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Braskem (BRKM5): lucro líquido de R$ 242,4 milhões no 1T23, queda de 94%

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A Braskem encerrou o primeiro trimestre de 2023 com lucro líquido de R$ 242,4 milhões, o que representa uma queda de 94% ante o lucro de R$ 3,9 bilhões de igual período do ano passado.

Já o lucro líquido atribuído aos sócios da empresa controladora somou R$ 184,4 milhões. O valor representa queda de 95,25% na comparação com o lucro atribuído aos controladores de R$ 3,9 bilhões em igual período do ano anterior.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente totalizou R$ 1,063 bilhão nos primeiros três meses do ano, uma queda de 78% ante o apurado um ano antes.

A receita líquida da companhia fechou o período em R$ 19,446 bilhões. O resultado representa queda de 27,25% ante a cifra de R$ 26,7 bilhões na mesma base de comparação.

O resultado financeiro ficou negativo em R$ 352 milhões no primeiro trimestre do ano, ante resultado positivo de R$ 1,247 bilhão apurado no mesmo intervalo de 2022.

Em 31 de março de 2023, o saldo da dívida bruta corporativa era de US$ 7,6 bilhões, sendo 96% dos vencimentos concentrados no longo prazo e 4% no curto prazo. A dívida corporativa em moeda estrangeira representava, no final do trimestre, 88% da dívida total da companhia.

Ao final do primeiro trimestre, a Braskem realizou investimentos no valor de aproximadamente US$ 164 milhões (R$ 854 milhões). O investimento corporativo previsto para 2023 pela Braskem é de US$ 724 milhões (R$ 4,0 bilhões).

Os resultados da Braskem (BOV:BRKM3) (BOV:BRKM5) e (BOV:BRKM6) referentes suas operações do primeiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 09/05/2023.

Teleconferência

A Braskem divulgou na noite desta segunda-feira (8) seus resultados do primeiro trimestre de 2023, que vieram sem muito brilho, o que, contudo, já era esperado por analistas. Os destaques, então, ficaram para os comentários de executivos sobre a possível venda de uma fatia da companhia.

A Novonor, antiga Odebrecht, confirmou na véspera que recebeu uma proposta não vinculante para comprar sua participação na empresa, correspondente a 50,1% do capital votante, da Adnoc, companhia dos Emirados Árabes Unidos.

A Petrobras, que divide com a Novonor o controle da Braskem, , com 47% do capital votante, tem a opção de recusar a oferta ou não, além de também poder executar um tag along – ou seja, vender sua participação na mesma leva.

“No caso de venda da Braskem, hoje temos um acordo de acionistas entre Novonor e Petrobras, além do estatuto que regula a companhia, e somos do Nível 1 de Mercado. Em uma mudança de controle, nós garantimos 100% de tag along para ações ON e PN”, explicou a diretora de relações com investidores (RI), Rosana Avolio. “Mas é um assunto dos acionistas. Nós não temos nenhum tipo de poder nesse contexto”.

Analistas traçaram diversos cenários também para os minoritários se a oferta se concretizar e apontam cautela a depender da decisão da Petrobras
Ao serem indagados sobre um possível fatiamento, no caso da compra sair do papel, os executivos explicaram que há diversos ganhos operacionais ao se manter a companhia como está. Caso de compra de matérias-primas mais em conta, troca de conhecimento entre as unidades, escala e operação coordenada.

De qualquer forma, os executivos afirmaram que seguirão comprometidos com as mudanças que estão em curso na petroquímica, com foco em plásticos verdes e em renováveis.

“Tudo isso está focado no grande vetor da administração, que é criar valor para os acionistas. Está completamente desagregado com qualquer proposta de compra ou venda. Uma movimentação não afeta nossa estratégia quando o assunto é futuro”, apontou Roberto Bischoff, diretor executivo (CEO) da Braskem. “Estamos focados na implementação da nossa estratégia, a compra é uma agenda dos acionistas”, completou Avolio.

Do lado operacional, os executivos ainda veem os spreads pressionados no curto prazo, apesar de uma tendência de melhora. A empresa, no primeiro trimestre, viu um avanço de margens, com recuo das principais matérias-primas, mas ainda tem dúvidas quanto à demanda, de olho na China, e acompanha a entrada de algumas capacidades no mercado.

A pressão, contudo, criou dúvidas quanto à alavancagem da empresa. Medida pela relação entre dívida líquida e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), o múltiplo da companhia fechou março em 4,1 vezes, ante 2,6 em dezembro.

“Mantemos as agências de rating próximas, é algo importante. Dito isso, as agências conhecem bastante as dinâmicas de ciclo. É comum a alavancagem responder a isso”, explicou a diretora de RI. “A alavancagem pesa, mas há uma discussão em volta do ciclo, mas há outras agendas importantes. Uma delas é projeção futura. Quando olhamos a expectativa futura, vemos um curto prazo com mais incerteza, com melhora do spread dependente da economia global e de maior racionalização da indústria. Mas, a partir do ano que vem, vemos menor entrada de oferta acontecendo”.

VISÃO DO MERCADO

Analistas apontam expectativa de melhores resultados nos próximos meses, enquanto aguardam o desfecho da negociação da venda do controle da companhia.

Bank of America

O Bank of America também manteve a recomendação compra da ação e preço-alvo de RS 30, corroborando a expectativa de recuperação nos próximos trimestres.

“Embora as perspectivas para os spreads de petroquímicos continuem desafiadoras, especialmente para polietileno (PE)/polipropileno (PP), que juntos respondem por cerca de —65% da receita da Braskem, esperamos alguma recuperação ao longo de 2023 e 2024, o que deve fornecer suporte por um preço de ação mais alto.

