A Oi entrou ontem com um novo pedido de recuperação judicial na 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, pouco mais de dois meses após concluir o segundo maior e também o mais longevo processo de proteção contra credores da história do país.
O Fato Relevante foi divulgado pela empresa (BOV:OIBR3) (BOV:OIBR4) na madrugada desta quinta-feira (02).
A operadora de telecomunicações ainda mantém negociações com credores, “visando a potencial repactuação de dívidas financeiras, fortalecimento da sua estrutura de capital e otimização de sua liquidez e perfil de endividamento”, segundo afirmou em fato relevante.
A operadora tem aproximadamente R$29,0 bilhões apenas em dívidas financeiras, sendo mais da metade vinculada ao dólar americano.
O ajuizamento do pedido “é um passo crítico na direção da reestruturação financeira e busca da sustentabilidade de longo prazo da companhia e de suas subsidiárias”, acrescentou a empresa.
Ao longo do primeiro processo, entre julho de 2016 e dezembro passado, a Oi mudou o foco das operações para serviços de fibra ótica e vendeu parte de seus negócios, permitindo uma substancial redução do endividamento total. Apesar disso, a companhia ainda afirma que sua estrutura de capital “continua insustentável”.
No período também ocorreram alterações legais e regulamentares, mas que no setor de telefonia fixa, de acordo com a Oi, “ainda não foram implementadas e caminham em ritmo lento”, resultando em um elevado consumo de recursos da empresa.
Nos últimos 12 meses, as ações ordinárias da Oi derretem 75% na B3, tendo encerrado o pregão de quarta-feira a R$2,03.