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Light coloca todos os riscos no balanço para pressionar bancos e governo, dizem fontes

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Responsável pela distribuição de eletricidade na região metropolitana do Rio de Janeiro, a Light pretende negociar com o Ministério de Minas e Energia a antecipação para este ano ainda da renovação de sua concessão para prestação do serviço, que expira em 2026. A companhia também contratou a consultoria Laplace e o escritório de advogados BMA para reestruturar seus passivos.

A dívida líquida da Light encerrou 2022 em R$9 bilhões, alta de 23% ano a ano e perto de limites acordados com credores. Mas a companhia vem enfrentando dificuldades para rolar dívidas ou levantar dinheiro novo devido às incertezas sobre a renovação da concessão no Rio, responsável pela maior parte do faturamento.

“Eles resolveram ser transparentes e provisionaram todos os riscos conhecidos. É uma estratégia de negociação com os bancos”, disse uma das fontes, que falaram sob anonimato devido à sensibilidade do tema.

Com a estratégia, a Light registrou prejuízo de R$5,5 bilhões entre outubro e dezembro, com perda de quase R$5,7 bilhões no ano, com impactos de provisões bilionárias, que atingiram quase R$5 bilhões, por questões associadas a créditos tributários, risco de inadimplência e outros fatores. O resultado foi o pior de uma empresa listada na B3 no trimestre, e o vigésimo pior no histórico das listadas desde 1998, segundo a Economatica.

“Estão ´jogando no ventilador´. Há uma orientação da própria Laplace para dizer que as contas não fecham, que a companhia precisa renovar a concessão, senão não sobrevive. Agora a Light vai fazer uma pressão absurda”, disse uma segunda fonte com conhecimento do assunto.

Procurada, a Light não comentou de imediato.

O presidente da Light, Octavio Lopes, confirmou que a companhia iniciou conversas com governo e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para antecipar a renovação de sua concessão, e disse também estar em conversas com bancos para “readequação da estrutura de capital da companhia”.

“Nesse cenário, o desequilíbrio que já existia na estrutura de capital da Light SESA se agravou ainda mais. A Companhia vem trabalhando na busca de alternativas que garantam a sustentabilidade dos nossos negócios no longo prazo”, escreveu Lopes, em nota no balanço.

A alavancagem da Light, medida pela relação entre dívida líquida e geração de caixa dada pelo EBITDA, ficou em 3,3 vezes no final do ano, contra limite de 3,5 vezes acertado com credores.

*Com informações do TC

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