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A Ferrari (NYSE:RACE) divulgou na quarta-feira (02) que elevou novamente sua orientação para o ano inteiro depois que as remessas, a receita e o lucro por ação aumentaram em porcentagens de dois dígitos durante o terceiro trimestre.
A Ferrari também é negociada na B3 através do ticker (BOV:RACE34).
Ainda assim, a margem de lucro da Ferrari caiu, pois vendeu um mix de veículos menos lucrativo durante o período.
A montadora italiana de supercarros agora espera receita de cerca de 5 bilhões de euros e lucro ajustado por ação de cerca de 5 euros para o ano inteiro. Elevou pela última vez sua orientação para 2022 em agosto, dizendo aos investidores que esperem receita de cerca de 4,9 bilhões de euros e lucro ajustado por ação entre 4,80 euros e 4,90 euros para o ano.
As ações da Ferrari caíram cerca de 2% no início do pregão. Aqui estão os principais números do relatório de ganhos do terceiro trimestre:
- Lucro por ação: 1,23 euros contra 1,18 euros esperado pelos analistas de Wall Street consultados pela Refinitiv.
- Receita: 1,25 bilhão de euros contra a estimativa de Wall Street de 1,16 bilhão de euros por Refinitiv.
“Hoje, continuamos a gerenciar uma carteira de pedidos excepcional: com exceção de alguns modelos, toda a nossa linha está esgotada”, disse o CEO Benedetto Vigna em comunicado.
A Ferrari embarcou 3.188 veículos no terceiro trimestre, um aumento de 16% em relação ao ano anterior. O aumento nas entregas foi impulsionado pelo aumento na produção do carro esportivo híbrido 296 GTB de seis cilindros, disse a Ferrari. Mas esses ganhos foram parcialmente compensados por embarques mais baixos do híbrido SF90 de oito cilindros com preço mais alto.
A mudança no mix levou a um declínio na margem EBIT (lucro antes de juros e impostos) da Ferrari, para 23,9%, de 25,7% no terceiro trimestre de 2021.
O pipeline de novos modelos da Ferrari permanece robusto. A empresa apresentou seu primeiro SUV, o Purosangue, em setembro. As entregas começarão em meados de 2023. Uma versão de teto aberto do carro esportivo 296, chamada 296 GTS, também deve começar a ser vendida no primeiro semestre do próximo ano.
A Ferrari não foi afetada pelos problemas globais da cadeia de suprimentos que prejudicaram a produção das montadoras maiores, já que seus volumes totais de produção são pequenos.
Enquanto isso, a demanda permaneceu forte. Os clientes ricos da empresa são menos afetados pelas preocupações econômicas de curto prazo que podem estar levando os consumidores comuns a cortar gastos.
Com informações de CNBC
