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Intel planeja milhares de cortes de empregos diante da desaceleração da demanda dos PCs

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A Intel (NASDAQ:INTC) está planejando cortar custos eliminando milhares de empregos neste outono, informou a Bloomberg na terça-feira (11), prevendo que a organização de vendas e marketing da fabricante de chips pode perder até 20% de sua equipe.

A Intel também é negociada na B3 através do ticker (BOV:ITLC34).

Os cortes relatados ocorrem em meio a um declínio acentuado na receita, arrastado pela queda na demanda por PCs. Em julho, a Intel cortou sua previsão de vendas para 2022 para US$ 67 bilhões, abaixo dos US$ 79 bilhões do ano passado. E alertas antecipados de outras empresas de tecnologia sugerem que o mercado de PCs continuou a declinar durante o verão.
A Intel não quis comentar terça-feira sobre o relatório da Bloomberg. O relatório disse que a Intel pode anunciar os cortes quando divulgar os resultados financeiros trimestrais em 27 de outubro, citando pessoas não especificadas “com conhecimento da situação”.

A Intel tem cerca de 114.000 funcionários em toda a empresa, aproximadamente um quinto deles em Oregon. A empresa é o maior empregador corporativo do estado, uma âncora para a economia regional. Demissões amplas em toda a empresa poderiam facilmente deixar centenas de moradores de Oregon sem trabalho.

A perspectiva de demissões é uma reversão chocante para a Intel, que vinha sofrendo com a escassez de trabalhadores no ano passado em meio à forte demanda por chips de computador. E a Intel começou um boom de construção, com duas novas fábricas de chips em construção no Arizona e mais duas chegando em Ohio.

Com o mercado de PCs agora em queda pós-pandemia, a Intel se colocou em uma posição difícil ao comprometer bilhões de dólares para expandir os negócios, mesmo com as vendas caindo. Portanto, as demissões não seriam surpreendentes, especialmente em unidades de negócios que não geram receita direta.

A Bloomberg informou que o machado será mais pesado no grupo de vendas e marketing da Intel, com essa organização perdendo até um em cada cinco empregos. Cortes acentuados no grupo de fabricação e pesquisa da Intel podem ser menos prováveis, com o novo CEO Pat Gelsinger comprometido com um plano ambicioso – e caro – para reconstruir a proeza de fabricação e tecnologia da Intel.

Essa aposta ainda pode valer a pena se a Intel puder entregar a sucessão de atualizações para seus microprocessadores que prometeu. Mas com as vendas em declínio e a economia global oscilando à beira da recessão, a Intel pode passar por um período excruciante, mesmo se o projeto de recuperação de Gelsinger for bem-sucedido.

A Intel teve duas grandes rodadas de demissões em 2015 e 2016, quando a empresa se reestruturou em preparação para o declínio de longo prazo em seu grupo de PCs, eliminando 13.000 empregos no total. Essas demissões foram um momento cultural doloroso para a Intel, criando ressentimento e amargura persistentes quando o ex-CEO Brian Krzanich tentou reposicionar o negócio.

A Intel agora enfrenta crescente insatisfação com seus investidores. As ações da empresa perderam quase metade de seu valor este ano, caindo de cerca de US$ 50 por ação no final de 2021 para US$ 25,04 no fechamento de terça-feira.

A taxa de desemprego do Oregon permanece perto de uma baixa histórica, em 3,7%. Os cargos vagos no estado superam com folga as pessoas à procura de trabalho, mas a inflação crescente, os aumentos das taxas de juros federais e a incerteza econômica global podem rapidamente obscurecer o quadro econômico de Oregon.

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