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EDP Brasil (ENBR3): prejuízo líquido de R$ 396,6 milhões no 4T22

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A EDP Energias do Brasil teve prejuízo líquido de R$ 396,9 milhões no quarto trimestre de 2022, ante lucro líquido de R$ 809 milhões em igual período de 2021, segundo demonstrações financeiras enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O resultado negativo deu-se em função da redução do valor recuperável da termelétrica de Pecém. No acumulado de 2022, o lucro líquido da EDP despencou 52,7%, para R$ 1,021 bilhão.

Em janeiro, a companhia já havia informado que registraria em seu balanço a imparidade de R$ 1,2 bilhão, após uma reavaliação do ativo, devido ao cancelamento do leilão de reserva de capacidade de 2022, por meio do qual a EDP esperava obter contratos para a usina à carvão.

A receita líquida recuou 14,7% no quarto trimestre, para R$ 3,982 bilhões, e considerando os 12 meses de 2022, a receita da EDP totalizou R$ 15,393 bilhões, queda de 7,7% em base anual de comparação.

A receita líquida de distribuição atingiu R$ 2,4 bilhões e R$ 9,1 bilhões, redução de 19,2% e de 13,8%, no trimestre e no ano, respectivamente. O ebitda Societário, desconsiderando o VNR, foi de R$ 1,9 bilhão, 19,1% acima do EBITDA regulatório, demonstrando o compromisso da Companhia em manter ações de eficiência operacionais e de custos.

Os gastos não gerenciáveis foram de R$ 1,5 bilhão e de R$ 5,6 bilhões, redução de 29,6% e 28,4%, no trimestre e no ano, respectivamente, decorrente da redução do preço de compra de energia.

A receita líquida da geração hídrica foi de R$ 337,4 milhões e de R$ 1,3 bilhão, redução de 19,5% e de 10,0%, no trimestre e no ano, respectivamente. Já a receita líquida da geração térmica foi de R$ 452,9 milhões e de R$ 1,4 bilhão, redução de 45,5% e de 40,5%, no trimestre e no ano.

A receita líquida de trading foi de R$ 896,7 milhões e de R$ 3,3 bilhões, aumento de 32,3% e de 12,2%, no trimestre e no ano, respectivamente, decorrente das oportunidades de compra e venda no mercado.

Ebitda – lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação – ficou em R$ 1,559 bilhão no período de outubro a dezembro do ano passado, aumento de 16,3% ante o Ebitda de R$ 1,341 bilhão no mesmo período de 2021. O ebitda ajustado por efeitos não recorrentes aumentou 46,7% no trimestre a R$ 1,102 bilhão. Já no acumulado do ano, o Ebitda ajustado da empresa foi de R$ 4,125, elevação 41,1%.

Entre as alocações dos recursos, vale ressaltar o foco no reforço das linhas de distribuição, através de 10 novas subestações inauguradas, apenas em 2022, nas áreas de concessão da EDP SP e da EDP ES. O objetivo, para além do aumento da qualidade do fornecimento de energia, é atingir os valores de referência dos indicadores técnicos estabelecidos pelo regulador, meta esta já atendida para o índice de perdas da EDP ES, uma vez que desde agosto, a distribuidora passou a ficar abaixo do limite determinado para este indicador.

A conclusão do processo de revisão tarifária formalizou a posição da EDP ES com a menor glosa histórica de 0,18%, um valor que passou a ser referência para todo o setor, e que corrobora a eficiência e a capacidade técnica da Companhia. Tais resultados demonstram que os investimentos realizados foram determinantes para a melhor operação do ativo, assim como a capacidade da companhia em gerir de forma eficiente e responsável os seus investimentos.

O segmento de geração também foi marcado por entregas relevantes, entre elas o reconhecimento das usinas Enerpeixe e Lajeado, pela Aneel, como as duas melhores geradoras do país em 2022. Referente à meta de construirmos um portfólio de geração mais balanceado, concluímos em dezembro a venda de Mascarenhas, a fim de reduzirmos a exposição hídrica da Companhia.

