O dólar chegou ao quarto dia seguido de baixa nesta sexta-feira, mais uma vez descolado do comportamento da moeda no exterior e apoiado pelo fluxo gringo positivo.
O IPCA acima do esperado em abril reforçou a percepção de que a Selic deve permanecer na casa dos 13,75% por mais tempo, mantendo o “carry trade” atraente por mais tempo, tendo em vista que o Fed deve pausar o aperto monetário nos EUA em junho. Além disso, o mercado segue otimista com a tramitação do arcabouço fiscal no Congresso e aguarda que o relatório final de Cláudio Cajado, previsto para segunda-feira, traga maior rigor no controle das contas do governo.
Lá fora, o dólar manteve o viés de alta dos últimos dias, com a piora da confiança do consumidor nos EUA e o avanço nas expectativas de inflação, que deve levar o Fed a manter os juros altos por mais tempo. O investidor também segue cauteloso em relação ao teto da dívida americana, que pode levar o país a dar calote a partir de junho caso governo e Congresso não cheguem a um acordo para elevá-lo.
O dólar à vista fechou em baixa de 0,27%, a R$ 4,9234, após oscilar entre R$ 4,9090 e R$ 4,9563. Na semana, a moeda recuou 0,41%. Às 17h04, o dólar futuro para junho caía 0,20%, para R$ 4,9410. Lá fora, o índice DXY avançava 0,61%, para 102,679 pontos. O euro perdia 0,61%, a US$ 1,0850. E a libra recuava 0,50%, a US$ 1,2449.