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Neoenergia (NEOE3): lucro líquido de R$ 936 milhões no 4T22, alta de 47%

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A elétrica Neoenergia teve lucro líquido de R$ 936 milhões no quarto trimestre de 2022, alta de 47% na comparação com igual período no ano anterior, segundo demonstrações financeiras.

A receita líquida somou R$ 10,921 bilhões no quarto trimestre deste ano, uma redução de 4% na comparação com igual etapa de 2021.

Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado totalizou R$ 2,485 bilhões no 4T22, um crescimento de 18% em relação ao 4T21.

No quarto trimestre, a energia eólica e solar gerada foi de 1.072 GWh, 41,46% acima do 4T21. No ano, a geração foi de 3.934 GWh, +70,07% acima de 2021. Destaque para a maior eolicidade no trimestre e para a entrada em operação comercial parcial no 3T22 do Complexo Eólico de Oitis e do Complexo Solar Luzia, além de geração de Chafariz. A disponibilidade no trimestre foi acima de 97%, conforme programado.

A energia injetada no trimestre foi de 19.350 GWh e em 2022 foi de 76.107 GWh, impactada por menores temperaturas e maiores chuvas, além da geração distribuída. Importante destacar que o impacto do aumento da geração distribuída em todas as concessões será contemplado no dimensionamento do mercado nas próximas revisões tarifárias, que já se iniciam em abril de 2023 (Neoenergia Coelba e Neoenergia Cosern) e agosto de 2023 (Neoenergia Elektro).

O segmento Renováveis encerrou o 4T22 com margem bruta de R$ 384 milhões (+R$ 106 milhões vs. 4T21) impactada positivamente pelas eólicas (+R$ 102 milhões vs. 4T21), em função da maior eolicidade no trimestre e da entrada em operação comercial parcial no 3T22 do Complexo Eólico de Oitis e do Complexo Solar Luzia, além de geração plena de Chafariz.

O segmento de Redes encerrou o 4T22 com Margem Bruta sem VNR de R$ 3.242 milhões, +7% vs. 4T21, impactada pelos efeitos: dos Reajustes Tarifários de 2022 de Neoenergia Coelba, Neoenergia Pernambuco e Neoenergia Cosern vigentes a partir do final de abril/22 (variação da parcela B: +14,14%, +14,82% e +14,75%, da Neoenergia Elektro, vigente a partir do final de agosto/22 (variação da parcela B: +9,32%) e da Neoenergia Brasília, vigente a partir do início de novembro/22 (variação da parcela B: + 5,2%); e da Revisão Tarifária de 2021 de Neoenergia Brasília (+11,10%).

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 947 milhões no quarto trimestre de 2022, uma elevação de 4% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2021. Essa variação é explicada, principalmente, pela maior despesa com encargos de dívida, maior CDI, além do aumento do saldo médio da dívida devido às captações direcionadas para Capex de novos projetos de transmissão, eólico e solar, além das Distribuidoras.

A margem bruta atingiu a cifra de R$ 4,257 bilhões no quarto trimestre de 2022, um aumento de 6% na comparação com igual etapa de 2021.

As despesas operacionais somaram R$ 1,118 bilhão no 4T22, um crescimento de 10% em relação ao mesmo período de 2021. Normalizando o efeito de Neoenergia Brasília em janeiro e fevereiro de 2021, a variação no ano é de +10%, e desconsiderando os novos negócios de transmissão e renováveis em 2022, reduz para +9%.

Os demonstrativos consideram R$ 201 milhões de ajuste a valor justo referente às hidrelétricas de Teles Pires e Baguari, no âmbito da operação de permuta de ativos com a Eletrobras. Com a operação, a companhia receberá 49% das ações ordinárias da usina hidrelétrica Dardanelos (MT), passando a ter 100% do capital social do negócio, e participação de 0,04% na Neoenergia Coelba, Neoenergia Cosern e Afluente T. Por sua vez, a Eletrobras receberá 51% das ações da usina hidrelétrica Teles Pires e 51% das ações de Baguari

Conforme a Neoenergia, no fechamento da operação haverá um ajuste de valor positivo referente à hidrelétrica de Dardanelos, que será contabilizado no exercício de 2023, com efeito líquido positivo para a companhia.

