O estoque total de crédito no Brasil caiu 0,1% em fevereiro sobre o mês anterior, a 5,139 trilhões de reais, divulgou o Banco Central nesta quarta-feira.
No mês, a inadimplência no segmento de recursos livres permaneceu em 4,5% em fevereiro. Já o spread bancário no mesmo segmento foi a 31,6 pontos percentuais, ante 30,6 pontos em janeiro.
O saldo total do crédito livre diminuiu 0,5% em fevereiro, para R$ 3,143 trilhões, enquanto o crédito direcionado avançou 0,6%, para R$ 2,176 trilhões.
O saldo total de crédito para as famílias aumentou 0,4% no mês, chegando a R$ 3,238 trilhões. Para as empresas, houve decréscimo de 0,7%, para R$ 2,081 trilhões.
As projeções mais recentes do BC para o crescimento do crédito em 2023 são: 8,3% para o total; 8,6% para o livre; 8% para o direcionado; 9% para pessoas físicas; 7,3% para pessoas jurídicas.
O sistema financeiro concedeu em fevereiro 9,5% a menos em novos empréstimos e financiamentos, na comparação com janeiro, de acordo com dados do Banco Central divulgados nesta quarta-feira (29). O número leva em conta as concessões totais em cada mês. Vale lembrar que o mês de fevereiro tem menos dias úteis.
As concessões para clientes corporativos caíram 8,1% contra o mês anterior, somando R$ 178,2 bilhões. Para as famílias, o sistema financeiro concedeu R$ 243,7 bilhões em novos empréstimos e financiamentos, recuo de 10,5% em relação a janeiro.
As concessões com recursos livres, em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e clientes, cederam 9,6%. Já as operações com recursos direcionados, que são regulamentadas pelo governo ou vinculadas a recursos orçamentários, diminuíram 8,6%.
Pelo critério dessazonalizado, as concessões de crédito cederam 2,2% no mês em fevereiro. Para as pessoas físicas, houve expansão de 0,8%, enquanto, para as pessoas jurídicas, foi registrada queda de 4,4%.
No crédito livre total, as concessões diminuíram 1,8%. No crédito direcionado, recuaram também 1,8%.
O relatório do BC trouxe também que o crédito ampliado ao setor não financeiro cresceu 0,9% em fevereiro, perante o mês anterior, alcançando R$ 14,872 trilhões. Essa é considerada pela autoridade monetária a medida mais abrangente do crédito, já que inclui não apenas empréstimos e financiamentos, mas também o mercado de capitais e empréstimos externos.