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Usiminas (USIM5): lucro líquido de R$ 544 milhões no 1T23, queda de 57%

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A Usiminas reportou lucro líquido de R$ 544 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23), montante 57% inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2022, mas acima dos R$ 346 milhões previstos pelo consenso Refinitiv.

A receita líquida somou R$ 7,255 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um recuo de 8% na comparação com igual etapa de 2022 e abaixo dos R$ 7,6 bilhões previstos pelo consenso Refinitiv.

O Ebtida – lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização –  ajustado totalizou R$ 783 milhões no 1T23, um recuo de 50% em relação ao 1T22. O resultado veio acima das projeções do consenso Refinitiv, que projetava Ebitda de R$ 752,2 milhões. A margem Ebitda ajustada atingiu 11% entre janeiro e março deste ano, queda de 9 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 1T22.

A produção de aço bruto na usina de Ipatinga foi de 717 mil toneladas no 1T23, superior em 10,3% em relação ao 4T22 (650 mil toneladas). A produção de laminados nas usinas de Ipatinga e de Cubatão totalizou 971 mil toneladas no 1T23, representando uma redução de 3,3% em relação ao trimestre anterior (4T22: 1.004 mil toneladas). No 1T23, foram processadas 489 mil toneladas de placas adquiridas (4T22: 499 mil toneladas).

O volume de produção alcançou 1,8 milhão de toneladas, o que representa uma redução de 21,4% em comparação ao 4T22 (2,3 milhões de toneladas). “O menor volume de produção se deu principalmente por maiores níveis de chuvas devido à sazonalidade climática usual no primeiro trimestre do ano, e manutenção preventiva nas plantas”, explica a empresa.

O volume de vendas atingiu 1,9 milhão de toneladas no 1T23, inferior em 21,5% ao 4T22 (2,4 milhões de toneladas), acompanhando o volume de produção do período e restrições na disponibilidade de transporte ferroviário externo em consequência das chuvas.

O  custo dos produtos vendidos – CPV  no 1T23 totalizou R$ 6,4 bilhões, redução de 7,5% em comparação com o 4T22 (R$ 6,9 bilhões), com redução em todas as Unidades.

O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 884,8 milhões no primeiro trimestre de 2023, uma redução de 48% na comparação com igual etapa de 2022. A margem bruta foi de 12,2% no 1T23, retração de 9,7 p.p. frente a margem do 1T22.

O Resultado Financeiro foi de R$ 193 milhões, 2,9% superior ao resultado apresentado no trimestre anterior (4T22: R$188 milhões), advindo de maiores receitas financeiras e menores despesas financeiras na comparação com o trimestre anterior, parcialmente compensado por menores ganhos cambiais no período.

As Despesas gerais e administrativas no 1T23 totalizaram R$ 140 milhões, 18,2% inferiores ao trimestre anterior, principalmente com menores despesas na Unidade de Siderurgia.

O Capex totalizou R$ 580 milhões, 33,0% inferior ao 4T22 (R$ 867 milhões), sendo 93,5% na Unidade de Siderurgia, 5,7% na Unidade de Mineração, e 0,8% na Unidade de Transformação.Em 31 de março de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 284 milhões, ante caixa líquido de R$ 1,049 bilhão da mesma etapa de 2022.

Em 31/03/23, a Dívida líquida era de R$284 milhões, 74,9% inferior à dívida líquida no final do trimestre anterior.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 0,07 vez em março/22, alta de 0,16 p.p. em relação ao mesmo período de 2022.

Projeções

A Usiminas informou, ainda, suas projeções acerca dos volumes de vendas de aço da Unidade de Siderurgia para o segundo trimestre de 2023 (2T23).

A siderúrgica projeta volume de vendas aço pela unidade de siderurgia entre 900 mil a 1 milhão de toneladas de aço no 2T23.

Os resultados da Usiminas (BOV:USIM3) (BOV:USIM5) (BOV:USIM6) referente a suas operações do primeiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 20/04/2023. Confira o Press Release completo!

Teleconferência

Se as margens melhoraram no primeiro trimestre, os executivos da Usiminas, para o futuro de curto-prazo, estão um pouco menos otimistas.

“Não temos visto mudanças significativas de preço e é possível que tenhamos no segundo trimestre um cenário de margens mais apertadas”, comentou Thiago Rodrigues, diretor financeiro (CFO) da companhia em teleconferência realizada na manhã de hoje.

Os executivos mencionaram ainda que o repasse do aumento dos gastos, proveniente da alta do aço e do frete, é algo, por enquanto, ainda incerto e dependente de várias variáveis.

“De forma geral, todos setores, do lado da demanda, estão tendo impactos negativos por conta dos juros altos: automotivo, indústria e construção. As reformas que estão em discussão, tributária e do arcabouço fiscal podem impactar positivamente a economia, principalmente a partir do segundo semestre”, explicou Miguel Camejo, diretor comercial.

