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Neoenergia (NEOE3): lucro líquido de R$ 1,215 bilhão no 1T23, alta de 0,25%

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A Neoenergia reportou lucro líquido de R$ 1,215 bilhão no primeiro trimestre de 2023 (1T23), montante 0,25% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2022, informou a companhia nesta terça-feira (25).

A receita líquida somou R$ 11,107 bilhões no primeiro trimestre deste ano, crescimento de 12% na comparação com igual etapa de 2022.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ 3,6 bilhões no 1T23, um crescimento de 14% em relação ao 1T22, enquanto o Ebitda ajustado totalizou R$ 2,6 bilhões, alta de 7%.

Segundo a companhia, a variação positiva no Ebitda foi influenciada positivamente pela entrega de projetos em negócios renováveis, “incluindo a entrada em operação total, em março, do complexo solar Neoenergia Luzia, na Paraíba, que marca a estreia da companhia na geração fotovoltaica centralizada”.

A energia injetada foi de 19.510 gigawatts (GWh) no 1T23, +0,2% versus o 1T22, por melhor mercado na Bahia e em Brasília, absorvendo os impactos de menor temperatura e geração distribuída nas demais concessões.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 1,272 bilhão no primeiro trimestre de 2023, uma elevação de 39% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.

Segundo a companhia, o aumento das despesas financeiras é explicada pela maior despesa com encargos de dívida, maior CDI, além do aumento do saldo médio da dívida devido às captações direcionadas para Capex de novos projetos de transmissão, eólico e solar, além das Distribuidoras.

A margem bruta foi de R$ 4,760 bilhões no 1T23, alta de 14% frente a margem do 1T22, impactada pelos efeitos dos reajustes tarifários; do maior VNR, por ajuste pontual na base de remuneração de Neoenergia Coelba e Neoenergia Cosern para Revisão Tarifária, mitigando o impacto do menor IPCA; do maior Capex em transmissão; e do melhor resultado em Renováveis devido à entrada em operação dos Complexos Eólicos Chafariz e Oitis e do Complexo Solar Luzia.

As despesas operacionais somaram R$ 970 milhões no 1T23, um crescimento de 9% em relação ao mesmo período de 2022.

A Neoenergia investiu R$ 2,1 bilhões no 1T23 (-13% na comparação anual), maior realização em Redes e menor realização em Renováveis devido ao encerramento dos projetos.

Em 31 de março de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 36,827 bilhões, um crescimento de 1% na comparação com dezembro de 2022.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 3,06 vezes em março de 2023, queda de 0,09 ponto percentual (p.p.) em relação ao mesmo período de 2022.

A Neoenergia encerrou o trimestre com 42 parques eólicos em operação, que somados têm capacidade instalada de 1.389 megawatts (MW), além de duas usinas solares fotovoltaicas Neoenergia Luzia, com 149,2 MWp. A geração de energia eólica e solar foi de 943 gigawatts-hora (GWh), 84,71% acima do observado no mesmo período do ano passado.

No segmento de distribuição, a companhia encerrou o trimestre com 16.111 milhões de unidades consumidoras atendidas em suas cinco áreas de concessão, uma adição de 307 mil clientes em relação ao mesmo período do ano passado, alta de 2%.

Os resultados da Neoenergia (BOV:NEOE3) referentes às suas operações do primeiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 25/04/2023.

Teleconferência

A venda de 50% de um conjunto de ativos de transmissão da Neoenergia ao GIC, do fundo soberano de Cingapura, foi fechada por múltiplos superiores aos registrados em transações similares recentes, gerando “muito valor” à elétrica, disse nesta quarta-feira o presidente-executivo da companhia, Eduardo Capelastegui.

A Neonergia anunciou ontem o acordo com o GIC, que inclui ainda uma associação para participação conjunta nos próximos leilões de projetos de transmissão que serão realizados pelo governo brasileiro.