Os investimentos da companhia totalizaram R$ 9,9 bilhões em 2022, elevação de 6% em relação ao ano anterior. Deste montante, R$ 5,5 bilhões foram no segmento de distribuição, sendo R$ 3,2 bilhões destinados à expansão das redes.

A dívida líquida do consolidado da Neoenergia, incluindo caixa, equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários atingiu R$ 36.471 milhões (dívida bruta de R$ 43.786 milhões), apresentando um crescimento de 19% (R$ 5.722 milhões) em relação a dezembro de 2021, explicado principalmente pela execução de Capex dos projetos de redes e renováveis. Em relação a segregação do saldo devedor, a Neoenergia possui 83% da dívida contabilizada no longo prazo e 17% no curto prazo.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 3,15 vezes em dezembro/22, alta de 0,03 vez em relação ao mesmo período de 2021.

Os resultados da Neoenergia (BOV:NEOE3) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2022 foram divulgados no dia 15/02/2023. Confira o Press release na íntegra!

Teleconferência

A Neoenergia está analisando uma potencial compra da distribuidora cearense Coelce, controlada hoje pela italiana Enel, mas não fará “loucuras”, uma vez que tem um plano robusto de investimentos para executar em suas próprias concessionárias nos próximos anos, disse o CEO, Eduardo Capelastegui.

“Nossa obrigação é estar no mercado, observando, analisando oportunidades, e distribuição é um negócio que gostamos… Estamos analisando, mas não vamos fazer loucuras”, disse o executivo em teleconferência de resultados, acrescentando que o mercado está “muito volátil” e exige prudência da companhia.

A Neoenergia, controlada pela espanhola Iberdrola, detém cinco distribuidoras de energia no Brasil, sendo sua última aquisição a concessionária de Brasília, que foi privatizada em 2020. A Neoenergia Brasília ainda está em processo de “turnaround”, tendo conquistado resultados importantes no último trimestre, como o enquadramento de critérios de qualidade dos serviços nos parâmetros regulatórios.

O processo de venda da Coelce foi iniciado oficialmente pela Enel Brasil na semana passada. A empresa é a terceira maior distribuidora do Nordeste em volume distribuído, fornecendo energia elétrica nos 184 municípios do Ceará e contando com uma base comercial de aproximadamente 4,38 milhões de unidades consumidoras.

Em relação a outras oportunidades, Capelastegui disse que a Neoenergia está estudando os próximos leilões de transmissão de energia e poderá participar dos certames.

Na teleconferência de resultados, ele afirmou ainda que o plano de rotação de ativos da companhia está avançando “muito bem” e conforme previsto, mas não deu detalhes.

A elétrica tem planos de vender participações minoritárias em ativos de transmissão de energia, além de alienar sua fatia na hidrelétrica de Belo Monte e desinvestir da usina térmica Termopernambuco.

Recentemente, a Neoenergia fechou uma operação de permuta de ativos com a Eletronorte, que levou à consolidação em seu balanço da hidrelétrica de Dardanelos, enquanto a subsidiária da Eletrobras ficou com a hidrelétrica de Teles Pires. Essa operação permitiu uma simplificação societária e melhora da alavancagem à Neoenergia, ressaltou Capelastegui.

VISÃO DO MERCADO

Itaú BBA

O Itaú BBA apontou que o resultado foi positivo, como esperado. O Ebitda recorrente da Neoenergia ficou em linha com a sua estimativa e apresentou um sólido crescimento anual, impulsionado principalmente pelos reajustes tarifários positivos para as distribuidoras, o bem-sucedido turnaround da CEB e o início dos ativos de energia renovável, que juntos compensaram o desempenho mais fraco da TermoPernambuco.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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