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As ações da AbbVie (NYSE:ABBV) subiram na quinta-feira (9) em Nova York, depois que a empresa divulgou uma perspectiva de ganhos “melhor do que temida” para 2023, o primeiro ano da empresa em que seu medicamento de sucesso Humira enfrenta desafios nos EUA.
A AbbVie Inc também é negociada na B3 através da DRN (BOV:ABBV34).
Para o ano, a gigante farmacêutica previu ganhos ajustados de US$ 10,70 a US$ 11,10 por ação. Isso está muito abaixo das previsões que variam de US$ 11,10 a US$ 11,73, de acordo com vários relatórios de analistas. Ainda assim, a perspectiva é melhor do que se temia, disse Christopher Raymond, analista da Piper Sandler, em nota aos clientes.
“Achamos que as expectativas dos investidores eram de que o limite inferior da faixa ficasse bem abaixo de US$ 11, mais próximo de cerca de US$ 10,50 ou menos”, disse ele. “Lembre-se, a administração indicou que a orientação do final do ano fiscal de 2023 representará o lucro mínimo”.
A perspectiva ocorre no primeiro ano em que a Humira, da AbbVie, enfrenta imitações de biossimilares nos EUA. A Amgen Inc (AMGN, AMGN34) já lançou sua versão, Amjevita, com um desconto de 5% a 55% em relação à marca Humira. Humira, um tratamento imunológico extremamente bem-sucedido, é a droga padrão da AbbVie.
Na negociação da tarde no mercado de ações de Nova York de hoje, as ações ABBV da AbbVie subiram 3,0%, a um último preço de US$ 148,97.
Durante o quarto trimestre, as vendas gerais avançaram quase 2%, para US$ 15,12 bilhões, mas ficaram abaixo das expectativas de US$ 15,33 bilhões. Os ganhos ajustados aumentaram cerca de 17%, para US$ 3,60 por ação, e superaram as visualizações em três centavos, de acordo com o FactSet.
As vendas da Humira subiram quase 5% em base estrita, conforme relatado, para US$ 5,58 bilhões. Isso foi impulsionado pelo crescimento nos EUA, à medida que as vendas internacionais caíram devido à contínua erosão dos biossimilares.
A empresa não forneceu uma perspectiva para as vendas anuais do Humira em seu comunicado à imprensa. No ano passado, as vendas cresceram quase 3%, para US$ 21,24 bilhões.
Em seus comentários preparados, o presidente-executivo Richard Gonzalez diz que a AbbVie tem uma base sólida que a ajudará a “absorver a perda de exclusividade do Humira nos EUA, retornar ao forte crescimento de primeira linha em 2023 e impulsionar o desempenho financeiro de primeira linha no longo prazo”.
Drogas mais recentes para compensar as perdas da Humira
Parte dessa base está nas novas drogas imunológicas Rinvoq e Skyrizi. O analista da Edward Jones, John Boylan, espera que a dupla mais do que compense a perda da exclusividade da Humira a longo prazo.
“No entanto, também reconhecemos que Rinvoq e Skyrizi e alguns dos medicamentos contra o câncer da AbbVie estão em mercados competitivos e gostaríamos de ter uma visão melhor de sua trajetória de crescimento de longo prazo antes de revisarmos nossa perspectiva”, disse ele em nota para clientes.
As vendas do Skyrizi aumentaram cerca de 76%, para US$ 1,58 bilhão no quarto trimestre. Essa batida ganha do US$ 1,51 bilhão a US$ 1,53 bilhão previsto, disse Raymond, da Piper Sandler. As vendas do Rinvoq também dispararam 49%, para US$ 770 milhões, mas ficaram abaixo das previsões, que variavam de US$ 814 milhões a US$ 853 milhões.
As drogas contra o câncer Imbruvica e Venclexta também ficaram abaixo do consenso, enquanto a estética médica foi mista. O botox, uma injeção que suaviza as rugas, arrecadou US$ 642 milhões, superando as previsões. Mas as vendas do preenchimento facial Juvederm ficaram abaixo das expectativas em US$ 323 milhões.
As vendas de Botox como tratamento terapêutico para enxaqueca, suor excessivo e outras condições subiram 8,5%, para US$ 728 milhões, e superaram as estimativas dos analistas de ações da AbbVie.
Com informações de Investor’s Business Daily
