A “situação epidêmica” na instalação, conhecida como iPhone City e normalmente lar de centenas de milhares de trabalhadores, foi controlada, disse o fabricante contratado taiwanês em um comunicado na segunda-feira, 05 de dezembro de 2022.
“Também começamos a recrutar novos funcionários e estamos caminhando gradualmente na direção de restaurar a capacidade de produção ao normal”, afirmou, acrescentando que as perspectivas para o quarto trimestre devem estar alinhadas com o consenso do mercado.
A Foxconn não forneceu mais detalhes. Seus executivos teriam dito à Reuters que a produção total seria retomada entre o final de dezembro e o início de janeiro.
As contínuas interrupções no fornecimento no campus da Foxconn na cidade de Zhengzhou estavam custando à Apple cerca de US$ 1 bilhão por semana em vendas perdidas do iPhone, disse Daniel Ives, analista da Wedbush Securitie. Ele estima que a Apple esteja com falta de 10 milhões a 15 milhões de iPhones na vital temporada de compras natalinas.
Os problemas começaram em outubro, quando os trabalhadores deixaram o campus devido a preocupações com as condições de trabalho e a escassez de alimentos. Com poucos funcionários, bônus foram oferecidos aos trabalhadores para retornar.
Mas protestos eclodiram no mês passado, quando funcionários recém-contratados disseram que a administração havia descumprido suas promessas. Os trabalhadores entraram em confronto com os agentes de segurança, antes que a empresa finalmente lhes oferecesse dinheiro para pedir demissão e ir embora.
Analistas disseram que os problemas de produção na iPhone City acelerariam o ritmo de diversificação da cadeia de suprimentos da Apple fora da China.
Nas últimas semanas, de acordo com o The Wall Street Journal, a Apple acelerou os planos de transferir parte de sua produção para fora da China. Ele estaria dizendo aos fornecedores para planejar mais ativamente a montagem de produtos da Apple em outros lugares da Ásia, particularmente na Índia e no Vietnã.
“A saída da China não será fácil e virá com claros obstáculos logísticos, de engenharia e infraestrutura, já que o movimento agressivo para a Índia e o Vietnã agora começa com o ecossistema da Apple alertado”, escreveu Ives em um relatório de pesquisa no domingo.
Se a Apple agir agressivamente, mais de 50% da produção do iPhone poderá vir da Índia e do Vietnã até o ano fiscal de 2025/2026, contra a porcentagem de um dígito atualmente, acrescentou.
Com informações de CNN Business