Bank of America mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 9,00.

Bradesco BBI

“Trimestre fraco, como esperávamos. O Ebitda recorrente reportado chegou a US$ 205 milhões, 13% abaixo de nossa estimativa e abaixo do consenso de US$ 238 milhões do mercado. O fraco resultado foi em grande parte impulsionado pelos fracos spreads petroquímicos, parcialmente compensados pelos preços mais baixos do etano na instalação do México”, diz a equipe do Bradesco BBI.

Eles chamaram atenção também que o fluxo de caixa foi negativo em US$ 646 milhões, por conta da operação debilitada e pelo capital de giro.

“O Ebitda recorrente bateu nosso consenso, enquanto o fluxo de caixa negativo ainda prejudicou os resultados”, avalia o time do JP Morgan. “A Braskem registrou Ebitda consolidado de R$ 1,1 bilhão, 29% acima de nossa estimativa de R$ 826 milhões, principalmente em spreads mais fortes do que o esperado no Brasil e nas regiões dos EUA e Europa. O México foi um fracasso. Mesmo com o EBITDA mais alto, o FCF (cálculo do JPM) ficou negativo em R$ 2,5 bilhões devido à maior demanda de capital de giro”.

BTG Pactual

O BTG Pactual comentou que o ebitda (lucro antes de juros, impostos: depreciação e amortização) reportado pela Braskem no IT23, de US$ 205 milhões (-78% ala, 3% t/t) ficou em linha com as suas estimativas (+3%) e avalia que, após a apresentação dos resultados operacionais: o foco da companhia agora muda para os spreads, que mostraram melhoria antecipada em quase todas as unidades de negócios na comparação trimestral. Essa melhora sequencial apoia a visão dos analistas do BTG de que a companhia superou a baixa e o a rentabilidade do setor deve continuar melhorando ao longo de 2023 (principalmente no segundo semestre).

A análise aponta que a receita líquida da companhia também superou suas expectativas, graças a resultados não caixa positivos de efeitos cambiais.
O destaque negativo, segundo o BTG, foi a queima de caixa de US$ 133 milhões, refletindo spreads ainda em ciclos baixos e uma concentração de pagamentos de juros no 1 T 23, bem como maiores necessidades de WK Se incluirmos as indenizações relacionadas ao afundamento do solo em Alagoas e acordo de leniência, a queima foi de US$ 338 milhões, explicando a elevação da alavancagem para 4,1 vezes (de 2 6 vezes no 4T; excluindo BRKM-ldesa, que agora está acima de 12 vezes).”

O BTG Pactual manteve a recomendação de compra da ação, com preço-alvo de R$ 36, citando visão otimista para a recuperação de resultados da companhia, enquanto espera um resultado sobre a potencial venda da cia. “E enquanto não descartamos um resultado positivo: pensamos que a venda pode levar tempo e, mesmo que ocorra, os acionistas minoritários podem capturar vantagens limitadas com a venda. Dito isso, estamos otimistas com os spreads de petchem e acreditamos que a companhia em breve experimentará expansão de lucro e desalavancagem, transferindo uma parcela significativa do valor da divida para o seu patrimônio. Com projeção de mais de 50% de valorização com base nos seus fundamentos, continuamos compradores”, finalizam os analistas do BTG, em relatório.

Levante Ideias

Levante Ideias de Investimentos comenta que a principal notícia envolvendo a Braskem nos últimos dias não foram seus resultados, e sim mais uma proposta de compra pelo controle da companhia. Desta vez, uma companhia dos Emirados Árabes que ofereceu RS 47 por ação para realizar a compra do controle da empresa: que atualmente pertence à Novonor (antiga Odebrecht).

Com isso, as ações saltaram 31 % desde que a informação chegou ao conhecimento dos investidores. Atualmente, as ações da petroquímica negociam por RS 25,30.

“Existem muitas dúvidas se o acordo efetivamente irá ocorrer: uma vez que a Petrobras é uma empresa que detém participação relevante que pode interferir na negociação, bem como os problemas operacionais em Maceió que podem jogar contra a transação. O fato é que uma série de propostas para aquisição da Braskem tem sido ventiladas de 2019, todas elas bastante acima do preço de tela atual, o que demonstra que os papéis da companhia seguem negociando de forma atrativa no mercado, uma vez que existem muitas empresas interessadas em adquirir o controle da Braskem”, comentou a Levante, antes da teleconferência da companhia.

Em relação aos resultados do primeiro trimestre, a Levante viu os números apresentados pela Braskem bem abaixo do que a empresa atingiu no IT22, mas demonstram recuperação sobre 0 4T22, com a empresa reportando um lucro líquido de RS 242 milhões, lucro operacional (ebitda) de R$ 1 bilhão, em linha com as expectativas do consenso dos analistas. “A empresa conseguiu recuperar parcialmente suas margens frente ao quarto trimestre e com isso voltou a ter um lucro bruto positivo de RS 958 milhões. A cifra ainda fica muito abaixo do que foi auferido no primeiro trimestre de 2022, quando a empresa atingiu RS 5 bilhões em lucro bruto. No entanto, já temos um sinal de recuperação puxada por uma maior demanda de seus produtos, por conta de uma melhora do cenário econômico global e pelo fim da política de covid zero na China.

Por fim, a Levante diz que o principal fator de risco para tese em Braskem segue sendo os RS 20 bilhões em endividamento. “A empresa tem uma relação dívida liquida sobre Ebitda de 4 vezes, um patamar ainda elevado.’

 

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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