A elétrica controlada pelo grupo espanhol Iberdrola havia investido R$ 682 milhões nos empreendimentos, negociados com o GIC por R$ 1,2 bilhão. O preço de venda representou uma relação de 12,9 vezes entre o valor atribuído aos ativos, incluindo dívidas, e a geração de caixa medida pelo EBITDA. Em operações recentes, esse múltiplo ficou entre 12 vezes e 9,6 vezes, com média de 11,2 vezes, segundo a empresa.

“Isso mostra o valor que o GIC enxergou na plataforma de transmissão da Neoenergia e sua intenção de continuar conosco no longo prazo. Esta não foi apenas uma transação pontual”, disse Capelastegui, em teleconferência para comentar os resultados do primeiro trimestre da companhia.

A operação com o GIC ainda representou múltiplo de 10,9 vezes se considerada a relação entre o valor dos ativos e a receita anual destes, RAP, contra média de 10 vezes em dois negócios recentes.

“E a maioria das transações comparáveis são de venda de 100% dos ativos, com prêmio (pelo controle). A nossa é por 50%, com co-controle. E, além disso, reforço o cenário atual de juros, muito mais desafiador hoje do que na época das transações precedentes”, disse Capelastegui.

Ele acrescentou que, nos próximos leilões, a Neoenergia e o GIC poderão fazer ofertas em conjunto por projetos, embora a elétrica também tenha a opção de participar sozinha.

Em caso de vitória nas licitações, a Neoenergia terá 60% dos projetos durante a fase de construção, ficando responsável pela execução; após a entrada em operação, ela e GIC terão 50% dos ativos cada.

Capelastegui reforçou que a operação está alinhada ao plano de rotação de ativos da companhia, que prevê também a venda de uma fatia na hidrelétrica de Belo Monte e da usina TermoPernambuco.

Ao vender 50% dos projetos de transmissão ao GIC, que ainda poderá fazer a primeira oferta por outros empreendimentos da elétrica no futuro, a Neoenergia reduzirá sua dívida líquida em cerca de R$3 bilhões, considerando a entrada em caixa pelo negócio e a desconsolidação das dívidas dos ativos. Só a desconsolidação da dívida reduzirá a alavancagem em 0,14 vezes.

Perto das 11h25, as ações ON da Neoenergia subiam 1,23% na B3, cotadas a R$ 15,63.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

O Bradesco BBI destaca que a operação reduzirá a alavancagem (dívida líquida/Ebitda) da Neoenergia de 3,15 vez para 3 vezes, “um patamar bem mais confortável dado o cenário de juros altos”.

BTG Pactual

A Neoenergia apresentou bons resultados no 1T. O EBITDA (ex-equivalência patrimonial) foi de R$ 3,6 bilhões, que ajustado por (i) VNR (+R$ 649 milhões), (ii) efeito contábil do IFRS na transmissão (+R$ 362 milhões) e (iii) ajuste a valor justo dos ativos mantidos para venda (+R$ 12 milhões), teria totalizado R$ 2,6 bilhões, 5% acima de nossa projeção (R$ 2,47 bilhões) e +8% a/a graças ao início do parque eólico Oitis no 3T22 e da Usina solar de Luzia no 1T, compensando os resultados mais fracos da Termope. Após despesas financeiras acima do esperado, o lucro líquido ajustado foi de R$ 874 milhões (vs. os R$ 518 milhões que esperávamos).

A Neoenergia também anunciou a venda de 50% de 8 de suas 12 linhas de transmissão em operação (totalizando R$ 421 milhões em RAP) para o fundo soberano de Cingapura GIC por R$ 1,2 bilhão (set/23). Analisamos os números e descobrimos que a venda foi positiva, pois estimamos um valor patrimonial de R$ 979 milhões para a participação de 50% nos 8 ativos, traduzindo-se em um VPL de R$ 255 milhões para a Neoenergia (+R$ 0,21/ação). A alavancagem encerrou o primeiro trimestre em 3,06x Dívida líquida/EBITDA, e esse desinvestimento na transmissão ajudará a reduzir a alavancagem para 2,96x. Após a troca de ativos hídricos com a Eletrobras anunciada em dez/22, esta venda representa outro marco importante no plano de desinvestimento da Neoenergia, que também inclui a Termope e sua participação de 10% em Belo Monte, potencialmente levando a uma desalavancagem adicional.

