Os advogados das Bahamas entraram com uma moção de emergência na sexta-feira, 9 de dezembro de 2022, pedindo a um juiz de falências de Delaware que obrigue os líderes americanos da falida empresa de criptomoedas FTX a dar-lhes acesso aos bancos de dados como parte do processo.

A moção de emergência afirma que, apesar de “muitas tentativas de obter acesso”, os funcionários e advogados da FTX frustraram os reguladores das Bahamas em seus esforços para obter informações financeiras críticas localizadas nos serviços Web da Amazon e bancos de dados do portal da nuvem do Google.

Os advogados, que trabalham em nome da Comissão de Valores Mobiliários das Bahamas, disseram que o processo de falência dos EUA “não sofrerá danos ou dificuldades se esse alívio for concedido”. Eles estão buscando dados sobre clientes internacionais da FTX armazenados nos servidores da AWS, incluindo “endereços de carteiras, saldos de clientes, registros de depósitos e retiradas, negociações e dados contábeis”. A tecnologia do Google serviu como uma plataforma analítica para os dados da FTX International.

“Embora os liquidatários provisórios conjuntos tenham prazer em dialogar com os devedores dos EUA, sua recusa em restaurar prontamente o acesso frustrou a capacidade dos liquidatários provisórios conjuntos de cumprir suas obrigações sob a lei das Bahamas e colocou os ativos da FTX Digital em risco de dissipação” dizia o arquivo.

A FTX entrou com pedido de proteção contra falência no mês passado, após uma crise de liquidez na bolsa de criptomoedas, que estava misturando ativos com o fundo de hedge Alameda Research. O fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, que tinha um patrimônio líquido estimado em US$ 16 bilhões antes do colapso, comparecerá perante os legisladores dos EUA na próxima semana.

Com informações de CNBC