Em Solar, a companhia lançou um novo produto, as fazendas solares de energia remota compartilhada, a fim de levar energia limpa e economia para pequenas e médias empresas. Com a rápida e positiva resposta do mercado iremos neste ano expandir as unidades produtoras e regiões atendidas. A meta é de, até 2025, chegarmos a 1 GW de geração solar no Brasil oferecendo soluções que contribuam para o controle das mudanças climáticas e que proporcionem mais eficiência e economia aos nossos clientes. Anunciamos, também, em parceria com a EDP Renováveis, um novo projeto fotovoltaico de larga escala, com capacidade de 255 MWac e previsão de iniciar a operação em 2024. Com essas ações, a EDP Brasil fechou o ano com 450MWac em seu portfólio.

O resultado financeiro totalizou um prejuízo de R$ 372,7 milhões no 4T22, apresentando crescimento no prejuízo de 28,9% quando comparado ao 4T21.

Os gastos não gerenciáveis totalizou R$ 2,34 bilhões no 4T22, apresentando retração de -26,7% na comparação com o 4T21.

Os investimentos totalizaram R$ 670,2 milhões e R$ 2,3 bilhões, redução de 3,6% e de 6,8%, no trimestre e no ano, respectivamente, resultante da entrada em operação integral dos lotes de Transmissão, com exceção da EDP Transmissão Norte, que está em fase inicial de construção, e do lote 2, adquirido no último leilão.

Na Distribuição, os investimentos totalizaram R$ 409,4 milhões e R$ 1,5 bilhão, aumento de 29,0% e de 40,5%, no trimestre e no ano, respectivamente, em função do reforço dos investimentos para as obras de expansão, melhoria da rede e dos indicadores de continuidade, além dos projetos de combate às perdas e dos investimentos em telecomunicações, informática e infraestrutura.

Na Transmissão, os investimentos apresentaram redução de 41,1% e de 57,3%, no trimestre e no ano, respectivamente, decorrente da conclusão das obras de transmissão entre os períodos analisados. No ano, foram concluídas as obras da EDP Transmissão Aliança SC, da EDP Transmissão SP-MG, da EDP Transmissão Litoral Sul e da Mata Grande Transmissão de Energia.

Na Geração, os investimentos foram de R$ 48,5 milhões e de R$ 91,5 milhões, aumento de 66,9% e de 61,4%, no trimestre e no ano, respectivamente, decorrente dos investimentos com manutenção e operação das usinas hídricas, além do projeto de hidrogênio verde, situado em Pecém.

No segmento Solar, os investimentos reduziram R$ 26,9 milhões e R$ 6,9 milhões, no trimestre e no ano, respectivamente, decorrente da mudança de estratégia no segmento que passou a focar na geração compartilhada para pequenas e médias empresas como vetor de crescimento, reduzindo a concentração em usinas remotas dedicadas a grande clientes, com desenvolvimento de novos projetos, levando à postergação de investimentos para 2023.

A EDP Brasil encerrou 2022 com dívida líquida de R$ 10,065 bilhões, aumento de 27,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A alavancagem medida pela razão entre dívida líquida e Ebitda ajustado alcançou 2,4 vezes, aumento de 0,6 vez.

A relação Dívida Líquida/EBITDA dos ativos consolidados foi de 1,9 vez e de 2,0 vezes, considerando a participação em Jari, Cachoeira Caldeirão e São Manoel. Excluindo os efeitos não caixa dos últimos 12 meses, a relação Dívida Líquida/EBITDA ajustado seria de 2,4 vezes.

EDP Brasil aprova o pagamento de R$ 803,6 milhões em proventos

O conselho de administração da EDP aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio no valor total bruto de R$ 651.239.000,00, equivalente ao valor de R$ 1,150641194 para cada ação ordinária (sendo o valor líquido de R$ 559.218.293,32).

