Dólar fecha com alta, com risco fiscal, especialmente diante das declarações de Lula, que colocou em xeque o teto de gastos

O dólar disparou sobre o real nesta quinta-feira, contrastando com a forte queda da moeda americana frente aos pares no exterior. Aqui, o risco fiscal falou mais alto, especialmente diante das declarações de Lula, que colocou em xeque o teto de gastos.

O dia já começou tenso, com a percepção de que a “licença para gastar” acima do teto pelo novo governo seria bem maior que os cerca de R$ 100 bilhões esperados pelo mercado. À tarde, o clima azedou mais um pouco, com Alckmin informando que o ex-ministro Guido Mantega fará parte da equipe de transição.

Lá fora, o dado de inflação (CPI) nos EUA abaixo do esperado animou os investidores a partir para o risco, acreditando que o Fed terá condições de aliviar o aperto monetário em dezembro. Nem mesmo as declarações de membros do Fed, alertando de que a batalha contra a inflação está longe do fim, estragaram a festa em Wall Street.

O dólar à vista fechou em alta de 4,14%, a R$ 5,3966, depois de fazer máxima a R$ 5,4149 (4,49%). Na mínima, registrou R$ 5,2454, bem acima do fechamento de ontem (R$ 5,1821). Às 17h13, o dólar futuro para dezembro subia 3,65%, a R$ 5,3960. Lá fora, o DXY despencava 2,10%, para 108,224 pontos, perto da mínima do dia (108,186). O euro ganhava 1,73%, a US$ 1,0186, na máxima do dia. E a libra avançava 3,01%, a US$ 1,1703.

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(Com informações da Broadcast e Uol)