Os gerentes do Credit Suisse Group AG (NYSE:CS), UBS Group AG (NYSE:UBS) e funcionários do governo devem enfrentar novos questionamentos por membros do parlamento sobre o quase colapso e resgate do primeiro, já que os legisladores exercem um poder de supervisão raramente usado para investigar o acordo de aquisição.
O Credit Suisse Group AG também é negociado na B3 através do ticker (BOV:C1SU34).
No momento da publicação (15h42, horário de Brasília), as ações C1SU34 estavam em queda de -1,4%, a um último preço de R$ 2,06 reais, o mínimo de 52 semanas. O máximo de 52 semanas é de R$ 17,65 reais.
O UBS Group também é negociado na B3 através do ticker (BOV:UBSG34). As ações UBSG34 estão estáveis a R$ 94,46 reais.
Os comitês de supervisão de ambas as casas votaram a favor da instalação de uma comissão parlamentar de inquérito, ou PUK, sobre a venda do Credit Suisse anunciada em março e o uso da lei de emergência pelo governo para facilitá-la, disseram os comitês em comunicado na segunda- feira (15).
Ao contrário de outros órgãos legislativos, um PUK tem poderes judiciais para intimar testemunhas e acessar atas de reuniões do governo. Desde a fundação da atual Suíça em 1848, essa comissão foi convocada apenas quatro vezes, a última vez em 1995, em meio a um escândalo envolvendo os fundos de pensão estatais.
Embora a investigação não impeça o prosseguimento do negócio, é provável que forneça informações sobre quem mexeu os pauzinhos em reuniões confidenciais que antecederam a aquisição. Antes que o inquérito seja lançado, a liderança da câmara alta deve aprová-lo e deve liberar o plenário de ambas as casas, onde os legisladores provavelmente seguirão a liderança de seus comitês de supervisão.
Os líderes da câmara alta devem se reunir para uma decisão na quarta-feira. O primeiro momento em que os membros mais amplos de ambas as casas poderiam decidir seria na sessão de 30 de maio a 16 de junho. Se os legisladores aprovarem o PUK lá, ele poderá ser formado já no outono.
“Considerando a dimensão extraordinária dos incidentes”, um PUK é o caminho certo a seguir, disse Matthias Michel, chefe do comitê de supervisão da câmara alta, à emissora suíça SRF.
O parlamento da Suíça negou a aprovação da aquisição em uma votação em abril, mas não pôde fazer nada para impedir o acordo, já que um grupo designado de legisladores seniores o havia assinado com antecedência.
Por Bloomberg/Bastian Benrath