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B3 (B3SA3): lucro líquido recorrente de R$ 1,15 bilhão no 4T22, queda de 6,3%

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A B3 reportou lucro líquido recorrente de R$ 1,15 bilhão no quarto trimestre de 2022, queda de 6,3% em comparação ao mesmo intervalo de 2021 e estável frente ao terceiro trimestre. O lucro líquido recorrente excluindo Neoway foi de R$ 1,17 bilhão, representando uma queda de 4,9% frente ao mesmo trimestre de 2021 e de 0,3% frente ao terceiro trimestre.

A receita líquida teve alta de 6%, para R$ 2,3 bilhões. No segmento listado, que inclui a negociação de ações, a receita ficou praticamente estável em R$ 1,06 bilhão. A receita total atingiu R$ 2,5687 bilhões, alta de 5,6% na mesma base de comparação. O desempenho da receita total é explicado, principalmente, pelo aumento na receita dos segmentos Balcão e Tecnologia, dados e serviços, destacou a companhia.

No mercado de balcão, as receitas cresceram 15,8% em 12 meses para R$ 347,7 milhões, representando 13,5% do total. Em tecnologia, dados e serviços, as receitas subiram 26% para R$ 468,3 milhões (18,2% do total).

O segmento listado continua sendo, porém, a maior contribuição para as receitas, representando 63,9% do total. Neste segmento, as receitas somara R$ 1,64 bilhão, queda de 0,2% em 12 meses.

Também caíram as receitas com Infraestrutura para financiamento, em 2,7% para R$ 111 milhões (4,3% do total), em razão da queda na receita com serviços para o setor imobiliário, parcialmente compensada pela correção anual dos preços pela inflação (IPCA), explica a bolsa.

As receitas financeiras atingiram R$ 426 milhões, aumento de 6,2%, explicado pelo aumento na taxa de juros, compensando o menor saldo médio em caixa.

Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – recorrente somou R$ 1,626 bilhão no quarto trimestre do ano passado, queda de 1,7% frente ao quarto trimestre de 2021 e de 2,7% em relação ao terceiro trimestre. A margem Ebtida caiu de 75,9% no quarto trimestre de 2021 para 70,5% neste último trimestre.

O resultado financeiro ficou positivo em R$ 48,6 milhões no 4T22. As receitas financeiras atingiram R$ 426,0 milhões, aumento de 6,2%, explicado pelo aumento na taxa de juros, compensando o menor saldo médio em caixa. As despesas financeiras, por sua vez, somaram R$ 396,7 milhões, aumento de 33,2%, explicado principalmente pelo aumento da taxa de juros.

“Além disso, é importante notar que o resultado financeiro também foi impactado pelos efeitos da variação cambial sobre alguns empréstimos em moeda estrangeira que a companhia possui, sendo este impacto neutralizado pela variação na linha de imposto de renda e contribuição social (estrutura de hedge)”, destacou.

As despesas somaram R$ 976,5 milhões, aumento de 20,5% ou de 11,2% excluindo os impactos de Neoway.

As despesas financeiras, por sua vez, somaram R$ 396,7 milhões, aumento de 33,2%, explicado principalmente pelo aumento da taxa de juros.

O volume financeiro médio diário negociado (ADTV) de ações, totalizou R$ 32,3 bilhões no trimestre, crescimento de 2,4% em relação ao mesmo trimestre de 2021, mesmo com taxa de juros mais elevada. Na comparação com o 3T22, a alta no ADTV foi de 23,4%.

Em derivativos listados, o volume médio diário negociado (ADV) totalizou 4,5 milhões de contratos, 6,8% acima do 4T21 e em linha com o trimestre anterior. Já no segmento de balcão, os juros mais elevados continuaram favorecendo os volumes, com destaque para o crescimento de 32,7% no estoque de instrumentos de renda fixa e de 33,2% no estoque do Tesouro Direto.

Durante o trimestre foram realizados investimentos de R$ 98,6 milhões, principalmente para atualizações tecnológicas em todos os segmentos da B3, que envolvem investimentos em capacidade e segurança cibernética, e para o desenvolvimento de novos produtos. No acumulado do ano, o CAPEX totalizou R$ 219,7 milhões.

A Companhia encerrou o trimestre com ativos totais de R$ 47,6 bilhões, queda de 9,4% frente a dez/21. As linhas de Disponibilidades e Aplicações financeiras (circulante e não-circulante) totalizaram R$ 17,7 bilhões, uma queda de 19,9%, refletindo a menor geração de caixa decorrente do menor nível de resultados da Companhia e a diminuição do volume de garantias depositadas em dinheiro (contrapartida no passivo circulante). A posição de caixa inclui R$ 370,1 milhões em juros sobre o capital próprio, pagos em janeiro.