A Usiminas, em parte por conta do cenário, reduziu seu guidance para o segundo trimestre. O esperado é que o volume de vendas de aço fique entre 900 mil e um milhão de toneladas.

” Queda do guidance de vendas no segundo trimestre tem a ver também com nosso foco de exportação, que são mercados regionais e segmentos com mais valor agregado. A queda do guidance está ligado à queda das exportações”, acrescentou Camejo.

Do outro lado, alguns contratos fechados, por conta da atual situação, também foram impactados negativamente. “Negociações de contratos com indústria automotiva fechados em abril tiveram redução de preço de 12%”, mensurou o executivo.

Por fim, os diretores da Usiminas falaram também sobre a parada do Alto Forno 3, que se dá a partir da próxima semana.

“Vamos parar um equipamento da usina de Ipatinga para intervenção nos próximos dias. A estocagem de placas, enquanto teremos uma redução, está completa. Tudo segue conforme o planejado”, disse Alberto Ono, diretor executivo (CEO). “Não vemos restrição de oferta pela parada do Alto Forno 3. Estamos preparados para fornecer produtos ao mercado interno e para as cadeias regionais”, completou Camejo.

A diretoria ainda falou que, até então, toda a preparação para a parada está seguindo aquilo que foi planejado. O Alto Forno 3, da Usina de Ipatinga, ficará 110 dias parado para manutenção.

“Não damos guidance de custo mas podemos inferir que a partir da parada do Alto Forno continuaremos a produzir nos dois fornos menores. Passamos porém a consumir um volume de placa das nossas laminações. Teremos exposição maior ao preço das placas do que o custo de produção interno”, comentou o CFO da empresa.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

“A divisão de aço se recupera das mínimas do quarto trimestre. Os embarques domésticos ficaram 5% acima do nosso consenso. A realização de preços domésticos no primeiro trimestre foi 3% mais fraca, devido a reduções de preços para o setor automotivo e clientes industriais. Custos foram o destaque positivo”, corrobora o Bradesco BBI.

Do lado negativo, segundo as casas, ficou a frente de mineração da Usiminas. Ainda de acordo com o BBI, o Ebitda de R$ 254 milhões ficou aquém da sua expectativa de R$ 330 milhões.

“A realização do preço ficou 11% abaixo da nossa estimativa, aproximadamente em US$ 80 por tonelada, mas ainda com alta de 25% no trimestre. Os custos por tonelada ficaram em linha com o esperado e estáveis na base trimestral”, debatem os especialistas do banco brasileiro.

BTG Pactual

Os resultados de primeiro trimestre da Usiminas foram positivos, dentro das expectativas, com melhor desempenho dos negócios de siderurgia e menores custos, diz o BTG Pactual.

Os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner escrevem que o Ebitda consolidado de R$ 783 milhões foi 5% maior do que as estimativas, apoiado em melhores margens de aço e queda de 11,5% nos custos por tonelada.

“Ficamos satisfeitos em ver a produção de aço subindo no primeiro trimestre, indicando uma boa performance operacional antes do período de manutenções em abril”, comentam.

O banco afirma que a visibilidade dos resultados ainda são baixas e preferem aguardar para ver se a Usiminas consegue manter o bom momento operacional antes de voltar a apostar nas ações da companhia.

BTG Pactual tem recomendação neutra com preço-alvo em R$ 8,00…

Guide

A Usiminas apresentou resultados ainda baixos e sem perspectiva de uma grande recuperação no curto prazo. Mas, dá sinais de que o pior já passou em termos de rentabilidade. A avaliação é do analista Mateus Haag, da Guide Investimentos.

De acordo com o analista, o resultado da Usiminas no primeiro trimestre, divulgado hoje, foram “um pouco melhores que o esperado”, mostrando recuperação nas vendas de aço e nas margens da empresa, em comparação com o quarto trimestre de 2022. A empresa registrou no primeiro trimestre uma margem de lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (margem Ebitda) de 10,8%, ante 7,6% no quarto trimestre de 2022.

Segundo o analista, o Ebitda de R$ 783 milhões ficou um pouco acima do esperado. O lucro de R$ 544 milhões também ficou acima do esperado e foi impactado pelo resultado financeiro.

A Usiminas também divulgou uma projeção de vendas de aço de 900 a 1 milhão de toneladas no segundo trimestre, aproximadamente em linha com os trimestres anteriores, na avaliação de Haag.

No trimestre, as vendas de aço aumentaram para 1,035 milhão de toneladas. “O fim dos eventos específicos do quarto trimestre de 2022, como Copa e Eleições, parece ter contribuído para elevar as vendas”, ponderou o analista. As vendas de minério foram de 1,88 milhão de toneladas, abaixo do quarto trimestre de 2022, em função da sazonalidade da commodity.