A Neoenergia também anunciou um contrato de desenvolvimento com o GIC, contemplando parceria nos próximos leilões de transmissão e direito de primeira oferta (ROFO) para a venda de 50% de participação em suas demais linhas de transmissão (operacionais ou em construção) para o GIC. Gostamos deste acordo, pois pode reduzir as necessidades de capital da empresa para novos projetos greenfield de transmissão, principalmente devido à relevância dos leilões programados para junho e dezembro, com R$ 15,8 bilhões e R$ 19,7 bilhões em capex estimado. Ao mesmo tempo, considerando o balanço patrimonial apertado da empresa, acreditamos que os investidores prefeririam ver a empresa usando esse caixa adicional desalavancar em vez de participar de novos leilões de transmissão.

BTG Pactual tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 25,00…

Credit Suisse

Olhando para o balanço, os resultados regulatórios foram positivos e superaram as estimativas do consenso e do Credit Suisse, “beneficiando-se de reajustes tarifários, bom desempenho de custos e entrada em operação de novos ativos, apesar dos números mais fracos da geradoras de energia principalmente nas unidades hidrelétricas”.

Com relação a venda de ativos de transmissão, os analistas do Credit comentam que a cifra de R$ 1,2 bilhão pelos ativos foi melhor do que as estimativas de valor justo para esses ativos. O acordo também inclui o ROFO para Warrington nos ativos da TransCo em construção e possibilidade de participação conjunta nos próximos leilões, também com 50% de participação. Com esta transação, a Neonergia pode reduzir sua alavancagem em 0,14 vez e traz um parceiro estratégico para crescimento futuro no segmento de transmissão.

Embora esperada pelo mercado, a venda de ativos foi um movimento positivo, na avaliação do Itaú BBA. Em termos de múltiplos, a transação está ocorrendo a 11 vezes o valor da firma sobre o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EV/Ebitda), enquanto a companhia é negociada a 5,3 vezes de acordo com o consenso da Bloomberg.

JP Morgan 

Já o JPMorgan comenta que o preço pago pelos ativos de transmissão vieram em linha com suas projeções, visto que a negociação já havia sido antecipada pela imprensa e pela própria Neoenergia, que buscou três objetivos principais com a venda:

Primeiro, a venda de 50% da participação significa que os ativos e passivos serão desconsolidados, levando a uma ligeira redução na relação Dívida Líquida/Ebitda, que fechou o 1T23 em 3,06 vezes. Isso, segundo JPMorgan, permite à Neonergia explorar outras oportunidades de greenfield em futuros leilões de transmissão para reciclar o capital.

Em segundo lugar, o JPMorgan estima que o comprador esteja garantindo uma taxa interna de retorno (TIR) real de patrimônio líquido de 7,2% com essa aquisição, o que parece razoável para transações de brownfield de transmissão.

Em terceiro lugar, “ao trazer um parceiro financeiro estratégico que confirma o valor das linhas de transmissão e se associa em futuras licitações de transmissão, a elétrica tenta tranquilizar o mercado de que todas as ofertas devem superar a taxa de atratividade do IPCA + 10% para novos projetos de transmissão greenfield”, explicam os analistas do JPMorgan, em relatório em que cita um “novo capítulo” para a companhia.

O banco americano também projetou que o mercado reagiria positivamente a essa notícia e reiterou recomendação de compra para a ação. O Credit Suisse mantém avaliação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 19,90, o que representa um potencial de valorização de 28,9% frente a cotação de fechamento de terça-feira (25) de R$ 15,44. Por outro lado, o BBI mantém recomendação neutra e preço-alvo de R$ 20.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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