O Fleury informou a ocorrência de um ataque cibernético em seu ambiente de tecnologia da informação na noite de ontem. A empresa firma que desde o momento inicial das indisponibilidades, a companhia acionou seus protocolos de segurança e controle com o objetivo de minimizar os eventuais impactos em suas operações, contando com o apoio de empresas especializadas e de referência nessa área de atuação.
O comunicado foi feito pela companhia (BOV:FLRY3) nesta segunda-feira (08).
“Estamos gradualmente normalizando nossas operações de forma controlada, com os devidos testes de segurança sendo executados, priorizando a integração automática de sistemas em hospitais em nossos ambientes, que vem ocorrendo de forma gradativa. As Unidades seguem atendendo nossos clientes com sistemas já restabelecidos”, afirma a empresa em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A companhia diz que mantém atualizações frequentes e adota tecnologias disponíveis para preservar um adequado nível de proteção ao seu ambiente tecnológico, tendo inclusive investido substancialmente nos últimos três anos em sua estrutura de tecnologia, de forma a prevenir e proteger a segurança da informação, o que foi essencial para minimizar os efeitos de tal ataque em suas operações.
“Além disso, a companhia continua a investigação e avaliação das circunstâncias do ataque e apuração da extensão do incidente, enquanto trabalha diligentemente para tomar todas as medidas necessárias para limitar os danos causados e restabelecer o pleno funcionamento do ambiente de tecnologia”, afirma.
VISÃO DO MERCADO
Citi
Já para o Citi, enquanto ainda é difícil ver as potenciais implicações da notícia, ela naturalmente representa uma “distração” indesejada de tempo e recursos em meio ao início do processo de integração com a Pardini.
Itaú BBA
Na mesma linha, o Itaú BBA aponta que não tem detalhes para avaliar com precisão o impacto do incidente nos resultados da empresa, mas também cita que a empresa de saúde também sofreu um ataque cibernético em junho de 2021.
“Embora não possamos comparamos claramente os dois eventos, entendemos que o incidente em 2021 causou despesas que totalizaram cerca de 3% da receita líquida no 2T21”, avalia.
Itaú BBA tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 19,00…
JP Morgan
O JPMorgan aponta que, no geral, apesar dos investimentos recentes para fortalecer sua segurança cibernética, esse incidente provavelmente levantará questões entre os investidores sobre controles e segurança de dados, principalmente porque lida com informações confidenciais.
“Além disso, dadas as manchetes da imprensa sinalizando os problemas, tememos que o forte patrimônio da marca e o status de alta qualidade da empresa possam ser prejudicados, uma vez que é o segundo incidente em um período de tempo relativamente curto. Aguardamos mais detalhes sobre o problema para entender os custos potenciais e o impacto comercial disso”, afirmam os analistas da casa, que possuem recomendação neutra para a ação do Fleury.