A Cosan encerrou o terceiro trimestre de 2022 com lucro líquido ajustado de R$ 265,5 milhões no terceiro trimestre de 2022, queda de 50% ante o mesmo período de 2021. Na comparação com o segundo trimestre deste ano, porém, houve alta, pois o lucro líquido ajustado havia sido de R$ 53,6 milhões de abril a junho.
Houve, ainda, prejuízo líquido contábil de R$ 201,9 milhões no terceiro trimestre, enquanto no mesmo período do ano passado a Cosan tinha registrado lucro de R$ 3,265 bilhões. Já em relação ao segundo trimestre de 2022, o prejuízo aumentou 61%.
O resultado foi impactado pela queda no resultado da Raízen, reflexo da pressão inflacionaria em Renováveis e da dinâmica de mercado de combustíveis, conforme explicado anteriormente. Quando comparado com o resultado do 3T21 a redução é reflexo dos efeitos extraordinários dos ganhos líquidos do IPO da Raízen e da incorporação da Biosev no período comparativo. Esses efeitos foram parcialmente atenuados pela melhora do EBITDA na maioria das empresas do portfólio e pela marcação a mercado positiva das ações da Rumo.
A receita líquida ficou em R$ 43,7 bilhões no terceiro trimestre, um aumento de 41% ante o mesmo período de 2021. Na comparação com o segundo trimestre deste ano, a receita avançou 2,3%.
O ebtida – lucro antes de juro, impostos, depreciação e amortização – ajustado atingiu R$ 4,105 bilhões no terceiro trimestre, alta de 19,3% ante o mesmo período de 2021. Há praticamente estabilidade (recuo de 0,9%) em relação ao segundo trimestre deste ano.
De acordo com a Cosan, isso aconteceu devido ao resultado recorde da Rumo, reflexo da expansão dos volumes transportados e da tarifa média, e às consolidações da Commit na Compass e da PetroChoice na Moove.
A geração de caixa líquido para os acionistas (FCFE) foi de R$ 6,5 bilhões no 3T22. Os principais efeitos do trimestre foram: FCO: geração de caixa na Radar; FCI: reclassificação da Payly para ativos disponíveis para venda; e investimentos nos projetos da Cosan Investimentos; FCF: a captação do empréstimo ponte de R$ 8 bilhões para a aquisição das ações da Vale; pré-pagamento do Bond 2023; e pagamento de juros da debênture.
Em base pró-forma, a geração de caixa líquido para acionistas (FCFE) foi de R$ 6,9 bilhões. Os principais efeitos do trimestre, além dos apresentados acima, foram: FCO consumo de caixa operacional na Raízen para construção de estoques, principalmente etanol e açúcar, para venda futura com melhores preços; e geração de caixa na Compass, Rumo e Moove consequência do desempenho de seus resultados operacionais; FCI: pagamento da aquisição da Commit líquido do caixa incorporado e da venda de participações minoritárias de algumas distribuidoras, na Compass; investimentos na Rumo e na Raízen, explicados anteriormente; FCF: captação de um CRA na Raízen.
O resultado financeiro da empresa que controla a Raízen, Rumo, Compass e Moove foi negativo em R$ 2,17 bilhões, alta de 63,5% na comparação com igual etapa em 2021.
As despesas gerais e administrativas somaram R$ 70 milhões no período, menor em 30% frente ao 3T21 que foi impactado pelo exercício dos planos de remuneração de longo prazo no trimestre. As outras despesas operacionais ajustadas finalizaram o 3T22 em R$ 27 milhões, em linha com o realizado no mesmo período do ano anterior.
Os investimentos consolidados da Cosan, em base pró-forma, finalizaram em R$ 2,1 bilhões (+31%), reflexo, principalmente, do aumento na Raízen (+99%), que pode ser explicado pelo incremento dos dispêndios nos canaviais, em linha com o foco na jornada da melhoria de produtividade agrícola, aceleração da construção da planta de E2G e Biogás, e investimentos para expansão e manutenção dos ativos e da rede de distribuição de Marketing & Serviços.
Na Compass, o acréscimo de 36% segue em linha com o planejamento para o ano, focando seus investimentos nas operações de distribuição de gás natural e construção do TRSP, cuja obra permanece com cronograma e custos alinhados ao planejado.
Por outro lado, a queda de 22% do CAPEX da Rumo, neutralizando os efeitos acima, reafirmando seu compromisso com a disciplina de capital, priorizando o investimento em manutenção dos ativos e projetos que tragam expansão da capacidade operacional e aumento de eficiência.
A alavancagem pró-forma (dívida líquida/EBITDA LTM) no 3T22 foi de 3,1x, versus 2,1x no 3T21. A variação se deve ao incremento da dívida pró-forma, consequência do aumento da dívida líquida da Raízen resultante do consumo de caixa operacional para a formação de estoques de início de safra. Ao comparar com o 2T22, o aumento da alavancagem se deve à redução do EBITDA acumulado pela saída do impacto dos efeitos não-recorrentes registrados na Cosan Corporativo de aproximadamente R$ 3 bilhões, provenientes do IPO da Raízen e da aquisição da Biosev no 3T21. É importante ressaltar que o acréscimo na dívida bruta do trimestre, resultante da captação dos R$ 8 bilhões para aquisição das ações da Vale, foi compensado pela contabilização do valor referente às ações na linha de títulos e valores mobiliários, não gerando impactos na dívida líquida.
A alavancagem pró-forma (dívida líquida/EBITDA LTM) no 3T22 foi de 3,1x, versus 2,1x no 3T21. A variação se deve ao incremento da dívida pró-forma, consequência do aumento da dívida líquida da Raízen resultante do consumo de caixa operacional para a formação de estoques de início de safra. Ao comparar com o 2T22, o aumento da alavancagem se deve à redução do EBITDA acumulado pela saída do impacto dos efeitos não-recorrentes registrados na Cosan Corporativo de aproximadamente R$ 3 bilhões, provenientes do IPO da Raízen e da aquisição da Biosev no 3T21. É importante ressaltar que o acréscimo na dívida bruta do trimestre, resultante da captação dos R$ 8 bilhões para aquisição das ações da Vale, foi compensado pela contabilização do valor referente às ações na linha de títulos e valores mobiliários, não gerando impactos na dívida líquida.
Os resultados da Cosan (BOV:CSAN3) referente suas operações do terceiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 11/11/2022. Confira o Press release na íntegra!
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters