A operadora de shoppings centers BR Malls registrou lucro líquido ajustado de R$ 140,9 milhões no terceiro trimestre de 2022 (3T22), montante 48,6% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2021. O lucro líquido atribuído aos acionistas da BR Malls chegou a R$ 127,5 milhões no terceiro trimestre, um avanço de 123,1% em relação aos R$ 57,149 milhões apresentados no mesmo período do ano passado.

A receita líquida avançou 21%, para R$ 371,4 milhões. O Ebitda ajustado subiu 34%, para R$ 254,1 milhões. A margem alcançou os 68,4%, porém, a empresa destaca que excluindo os efeitos não recorrentes dos outros resultados operacionais, a margem cresce para 70,5%.

O ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado totalizou R$ 254,1 milhões no 3T22, um crescimento de 34,1% em relação ao 3T21. A margem Ebitda ajustada atingiu 68,4% entre julho e setembro, alta de 6,6 pontos percentuais frente a margem registrada em 3T21.

A empresa informa que o crescimento orgânico dos seus ativos foi impulsionado pela recuperação de vendas, que totalizou R$ 5,3 bilhões, e pela forte ocupação dos shoppings.

As despesas gerais e administrativas aumentaram 16,2%, para R$ 59,3 milhões.

O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) ficou negativo em R$ 121,7 milhões, uma deterioração de 36,7%.

O fluxo de caixa operacional (FFO, na sigla em inglês) ajustado atingiu a cifra de R$ 159,6 milhões no terceiro trimestre de 2022, um aumento de 49,1% na comparação com igual etapa de 2021.

A melhora nos resultados da BrMalls vem do crescimento das receitas de aluguel (devido à queda na inadimplência e à recuperação de valores atrasados), combinada com aumento nas receitas com estacionamento e mídia.

O faturamento com aluguéis cresceu 18,4%, para R$ 268,3 milhões, enquanto a receita de estacionamento aumentou 36,9%, para R$ 83,4 milhões.

A receita de mídia aumentou 85,3%, alcançando R$ 26,5 milhões (o equivalente a 6,6% da receita bruta total do grupo), dando continuidade à estratégia da BrMalls crescer no mercado de publicidade.

Outro fator que ajudou o balanço foi a queda nas despesas com vendas, puxadas pela retração nas provisões para devedores duvidosos (PDD). Esta rubrica saiu do campo negativo de R$ 18,6 milhões, para o dado positivo de R$ 3,6 milhões, como reflexo da queda na inadimplência e melhores perspectivas de recuperação de crédito.

Os custos operacionais dos shoppings tiveram um forte aumento de 65,2%, totalizando R$ 45,1 milhões. A linha com a maior alta foi a “demais custos”, em que aparecem as comissões pagas pela empresa de mídia Helloo, e os gastos de concessões nos shoppings dos metrôs Santa Cruz, Estação BH e Vila Velha.

A brMalls investiu R$ 87,03 milhões no terceiro trimestre de 2022, ante desembolsos de 58,1 milhões do mesmo período de 2021.

Em 30 de setembro de 2022, a dívida líquida da companhia era de R$ 2,187 bilhões, ante R$ 2,457 bilhões da mesma etapa de 2021.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 1,8 vez em setembro/22, queda de baixa de 0,3 vez em relação ao mesmo período de 2021.

Os resultados da BR Malls (BOV:BRML3) referente suas operações do terceiro trimestre de 2021 foram divulgados no dia 10/11/2022. Confira o Press Release completo!

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters