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Focus reduz PIB nos próximos 2 anos e faz pequenos ajustes elevando a projeção do IPCA

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Os economistas consultados pelo boletim Focus, do Banco Central (BC), fizeram pequenos ajustes e elevaram a inflação para 2023 e 2024, além de subir a projeção de crescimento da economia brasileira para este ano, mas reduzirem para 2024 e 2025. A estimativa para o dólar no próximo ano foi reduzida após cinco semanas de manutenção.

Inflação

No boletim divulgado nesta segunda-feira (10), estimativa para o IPCA de 2023 passou de 5,96% para 5,98%, na segunda semana seguida de elevação, enquanto para 2024 subiu de 4,13% para 4,14%. Para 2025 e 2026 as projeções para o indicador de preços seguiram em 4,00%.

Considerando somente as 61 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2023 também subiu, de 6,03% para 6,04%. Para 2024, diminuiu de 4,05% para 4,02%, considerando 57 atualizações no período.

Atualmente, o foco da política monetária está nos anos de 2023 e, com maior peso, de 2024. A mediana na Focus para a inflação oficial em 2023 está bem acima do teto da meta (4,75%), apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central, após 2021 e 2022. Para 2024, a mediana está acima do centro da meta (3,00%), mas ainda dentro do intervalo que vai de 1,50% a 4,50%.

A mediana para o IPCA de 2025 seguiu em 4,00%, de 3,80% há um mês. A estimativa para o IPCA de 2026 também continuou em 4,00%, contra 3,79% um mês antes. A meta para 2025 é de 3,00% (margem de 1,50% a 4,50%). Ainda não há objetivo definido para 2026.

Na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do mês passado, o BC atualizou suas projeções para a inflação no cenário de referência com estimativas de 5,8% em 2023 e 3,6% para 2024. Em um cenário alternativo, em que a Selic fica estável por todo o horizonte relevante, as projeções da autoridade são de 5,7% para 2023 e 3,0% para 2024.

PIB

Em relação ao desempenho da economia brasileira, os economistas ajustaram ligeiramente o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2023 de 0,90% para 0,91%, mas reduziram para 2024 e 2025, passando de 1,48% para 1,44% e de 1,80% para 1,76%, respectivamente. Para 2026 a expectativa para a economia segue com crescimento de 1,80%.

O Banco Central elevou sua estimativa para o crescimento do PIB deste ano de 1,0% para 1,2% no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do mês passado.

Já na grade de parâmetros divulgada em março pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, a estimativa do governo para a expansão da atividade em 2023 passou de 2,1% para 1,61%.

Juros (FX:BRASELIC)

Em relação à taxa básica de juros (Selic), o boletim Focus seguiu sem alteração em todas as projeções, sendo 12,75% para 2023, 10,00% para 2024, 9% para 2025 e 8,75% para 2026.

No mês passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 13,75% ao ano pela quinta reunião seguida.

Considerando apenas as 70 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2023 seguiu em 12,50%. Para o fim de 2024, permaneceu em 10,00%, com 68 atualizações na última semana.

Na segunda reunião do Copom no novo governo Lula, o colegiado afirmou que a conjuntura, marcada por alta volatilidade nos mercados financeiros e expectativas de inflação desancoradas em relação às metas em horizontes mais longos, demanda maior atenção na condução da política monetária.

Na Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025 continuou em 9,00%, mesma mediana de quatro semanas atrás. O boletim ainda trouxe a projeção para a Selic no fim de 2026, que continuou em 8,75%, mesmo nível de um mês antes.

Câmbio (FX:USDBRL)

No caso do câmbio, a projeção para o dólar foi mantida em R$5,25 em 2023, mas houve redução para 2024, passando de R$5,30 para R$5,27, após cinco semanas de manutenção. Para 2025 seguiu em R$5,30, mas para 2026 foi reduzido de R$5,40 para R$5,35.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

Itaú corta estimativa do PIB com desdobramento do crédito

O Itaú revisou em baixa a projeção para o Produto Interno Bruto do Brasil de 1,3% para 1,1% neste ano, diante dos desenvolvimentos no mercado de crédito, enquanto manteve a expectativa de expansão de 1,0% em 2024.

Em relatório divulgado nesta segunda-feira e assinado pelo economista-chefe Mário Mesquita, o Itaú piorou as projeções para o mercado de trabalho, projetando que a taxa de desemprego ficará em 9% neste ano e 9,1% em 2024, ante projeções anteriores de 8,6% e 8,7%, respectivamente.

O Itaú revisou a projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, para o próximo ano do para de 4,2% para 4,5%, citando a desancoragem das expectativas de inflação. “Não incorporamos eventual revisão da meta, que poderia levar a projeção de 2024 para acima de 5%”, diz o banco.

Para 2023, foi mantida a projeção de 6,1% para o IPCA, diante do aumento da alíquota do Imposto sobre Comercialização de Mercadorias e Prestação de Serviços sobre a gasolina sendo compensado por uma inflação menor de alimentos.

Em relação ao déficit primário, Mesquita manteve a projeção para 2023 em 1,2% do Produto Interno Bruto e 0,7% para 2024. As projeções apontam incompatibilidade com as metas do governo no novo arcabouço fiscal, de -0,5% e 0,0% para 2023 e 2024, com 0,25% de margem de erro.

Mesquita diz que o novo arcabouço fiscal traz pontos positivos, como o caráter geral e exceções bem delimitadas ao limite de gastos, o uso de variáveis realizadas e não projetadas como parametrização e a trajetória desafiadora, mas positiva, de convergência de resultado primário.

“Os principais desafios à frente estão relacionados à implementação dessa trajetória almejada e consequentes ganhos de credibilidade e consolidação da regra, que dependerão de partida do sucesso na recomposição do nível de receitas”.

A equipe de Mesquita ainda reiterou suas projeções para o Dólar-Real em R$5,30 em 2023 e R$5,40 em 2024, citando o cenário externo mais volátil, após os episódios recentes em bancos e a reprecificação da taxa terminal de juros nos EUA para um nível mais baixo. No contexto doméstico, houve alguma redução dos ruídos sobre política econômica e dos riscos. A projeção para a Selic foi mantida em 12,50% para 2023 e 10,00% para 2024.

**Entenda o Boletim Focus**

O Boletim Focus é um relatório divulgado semanalmente pelo Banco Central do Brasil (BC ou BACEN).

Este relatório contem uma série de projeções sobre a economia brasileira coletadas junto a alguns dos principais economistas em atuação no país. Cerca de 100 (cem) analistas de mercado, representando as principais instituições financeiras do Brasil, opinam sobre a perspectiva futura de diversos indicadores de nossa economia.

O BACEN criou o Boletim Focus para poder acompanhar as impressões do mercado brasileiro sobre a inflação.

O relatório é confeccionado de segunda-feira a domingo, sendo divulgado sempre às segundas-feiras da semana seguinte à sua confecção.

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