Itaú BBA

O Itaú BBA, pontua que o preço realizado ajudou a ofuscar o menor nível de volume de minério embarcado, com queda de 22% na base trimestral. A Usiminas produziu 1,82 milhão de tonelada no primeiro trimestre e vendeu 1,88 milhão – ante 2,4 milhões no quarto trimestre.

A queda se deu, principalmente, por conta da sazonalidade e das condições climáticas, com as chuvas atrapalhando as operações.

Por fim, todas as casas de análise também destacaram o fluxo de caixa, positivo em R$ 764 milhões, que a companhia trouxe no balanço, revertendo o saldo negativo de R$ 65 milhões do quarto trimestre.

“A melhora sequencial se deu por tendências operacionais mais fortes e pela liberação significativa de R$ 733 milhões de capital de giro, esta auxiliada por menores estoques de carvão e maiores contas a pagar. A dívida líquida caiu para para R$ 284 milhões, de R$ 1,1 bilhão em dezembro, ajudada, além de pelo caixa, também pelo impacto positivo da apreciação do real”, completa o Itaú.

JP Morgan

O lucro líquido da companhia foi de R$ 544 milhões e ficou acima do consenso Refinitiv, que era de R$ 346 milhões. A Usiminas teve um recuo de 57% na sua bottom line na base anual e uma alta, na trimestral, de 35,2%.

“A principal surpresa veio do setor siderúrgico, com lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 438 milhões, onde ambos os volumes (interno e externo) surpreenderam positivamente, mas principalmente os custos (custos menores de placas compradas) foram os destaques”, comenta o JP Morgan.

De acordo com a própria companhia, os menores gastos com placas, em 23%, e com energia e combustíveis, com menos 10%, mais do que compensaram a alta de 5% dos custos com minério de ferro.

“Os volumes recuperaram 7,4% trimestralmente, 5,5% acima do nosso consenso. A maior parte do aumento de volume ocorreu no mercado interno, que é mais rentável do que as exportações. Do lado do custo, os gastos por tonelada saíram de R$ 6,5 mil para R$ 5,7 mil”, afirma ainda o banco americano.

A Usiminas exportou 101 mil toneladas de aço entre janeiro e março, ante 92 mil no quarto trimestre. Para o mercado interno, foram 934 mil toneladas, ante 872 mil entre outubro e dezembro do ano passado.

Santander

O resultado da Usiminas no primeiro trimestre ficou acima da expectativa dos analistas do Santander Rafael Barcellos e Arthur Biscuola, mas, do lado negativo, divulgou projeção de vendas mais fracas de aço no segundo trimestre.

A Usiminas reportou um lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) no primeiro trimestre de R$ 783 milhões, com queda de 10% em relação ao mesmo período de 2022. O resultado ficou 10% acima da estimativa do banco e 13% acima do consenso dos analistas. Segundo o Santander, a diferença deve-se ao desempenho de custo melhor do que o esperado para a divisão de aço da companhia.

A Usiminas apresentou, de modo geral, resultados mais fortes do que no quarto trimestre de 2022, impulsionada principalmente pelas vendas de aço, que aumentaram 7% nessa base de comparação, para 1,035 milhão de toneladas. O Santander também destacou a melhora no desempenho, com redução nos custos de 12%.

O Ebitda da divisão de aço aumentou 66% no trimestre, com margens de 7%, ante 4% no quarto trimestre de 2022.

“Do lado negativo, a empresa divulgou sua projeção de volumes de vendas de aço no segundo trimestre de 900 mil a 1 milhão de toneladas, o que implica volumes mais fracos no trimestre”, afirmaram os analistas em relatório.

Os analistas disseram esperar uma reação “ligeiramente positiva” do mercado a esses resultados, principalmente se a empresa confirmar em teleconferência que os aumentos de preços vão se materializar no fim de abril e começo de maio.

Santander mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 8,50…

XP

A Usiminas apresentou resultados melhores que o esperado no primeiro trimestre, apoiado em maiores preços do minério de ferro e de volumes de aço, além de menores custos no período, diz a XP.

O analista Guilherme Nippes escreve que o Ebitda consolidado de R$ 783 milhões superou em 10% as estimativas, com melhores margens. Outro destaque positivo foi o fluxo de caixa livre, com variação positiva no capital de giro.

Em siderurgia, a Usiminas viu melhorias nos volumes e menor custo caixa com placas, energia e combustível, o que acabou compensando queda de 9% nos preços. Em mineração, uma temporada de chuvas mais amena sustentou volumes e vendas no trimestre.

XP tem recomendação neutra com preço-alvo de R$ 15,50.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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