A Direcional Engenharia, que atua no Casa Verde e Amarela (CVA) e no setor residencial de médio padrão, reportou lucro líquido de R$ 63,2 milhões no terceiro trimestre, alta de 34% ante o informado um ano antes. No critério de operações continuadas, a companhia lucrou R$ 80,02 milhões, acréscimo de 36% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A receita líquida somou R$ 574,4 milhões no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 26,7% na comparação com igual etapa de 2021.

O Ebitda – lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado somou R$ 107,834 milhões, aumento de 7,1% na mesma base de comparação. A margem Ebitda diminuiu 3,4 pontos porcentuais, para 18,8%.

O crescimento dos resultados da Direcional no 3T22 reflete a expansão dos lançamentos e das vendas de imóveis nos últimos trimestres, acompanhado de evolução no andamento das obras. A companhia ainda ponderou que o mix de vendas do trimestre contou com alta representatividade de unidades mais próximas do lançamento, quando a apuração de receita da venda é menor.

O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 198,5 milhões no terceiro trimestre de 2022, um aumento de 22,4% na comparação com igual etapa de 2021. A margem bruta foi de 34,6% no 3T22, recuo de 1,2 p.p. frente a margem do 3T21.

Na prévia dos resultados, os números da Direcional foram muito bem avaliados, apresentando lançamentos e vendas líquidas impecáveis ​​(ambos atingindo recordes históricos), apoiados por um sólido desempenho na divisão Riva e nos segmentos de baixa e média renda.

As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 40 milhões no 3T22, valor 9% superior ao 2T22 e 18% superior ao 3T21. A representatividade do G&A em relação à Receita Bruta foi de 6,6% no trimestre. O aumento observado deveu-se, principalmente, a ocorrências como, por exemplo, o provisionamento para pagamento de PLR e os dissídios em algumas praças nas quais trabalhamos.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 300 mil no terceiro trimestre de 2022. O valor consideravelmente menor da linha é fruto, principalmente, dos seguintes fatores: resultado não recorrente positivo de R$ 24,8 milhões, decorrente do swap referenciado em ações de emissão da Companhia, dada a forte valorização dos papéis no trimestre; despesas com swaps de taxas de juros atrelados a títulos de dívida, mantidos para proteção do balanço Companhia, no valor negativo de R$ 19,7 milhões, em função da variação negativa do IPCA no período; resultado líquido positivo de R$ 1,2 milhão considerando as despesas com juros e as receitas com aplicações financeiras, também em virtude do recuo do IPCA; e despesas com operação de cessão de recebíveis, em valor aproximado de R$ 2,4 milhões.

Os lançamentos, por sua vez, tiveram VGV de R$ 1,19 bilhão, também recorde, segundo a empresa, uma alta de 10% em relação ao mesmo período de 2021. Foram 11 empreendimentos lançados no período, somando 4,1 mil unidades.

Do VGV total, a Direcional foi responsável por 54%, enquanto os produtos da Riva representaram 46%.

A empresa encerrou o trimestre com a velocidade de vendas líquidas, medida pelo indicador VSO, em 19% considerando as duas marcas, alta de 2 pontos percentuais ante um ano antes

Já as vendas canceladas (distratos) representaram 9,6% das vendas brutas do trimestre, queda de 1,7 p.p. ante um ano antes. Os distratos somaram R$ 90,2 milhões, ante R$ 82,3 milhões no ano anterior.

As vendas líquidas contratadas, alcançando R$ 847 milhões. No acumulado do ano até setembro, atingimos R$ 2,3 bilhões nessa métrica, marca 30% maior do que o registrado em igual período do ano anterior, com crescimento tanto nos produtos Direcional, quanto nos produtos Riva. Com isso, em ambos os segmentos, bem como na visão consolidada, a velocidade de vendas, medida pela VSO, foi de 19% no 3T22. Cabe ressaltar a resiliência do nosso segmento de média renda, a despeito de um cenário macroeconômico, em teoria, menos favorável. Ao longo do 3T22, importantes praças de atuação da Riva tiveram seu melhor desempenho histórico mensal em vendas.

A companhia apresentou consumo de caixa no valor de R$ 6 milhões. Assim, no acumulado do ano até setembro, o consumo de caixa somou um montante de R$ 20 milhões. Esse cenário é resultado, sobretudo, da relevante expansão das obras em andamento, além da gestão ativa dos estoques de suprimentos, que tem se mostrado uma estratégia assertiva para a manutenção da solidez da rentabilidade da operação. Nesse sentido, destaca-se a antecipação de aquisições de insumos relevantes do processo construtivo, como por exemplo, as formas de alumínio adquiridas no trimestre, que somaram um montante de R$ 31 milhões.

Em 30 de setembro de 2022, a dívida líquida ajustada da companhia era de R$ 291,6 milhões, um crescimento de 9,5% na comparação com a mesma etapa de 2021.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida ajustada/patrimônio líquido, ficou em 19,1% em setembro/22, queda de 0,5 p.p. em relação ao mesmo período de 2021.

RIVA

A Riva, subsidiária com atuação focada no segmento médio padrão, lançou 3 empreendimentos, totalizando um VGV de R$ 549 milhões (R$ 410 milhões % Companhia), volume 83% superior ao 2T22.

As Vendas Líquidas atingiram R$ 326 milhões no 3T22 (R$ 232 milhões % Companhia), representando um crescimento de 38% tanto em relação ao 2T22, quanto em comparação ao 3T21. Esse foi o maior patamar de Vendas Líquidas em um trimestre desde o início das operações da Riva.

A VSO do segmento foi de 19% no trimestre. Com isso, mesmo contando com um expressivo volume de lançamentos, o indicador teve um incremento de 2 p.p. no período.

No encerramento do período, o Estoque do segmento foi de R$ 1,4 bilhão (R$ 1,2 bilhão % Companhia), dos quais menos de 1% é referente a produtos concluídos.

Os resultados da Direcional Engenharia (BOV:DIRR3) referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 07/11/2022. Confira o Press release na íntegra!

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters