cenário hidrológico favorável no Sistema Interligado Nacional (SIN), gerando equilíbrio na relação de oferta e demanda e resultando em um ambiente favorável para as operações de trading, decorrente do baixo risco de crédito no mercado. No acumulado, o volume de energia totalizou 13.045 GWh, aumento de 19,4%, decorrente dos efeitos já mencionados, além das operações estabelecidas de longo prazo, que propiciaram maior liquidez ao mercado, ampliação da carteira de clientes e manutenção da estratégia de proteção do portfólio integrado.

• VAREJISTA E ATACADISTA

O volume de energia comercializada totalizou 435 GWh e 967 GWh, no trimestre e no acumulado, aumento de 263 GWh e de 602 GWh, respectivamente, decorrente dos novos contratos estabelecidos e da manutenção da carteira de clientes, além do aumento de migrações dos clientes do mercado cativo para o livre. As migrações são impulsionadas pelo redução dos preços de curto prazo no mercado spot e também pela expectativa de alta nos reajustes tarifários das distribuidoras.