A B3 possuía endividamento bruto de R$ 12,2 bilhões (95% de longo prazo e 5% de curto prazo), correspondente a 1,8x o EBITDA recorrente dos últimos 12 meses. O patrimônio líquido no final de dez/22 era de R$ 20,3 bilhões, composto, principalmente, pelo capital social de R$ 12,5 bilhões e pela reserva de capital de R$ 8,0 bilhões (vs. R$8,3 bilhões em dez/21).

Os resultados da B3 (BOV:B3SA3) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2022 foram divulgados no dia 15/02/2023. Confira o Press release na íntegra!

Teleconferência

A B3 está preparada para uma possível concorrência de uma nova Bolsa de Valores no Brasil e sinaliza que não deverá mudar sua política de preços em função disso. Ao menos é que afirmou o diretor financeiro, André Milanez, durante a teleconferência sobre os resultados da companhia no quarto trimestre de 2022.

“Já competimos com mercados globais e sempre discutimos a possibilidade de um novo entrante na arena de exchange“, afirmou.

Segundo Milanez, a B3 já vem se preparando para um ambiente mais competitivo, apesar de não esperar que isso ocorra no curto.

Na avaliação do CFO, as barreiras de entrada para um competidor na área de Bolsa de Valores são baixas. Mas, no negócio de clearing, que faz a compensação e liquidação de ordens eletrônicas, leva tempo e muito investimento para uma concorrente se estabelecer.

Na semana passada o assunto voltou à tona depois que a Americas Trading Group (ATG), empresa brasileira de tecnologia, recebeu um aporte da Mubadala Capital, responsável por fazer a gestão de ativos do fundo soberano de Abu Dhabi.

Com o aporte do Mubadala, a empresa poderá retomar o propósito de quando foi criada: lançar uma nova Bolsa no Brasil.

Quando a notícia foi divulgada, o Goldman Sachs soltou um relatório afirmando que o principal risco competitivo estaria na parte de negociação de ações, mas ainda assim com impacto limitado a 5% da receita da B3.

“Mas notamos que a criação de uma nova Bolsa poderia, potencialmente, aumentar o volume de negócios do mercado como um todo, expandindo o mercado”, escreveram os analistas.

Na teleconferência de hoje, Milanez afirmou que a B3 tem colocado o cliente no centro de sua estratégia, trabalhando em produtos robustos e diversificados, preenchendo qualquer espaço que possa ser explorado por um novo entrante. “Não vai ser fácil para eles”, afirmou.

Milanez também disse que, por enquanto, a B3 não pretende reduzir os preços que pratica, diante de uma possível concorrência.

“Precificação é sempre uma alavanca que você pode usar em uma situação de maior competitividade. Mas, não vejo razão pra isso acontecer no curto prazo”, afirmou.

VISÃO DO MERCADO

Credit Suisse

Já o Credit Suisse observa que o lucro líquido recorrente ficou 6% abaixo do consenso, pressionado por despesas operacionais acima do esperado.

Além disso, com volume médio de negociações diárias (ADTV) e volume de negócios abaixo do esperado em janeiro, analistas veem uma piora na recompensa de risco para a B3.

Em uma perspectiva deteriorada dos mercados de capitais, com um cenário de juros altos por mais tempo, destacam risco de queda de estimativas para 2023.

Credit Suisse mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 14,00…

Itaú BBA

O Itaú BBA destaca que as margens foram afetadas por efeitos de sazonais mais fortes e despesas pontuais. Além disso, o impulso da receita parece mais fraco até agora em janeiro, o que deve pesar ainda mais nas expectativas de margem.

Itaú BBA mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 16,00…

XP Investimentos

Já para a XP, os resultados foram marginalmente positivos. Em mais um trimestre, a B3 foi capaz de manter uma rentabilidade sólida, contando com uma receita mais forte de Balcão e Tecnologia e Serviços, que vem compensando a menor receita de seu segmento listado nos últimos trimestres.

Porém, os analistas avaliam que as maiores despesas operacionais impactaram o lucro e o Ebitda.

“Esperamos que o balanço da B3 continue pressionado pelo menor ADTV e pelos recentes investimentos em seus negócios ligados à tecnologia (Neoway, Neurotech e Datastock) até que comecem a render frutos”, afirma o analista Matheus Guimarães.

“No entanto, é importante ressaltar que o nível atual de margem Ebitda é semelhante ao nível pré-pandemia, mostrando a resiliência do negócio mesmo em um cenário macroeconômico desafiador”.

XP mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 14,00…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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