A distribuidora varejista de produtos eletrônicos Allied registrou um lucro líquido ajustado de R$ 16,3 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23), uma queda de 13% na comparação anual.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi a R$ 66,9 milhões, uma queda de 12,4% ano a ano. A margem Ebitda ajustada foi para 4,9%, queda de 0,7 ponto percentual na comparação com o 1T22.
A receita líquida, por sua vez, caiu 0,5%, indo para R$ 1,362 bilhão, mas com um crescimento de 58% em comparação com o período pré-Covid (1T20).
“Ganhamos market share nas categorias de videogames (+97%, comparado com 11% do mercado), tablets (+3%, comparado com -10% do mercado) e smartphones (-9%, comparado com -16% do mercado).
Além disso, todas as iniciativas de crescimento priorizadas para o ano de 2023 foram importantes para compor o resultado do trimestre, com destaque para a expansão internacional, que atingiu R$ 302 milhões de receita no período; para o fortalecimento das operações em marketplaces (Mercado Livre e Livelo) através da Trocafy e início das operações de captação de usados em 131 pontos de venda Samsung; e para o efeito das iniciativas de otimização e rentabilização do varejo físico, com aumento de receita por ponto de venda e redução substancial das despesas operacionais”, apontou a companhia.
A receita de Distribuição no 1T23 foi de R$ 996,4 milhões, 2,2% menor quando comparado com o 1T22. A operação internacional representou R$ 302 milhões da receita deste canal. A receita líquida da distribuição do Brasil no 1T23 foi, portanto, R$ 694,3 milhões, o que significa uma redução de 19,6% em relação ao 1T22. A margem bruta do canal foi de 6,6%, sendo 8,5% e 2,3% da operação brasileira e internacional, respectivamente.
O varejo digital, composto por 37 lojas online e serviços de financiamento digital, encerrou o trimestre com receita líquida de R$ 220,8 milhões. Este número representa crescimento de 9,4% em relação ao 1T22.
No canal de varejo físico, a Allied destaca que começou a capturar os efeitos da estratégia de depuração dos pontos de venda, iniciada em 2022.
O fluxo de caixa operacional gerencial foi positivo em R$ 221 milhões, impactado positivamente pela sazonalidade do primeiro trimestre do ano e, também, pelo início da operação internacional, que tem fluxo financeiro positivo e, portanto, reduz o consumo de capital de giro.
A Allied encerrou o 1T23 com dívida líquida de R$ 342,5 milhões, como resultado da dívida bruta de R$ 658,0 milhões e posição de caixa de R$ 315,4 milhões. A dívida líquida é equivalente a 1,3 vez o Ebitda ajustado nos últimos 12 meses.
Em comunicado separado, a empresa informou ter revisado para cima a projeção de receita bruta da sua subsidiária Allied Miami.
Em 21 de março de 2023, a companhia divulgou projeção de R$ 600 milhões para a receita bruta da Allied Miami no seu primeiro ano de operação. No entanto, na presente data, revisou a projeção financeira estimando uma receita bruta entre R$ 1,0 bilhão e R$ 1,2 bilhão no exercício social de 2023.
“Referida revisão se deu em razão dos resultados obtidos pela Allied Miami no 1T23, período em que apresentou uma receita bruta de R$ 302 milhões. A companhia entende que esse desvio em relação à projeção inicial decorreu do sucesso no esforço comercial de captação de novos clientes e, portanto, do volume de vendas da Allied Miami”, aponta.
Os resultados da Allied (BOV:ALLD3) referentes suas operações do primeiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 10/05/2023.
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney
