Os preços do petróleo ampliam perdas hoje devido a dados econômicos fracos da China e expectativas de aumentos de juros pelo Fed e pelo BCE
na semana.

Após os benchmarks cederem mais de US$ 1 na sessão anterior, o Brent/julho cai 0,53%, a US$ 78,88; e o WTI/junho, -0,58%, a US$ 75,22.

O WTI (CCOM:OILCRUDE) manteve-se abaixo de US$ 76 o barril, depois de cair 1,5% na segunda-feira. Os futuros do petróleo Brent (CCOM:OILBRENT) ficaram abaixo de US$ 80 por barril na terça-feira, depois de perder 1,3% na sessão anterior.

No momento, às 10h40, tanto o WTI como o Brent estão com mais de 2% de queda, negociados a US$ 73,85 e US$ 77,69 respectivamente.

A recuperação da China continua irregular, com dados recentes apontando para uma contração na manufatura. Ainda assim, o turismo e a atividade de viagens dispararam no primeiro dia do feriado de cinco dias do Dia do Trabalho no país, possivelmente sinalizando um aumento na demanda por combustíveis no maior importador de petróleo bruto do mundo.

O índice ISM de atividade industrial dos Estados Unidos, que registrou uma leve alta de 47,1 pontos em abril, ainda é considerado baixo pelos analistas. “A manufatura dos Estados Unidos continua fraca e não parece estar se beneficiando da reabertura da China”, afirma Paul Ashworth, economista-chefe da América do Norte da Capital Economics.

Nos Estados Unidos, o JPMorgan Chase concordou em adquirir o First Republic, o último credor a falir. Embora o acordo possa ajudar a estabilizar o sistema financeiro, ainda há preocupações sobre o destino de outros bancos fracos no país.

O petróleo caiu mais de 5% este ano, apesar de uma decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados de cortar a oferta a partir desta semana. As perdas foram estimuladas por uma perspectiva econômica sombria, com os bancos centrais, incluindo o Federal Reserve, continuando a aumentar as taxas. Espera-se que o Fed entregue outro aumento esta semana, potencialmente o último aumento no ciclo atual.

Analistas observaram que a China deve ser o maior fator impulsionando o crescimento da demanda por petróleo este ano. Enquanto isso, a OPEP + deve reduzir a produção este mês em meio a esforços para reforçar a estabilidade do mercado.

Enquanto isso, uma pesquisa de ontem mostrou que os estoques de petróleo dos Estados Unidos devem ter caído pela terceira semana consecutiva, fornecendo algum suporte ao mercado.

A pesquisa foi realizada antes da divulgação dos relatórios do American Petroleum Institute (API), um grupo do setor, previstos para as 17h30 (de Brasília) de hoje, e da Administração de Informação de Energia, o braço estatístico do Departamento de Energia dos Estados Unidos, previsto para as 11h30 de amanhã.