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Eneva: geração total de energia bruta foi de 597 gigawatts hora

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A Eneva registrou despacho médio ponderado pela capacidade instalada de 6% em suas termelétricas no primeiro trimestre, ante 10% no mesmo período do ano passado. Já a geração total de energia bruta foi de 597 gigawatts hora, contra 838 gigawatts hora no primeiro trimestre de 2022.

O comunicado foi feito pela empresa (BOV:ENEV3) nesta quarta-feira (27).

Despacho Regulatório no SIN

No 1T23, foi observada a manutenção do cenário hidrológico favorável vigente desde o início de 2022. De forma geral, os níveis de armazenamento dos reservatórios apresentaram crescimento ao longo do 1T23, refletindo as menores temperaturas e o maior volume de chuvas em grande parte do país a partir do final do ano de 2022. Nesse contexto, o PLD se manteve no piso estrutural no trimestre e não houve a necessidade de despacho termelétrico por ordem de mérito no Sistema Integrado Nacional (SIN).

O despacho regulatório da Companhia foi concentrado unicamente na UTE Jaguatirica II, localizada no sistema isolado de Roraima, que apresentou despacho médio de 64% e geração bruta de 172 GWh no 1T23. A usina registrou 81% de disponibilidade no trimestre, representando um crescimento de 22 p.p. em relação ao valor médio de 59% registrado no 4T22, refletindo a estabilização da termelétrica com a conclusão dos reparos nos gearboxes da turbina em janeiro de 2023 e o avanço do plano de recuperação do sistema de liquefação, que prevê a instalação de novos módulos de liquefação e aumento da capacidade da autogeração, com conclusão estimada no 2T23.

Ressalta-se que a UTE Fortaleza, que possui compromisso de entrega contratual de energia para a distribuidora do estado do Ceará, permaneceu desligada no período, tendo cumprido o seu compromisso contratual por meio da entrega de energia gerada diretamente pelo fornecedor de combustível, conforme mecanismo previsto em contrato de suprimento. No entanto, devido às falhas enfrentadas pelo fornecedor de gás que o levaram a registrar indisponibilidade no 1T23, fez-se necessário também a declaração de indisponibilidade operacional da UTE Fortaleza junto a ONS. Essa indisponibilidade não gera impacto financeiro no resultado da UTE em função da natureza do contrato de fornecimento de energia à COELCE, que é baseado em quantidade de energia, e não em disponibilidade.

Geração de Energia para Exportação e Liquidação no ACL

No 1T23, todas as usinas do Complexo Parnaíba geraram, em alguns dias de janeiro, energia para exportação para a Argentina, que apresentou demanda consistente por energia ao longo dos primeiros meses de 2023. A demanda, no entanto, foi majoritariamente suprida pela exportação do vertimento turbinável das usinas hidrelétricas no Brasil, em função do maior volume de chuvas entre o final de 2022 e o início do 1T23, que impulsionou o crescimento da Energia Natural Afluente (ENA). Esse efeito limitou a exportação de energia de fontes térmicas até meados de março de 2023, e a partir do início do 2T23 foram retomadas as operações de exportação de energia no Complexo Parnaíba.

A UTE Parnaíba I registrou geração líquida para exportação de 71 GWh no trimestre, acompanhada pela turbina a vapor da UTE Parnaíba V no ciclo combinado, com 23 GWh. As UTEs Parnaíba II, Parnaíba III e Parnaíba IV exportaram, respectivamente, 93 GWh, 24 GWh e 10 GWh. Dessa forma, a geração líquida de 220 GWh foi comercializada a preços estabelecidos em contratos bilaterais no 1T23.

É importante destacar que a operação de exportação também levou à geração líquida de 53 GWh adicionais à demanda de exportação, liquidada a PLD. Esse volume excedente gerado foi em função de: variações horárias na demanda de energia para exportação; restrições operativas e limitações de modulação de carga de cada usina; e gestão do timing de ramp-up e modulação de carga de cada usina. Esses fatores exigem que as usinas gerem maiores volumes de energia do que aqueles efetivamente comercializados para exportação ou precisem ficar ligadas por um intervalo de tempo maior do que o período estabelecido no contrato.

Adicionalmente, no período foram gerados 126 GWh para a conclusão de testes de comissionamento da UTE Parnaíba V, cuja geração líquida também foi liquidada a PLD.

Produção e Reservas

A produção de gás natural da Companhia totalizou 0,14 bilhão de metros cúbicos (bcm) no 1T23, sendo 0,08 bcm no Complexo Parnaíba e 0,05 bcm na Bacia do Amazonas, no Campo de Azulão, para suprimento à UTE Jaguatirica II. O aumento do volume de gás produzido no trimestre frente ao mesmo trimestre de 2022 foi reflexo:

  • do gás demandado para geração nas usinas do Complexo Parnaíba para exportação e comissionamento no 1T23, as quais permaneceram desligadas ao longo do 1T22; e
  • do maior volume gerado da UTE Jaguatirica II, que apresentou 64% de despacho no 1T23 e operou em grande parte do trimestre com sua capacidade total de 140 MW (considerando as 2 turbinas a gás e a turbina a vapor), ao passo que no 1T22 o Sistema Integrado AzulãoJaguatirica iniciou operação comercial de forma parcial, com a entrada da primeira turbina a gás em meados do 1T22 e da segunda turbina a gás ao final do 1T22.

A Eneva encerrou o 1T23 com um total de reservas 2P de gás natural de 47,4 bcm, das quais 33,0 bcm concentravam-se na Bacia do Parnaíba e 14,4 bcm na Bacia do Amazonas, no Campo do Azulão, refletindo o saldo das reservas certificadas divulgadas em 01 de fevereiro de 2023 nos relatórios de certificação de reservas referentes a 31 de dezembro de 2022, elaborados pela Gaffney, Cline & Associates (GCA), e descontando o consumo de gás acumulado no 1T23.

A Eneva detinha, de acordo com os relatórios certificados pela GCA em 31 de dezembro de 2022, reservas 2P de condensado no total de 5,7 milhões de barris (MMbbl), sendo 0,3 MMbbl na Bacia do Parnaíba e 5,4 MMbbl no Campo de Azulão.

Exploração e Recursos

A Eneva apresentava, ainda, os seguintes volumes de recursos contingentes 2C (P50), conforme certificado pela GCA nos relatórios de recursos referentes à data base de 31 de dezembro de 2022:

Bacia do Parnaíba, no PAD Lago dos Rodrigues: 0,33 bcm de recursos contingentes 2C de gás natural;

Bacia do Amazonas, no PAD Anebá: recursos contingentes 2C de 2,01 bcm de gás natural; 1,72 MMbbl de condensado; 4,34 MMbbl de óleo e 0,202 bcm de gás associado;

Bacia do Solimões, na Área de Juruá: 24,04 bcm de recursos contingentes 2C de gás natural.

No 1T23, vale destacar também a produção e comercialização de um total de 73.800 barris de óleo pela Companhia, por meio do Teste de Longa Duração (TLD) de 60 dias executado no âmbito do Plano de Avaliação de Descoberta de Anebá, no poço 1-ENV-25D-AM na Bacia do Amazonas. O TLD objetivou comprovar a produtividade do poço descobridor perfurado em 2021 e fornecerá à Companhia informações adicionais necessárias para melhor dimensionamento e ajuste dos modelos de fluxo da acumulação e melhor determinação do potencial de recursos.

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