A 3R Petroleum está muito perto de concluir a aquisição do Polo Potiguar, da Petrobras, e a expectativa é de que a companhia assuma as operações do ativo na primeira quinzena de junho, disse à Mover uma fonte com conhecimento direto do assunto.
A petroleira independente começará a atuar com o polo já em operação, produzindo de 15 mil a 16 mil barris por dia, patamar a partir do qual o bombeamento subirá gradativamente, com medidas para melhoria da produtividade, acrescentou a fonte, que falou sob anonimato devido à confidencialidade do negócio.
A conclusão do negócio entre 3R (BOV:RRRP3) e Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) é bastante aguardado por investidores, uma vez que Potiguar permitirá à 3R “mudar de patamar”, com potencial para mais que quadruplicar a produção até 2027, para 85,7 mil barris de óleo equivalente/dia, conforme projeções de analistas do TC Matrix. No primeiro trimestre, ela atingiu a marca de 20,7 mil boed.
Em outras operações similares, a 3R e outras empresas que compraram campos da Petrobras conseguiram aumentar a produção muito rápido, porque havia “mato alto para ser cortado”. Em Potiguar, por outro lado, há algumas limitações de infraestrutura que farão o desenvolvimento ser um pouco mais lento.
“Os primeiros seis meses de operação vão ser muito ligados a melhorias gerais nas infraestruturas que suportam a produção. Agora é mais assumir o ativo e endereçar problemas de infraestrutura enquanto vai subindo a produção de forma gradativa”, explicou a fonte.
A companhia considera “factível” alcançar em breve uma produção de cerca de 17 mil barris por dia em Potiguar, nível de bombeamento observado ali até o começo do ano, ainda de acordo com a fonte.
O contrato de venda de Potiguar foi assinado em janeiro de 2022. O polo tem reservas provadas e prováveis (2P), de 229,3 milhões de barris de óleo equivalente. Além de 22 campos, inclui infraestruturas como unidades de processamento de gás natural, a refinaria Clara Camarão e o Terminal Aquiaviário de Guamaré, com capacidade de estocagem e sistemas que permitem exportação e importação de óleo e derivados.
Para concluir o negócio, a 3R está financeiramente equacionada, após ter levantado US$1 bilhão em dívidas para pagar a última parcela pelo ativo à Petrobras, segundo a fonte.
Informações TC
