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Merck supera expectativas do 1T23 apesar da queda nas vendas do molnupiravir

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Na quinta-feira (27), a Merck (NYSE:MRK) reportou receitas e lucros ajustados que superaram as expectativas de Wall Street, apesar de uma queda acentuada nas vendas de seu tratamento antiviral de Covid, o molnupiravir.

A Merck também é negociada na B3 através do ticker (BOV:MRCK34).

As vendas de molnupiravir caíram para $ 392 milhões durante o período, uma queda de 88% em relação aos $ 3,2 bilhões relatados no primeiro trimestre de 2022. A Merck disse que a queda é principalmente resultado de vendas menores nos EUA, Reino Unido, Japão e Austrália.

A empresa registrou receita total de US$ 14,5 bilhões durante o trimestre, queda de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Mas excluindo o medicamento Covid, a Merck disse que sua receita cresceu 11%.

Aqui está o que a Merck relatou em comparação com as expectativas de Wall Street, com base em uma pesquisa de analistas da Refinitiv:

  • Lucro por ação: US$ 1,40 ajustado, contra US$ 1,32 esperado
  • Receita: US$ 14,49 bilhões, contra US$ 13,78 bilhões esperados

As ações da Merck estavam relativamente estáveis ​​na quinta-feira. As ações MRK subiram mais de 2% no ano, colocando o valor de mercado da empresa em quase US$ 288 bilhões.

A gigante farmacêutica registrou um lucro líquido de US$ 2,82 bilhões, ou US$ 1,11 por ação. Isso se compara a um lucro líquido de US$ 4,31 bilhões, ou US$ 1,70 por ação, no mesmo período do ano anterior.

Excluindo alguns itens, o lucro por ação ajustado da Merck foi de US$ 1,40 no período. Isso inclui um impacto de 52 centavos de encargos relacionados à aquisição da Imago BioSciences, desenvolvedora de medicamentos contra o câncer, no ano passado.

A empresa com sede em Rahway, Nova Jersey, agora prevê vendas de US$ 57,7 bilhões a US$ 58,9 bilhões para 2023, um pouco acima do guidance de US$ 57,2 a US$ 58,7 bilhões fornecida no início de fevereiro. A orientação suspensa inclui aproximadamente US$ 1 bilhão em vendas de molnupiravir.

A empresa também elevou sua perspectiva de lucro ajustado para o ano inteiro de US$ 6,88 a US$ 7,00 por ação, de uma previsão anterior de US$ 6,80 a US$ 6,95 por ação.

A previsão não reflete nenhum impacto financeiro da proposta de aquisição da empresa de biotecnologia Prometheus Biosciences pela Merck no início deste mês, observou a empresa. A Merck disse que o acordo deve ser fechado no terceiro trimestre de 2023.

O tratamento com molnupiravir da Merck entrou no mercado pela primeira vez depois que a Food and Drug Administration autorizou a pílula para certos adultos em dezembro de 2021. Antes aclamada como um tratamento revolucionário para a Covid-19, a Merck assinou vários contratos para fornecer milhões de cursos do medicamento para o governo dos EUA e outras nações.

Mas a Merck e fabricantes de medicamentos como a Pfize, Moderna e Johnson & Johnson estão se preparando para uma queda nas vendas relacionadas à Covid este ano, à medida que o mundo emerge da pandemia e depende menos de vacinas e tratamentos de grande sucesso.

O molnupiravir pesou nas vendas dos negócios farmacêuticos da Merck, que caíram 10%, para US$ 12,7 bilhões, em comparação com o primeiro trimestre de 2022. Excluindo o molnupiravir, as vendas farmacêuticas cresceram 14%.

A Merck disse que os tratamentos para diabetes também levaram à queda nas vendas. As vendas de sitagliptina e um tratamento similar para diabetes caíram 29%, para US$ 880 milhões durante o trimestre, principalmente devido à concorrência de genéricos em vários mercados internacionais e menor demanda e preços nos EUA.

Mas a unidade farmacêutica da Merck teve vendas mais altas do tratamento de anticorpo de grande sucesso Keytruda, que aumentou 20% para US$ 5,8 bilhões durante o trimestre. Keytruda é usado contra vários tipos de câncer, incluindo certos tipos de câncer de mama e câncer de pele.

As vendas da Gardasil, a vacina da Merck que previne o câncer do HPV, também cresceram 35%, para US$ 2 bilhões. A empresa disse que o crescimento reflete uma forte demanda fora dos EUA, particularmente na China.

Por Annika Kim Constantino/CNBC

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