Esses JCP foram objeto de deliberação na reunião do conselho de administração realizada em 28 de dezembro de 2022. A data de corte foi 28 de dezembro de 2022.

Os resultados da Energias do Brasil – EDP (BOV:ENBR3) referente suas operações do quarto trimestre de 2022 foram divulgados no dia 27/02/2023. Confira o Press Release completo!

VISÃO DO MERCADO

BTG Pactual

EDP apresentou resultados fortes no quarto trimestre de 2022, embora esperados, avalia o BTG Pactual em relatório. O banco destaca os melhores resultados de Pecém, os números de transmissão mais fortes graças à EDP Goiás (CELG-T) e à energização de novas linhas de transmissão.

As despesas financeiras líquidas ficaram abaixo do esperado, observa o BTG, enquanto o resultado de equivalência patrimonial foi de R$ 45 milhões, contra R$ 10 milhões esperados pelo banco.

O braço de distribuição registrou R$ 491 milhões em Ebitda ajustado, em linha com o previsto pelo banco de R$ 489 milhões e 16% superior quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

Os analistas João Pimentel, Gisele Gushiken e Maria Resende afirmam que o segmento apresentou fortes resultados operacionais, refletindo um aumento de volume. Eles destacam ainda a menor contenção de custos e menores provisões para inadimplência, associadas a perdas de energia estáveis, embora abaixo do limite regulatório na EDP ES.

O braço de geração, por sua vez, apresentou Ebitda de R$ 426 milhões, também em linha com o previsto de R$ 430 milhões e 36% acima do ano anterior. A geração hidrelétrica superou a previsão do BTG em 7% devido às chuvas mais fortes, mas caiu 10% na comparação anual devido a um preço médio de venda mais baixo.

BTG Pactual mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 23,00…

Citi

Os resultados da EDP Brasil vieram melhores que o esperado no quarto trimestre, quando ajustados para retirada dos efeitos não recorrentes, com melhores resultados em geração, diz o Citi.

Os analistas Antonio Junqueira e Guilherme Bosso escrevem que o Ebitda ajustado de R$ 1,1 bilhão superou estimativas, impulsionado pelo desempenho em geração, enquanto distribuição e transmissão vieram em linha.

O lucro líquido ajustado de R$ 354 milhões também superou projeções de R$ 166 milhões para o período, apoiado em resultado financeiro melhor que o esperado, comenta o banco.

Citi mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 22,50…

Credit Suisse

EDP Brasil teve bons resultados operacionais no quarto trimestre manchados pelo impacto contábil negativo de R$ 1,2 bilhão relacionados a termelétrica de Pecém, diz o Credit Suisse.

Os analistas Carolina Carneiro e Rafael Nagano escrevem que os resultados em geração, serviços e transmissão ajudaram a mitigar os efeitos de pior resultado de despesas com pessoal e terceiros.

Os custos operacionais caíram 22% em um ano, melhor que o esperado pelo banco. As receita caíram 14,2% em um ano, mas também vieram acima do que o Credit Suisse calculava para o período.

Credit Suisse tem recomendação neutra com preço-alvo em R$ 25,30…

XP

EDP Brasil reportou resultados no quarto trimestre de 2022 dentro das projeções, refletindo resultados robustos no segmento de distribuição devido ao aumento da margem bruta, enquanto o segmento de geração decepcionou diz a XP, em relatório.

A analista Maíra Maldonado escreve que o Ebitda e o lucro líquido vieram dentro do previsto, com o segmento de distribuição impulsionando os resultados.

A margem bruta da distribuição aumentou refletindo os maiores volumes faturados em ambas as concessões, reajuste tarifário na EDP São Paulo, e revisão tarifária na EDP São Paulo que afetou a parcela B, diz.

“Por outro lado, apesar da melhor hidrologia no trimestre, o segmento de geração decepcionou devido ao término de contratos e recontratações a preços mais baixos, pressionando os resultados”, escreve a analista.

XP tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 23,00…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Suno, Estadão

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