O Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu pelo terceiro mês seguido, mas em menor magnitude do que nos meses anteriores: 0,5 ponto em maio, para 92,9 pontos, maior nível desde novembro do ano passado (93,7 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 1,3 ponto.
Os dados foram divulgados pela FGV Ibre na manhã desta terça-feira (30). Confira o Press Release completo!
“Apesar da alta da confiança no setor de serviços, o índice vem desacelerando nos últimos dois meses. O resultado de maio foi influenciado pela melhora das expectativas, diferente do que vinha ocorrendo nos meses anteriores. Houve piora da percepção sobre a situação atual e pequena oscilação na demanda. Ainda há resiliência do segmento de serviços prestados às famílias para os quais os consumidores ainda parecem sustentar a demanda. Para os próximos meses, há uma redução do pessimismo que está relacionado a uma perspectiva de melhora do cenário econômico no segundo semestre do ano”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.
A alta do ICS de maio ocorre por uma melhora das expectativas para os próximos meses: o Índice de Expectativas (IE-S) subiu 2,5 pontos, para 92,7 pontos, maior nível desde outubro de 2022 (98,2 pontos). Contribuiu para esse resultado o crescimento de 3,3 pontos do indicador de demanda prevista nos próximos três meses que foi para os 92,6 pontos, e a alta de 1,4 ponto do indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses que alcançou 92,7 pontos. Em ambos os indicadores o nível é maior desde outubro do ano passado.
Já as avaliações sobre o momento pioraram: o Índice de Situação Atual (ISA-S) recuou 1,4 ponto, para 93,4 pontos. Essa queda do ISA-S foi influenciada principalmente pelo indicador de situação atual dos negócios que caiu 2,5 pontos, para 92,7 pontos, menor nível dos últimos 3 meses. O indicador de volume de demanda atual ficou praticamente estável ao variar -0,3 ponto, para 94,0 pontos.
Confiança de Serviços e dos principais segmentos
Os últimos resultados positivos da confiança de serviços fizeram com que o índice em médias móveis trimestrais registrasse recuperação. Essa melhora do setor foi disseminada em praticamente todas as principais atividades do setor, com exceção do segmento de informação e comunicação, que vinha sistematicamente em patamar superior. Por outro lado, a melhora mais intensa em maio foi observada no segmento de serviços profissionais, que avançou tanto nos indicadores sobre presente quanto sobre o futuro próximo.