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GPA (PCAR3): prejuízo líquido de R$ 248 milhões no 1T23

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O GPA apresentou prejuízo líquido de R$ 248 milhões no primeiro trimestre de 2023 e reverteu lucro de R$ 1,3 bilhão registrado um ano antes.

A receita líquida foi de R$ 4,5 bilhões, alta de 15% ante os três primeiros meses de 2022.

O Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado caiu 0,1% na mesma base de comparação, para R$ 224 milhões. As margens da companhia também caíram. A margem bruta cedeu 2,5 pontos porcentuais (p.p.), para 24,4%. Já a margem Ebitda caiu 1,5 p.p., para 6%.

Na bandeira Pão de Açúcar, as vendas mesmas lojas subiram 7,5% ante alta de 6,7% no quarto trimestre de 2022. Segundo a companhia, esse aumento foi estimulado, principalmente, pelo avanço na estratégia de aumento da penetração de perecíveis, assim como pelo forte crescimento em mercearia básica.

No formato de Proximidade, houve crescimento duplo dígito em mesmas lojas de 12,4% (ante 17,3% no trimestre anterior). A companhia disse que essa foi uma “desaceleração pontual frente ao período imediatamente anterior devido a retomada do período de férias no litoral após dois anos de medidas restritivas pela pandemia”.

Nas bandeiras mainstream, Mercado Extra e Compre Bem, o crescimento de vendas mesmas lojas foi de 2,2%, com crescimento da bandeira mercado Extra, contrabalanceado pelo impacto negativo do reposicionamento comercial da bandeira Compre Bem.

“Em Postos vemos uma recuperação de volume de combustíveis, com crescimento de 18% versus mesmas lojas frente ao 1T22, devido a reabertura das lojas de hipermercados fechadas após a transação com o Assaí (ASAI3). A bandeira ainda apresenta uma redução de 7,0% na venda do período como consequência da deflação de preços de combustíveis de 21% na comparação do 1T23 versus 1T22″, aponta.

Nas bandeiras Mercado Extra e Compre Bem, o crescimento de vendas mesmas lojas foi de 2,2%, com avanço da bandeira mercado Extra, contrabalanceado pelo impacto negativo do reposicionamento comercial da bandeira Compre Bem.

As vendas totais do GPA Brasil consolidado atingiram R$ 4,8 bilhões no 1T23 e, excluindo postos e outros negócios, R$ 4,5 bilhões, resultando em um crescimento de 15,4%, impulsionado pela expansão de novas lojas, incluindo as lojas convertidas dos hipermercados, e pela consistente retomada do fluxo de clientes nas lojas de Pão de Açúcar e Proximidade.

A dívida líquida, incluindo o saldo total de recebíveis não antecipados, alcançou R$ 3 bilhões, com redução de 1,6 bilhão em comparação com o ano anterior. A posição de caixa no fim do trimestre foi de R$ 3,5 bilhões, 3,1 vezes a dívida de curto prazo da companhia.

Os resultados do GPA (BOV:PCAR3) referentes às suas operações do primeiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 03/05/2023.

Teleconferência

O GPA, grupo controlador dos supermercados Pão de Açúcar, reafirmou nesta quinta-feira (4) o compromisso de recuperar as margens de sua operação após o resultado vir abaixo da expectativa de parte do mercado no primeiro trimestre de 2023.

Em teleconferência com analistas, o CEO do GPA, Marcelo Pimentel, afirma que a companhia segue revisando sua oferta de produtos, priorizando perecíveis e negociando com fornecedores para melhores condições comerciais.

“A margem foi impactada em um primeiro momento, mas até o fim do trimestre vamos ter resolvido a grande maioria [das negociações], para começarmos a capturar margem”, diz Pimentel, acrescentando que o GPA segue cortando custos operacionais. O executivo apontou ainda que uma margem bruta entre 26% e 27% é considerado um patamar “sustentável” para o grupo.

A ver pelo preço de tela, a teleconferência do GPA teve efeito neutro no mercado. Por volta de 11h35 (horário de Brasília), as ações da companhia estavam sendo negociadas a R$ 14,10, com alta de 0,07%.

Em balanço divulgado na terça-feira (3), a companhia reportou prejuízo líquido de R$ 248 milhões no 1T23, ante R$ 1,4 bilhão de lucro líquido obtido em igual período do ano passado. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado caiu 0,1% na mesma base de comparação, para R$ 224 milhões.

As margens da companhia também caíram. A margem bruta cedeu 2,5 pontos porcentuais (p.p.), para 24,4%. Já a margem Ebitda caiu 1,5 p.p., para 6%.

Outro ponto destacado pela gestão do GPA é na busca por diminuir a alavancagem. A empresa encerrou o primeiro trimestre com dívida líquida de R$ 3 bilhões, com caixa e equivalentes estimados em R$ 3,5 bilhões. Segundo a companhia, a posição de caixa equivale a três vezes a dívida bruta de curto prazo.

O diretor financeiro do GPA, Guillaume Gras, afirma que o grupo pretende dar tração ao seu plano de desinvestimentos em 2023, com a expectativa de arrecadar entre R$ 700 milhões e R$ 800 milhões.

Gras explica que estão no pipeline a negociação de 13 lojas, que deverão render cerca de R$ 300 milhões, com previsão de negociação no segundo trimestre. Para o 3T23 a intenção é fechar a negociação do prédio que abriga a sede administrativa do GPA, em São Paulo, por algo em torno de R$ 250 milhões.

Até o fim do ano a ideia é negociar um imóvel no Rio de Janeiro que poderá levantar também cerca de R$ 250 milhões. Além desses imóveis, a empresa estima faturar R$ 100 milhões com os desinvestimentos em outros ativos.

Cisão do Éxito

Por fim, o GPA atualizou o cronograma de segregação da rede colombiana Éxito, listada na bolsa do país, de seu portfólio. Após obter aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a listagem de BDRs na B3, a expectativa da empresa é de que a Securities Exchange Commission (SEC) autorize a negociação de ADRs nas bolsas americanas até o fim do semestre.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

O Bradesco BBI destacou que as margens vieram abaixo de sua expectativa, mas ressaltou como positivo o crescimento de 6,3% nas vendas nas mesmas lojas (SSS, em inglês).

“Apesar da margem Ebitda aquém, existem sinais positivos no 1T23, como a revisão de sortimento, nível baixo de estoques e melhoria nos serviços de entrega, embora as vendas online tenham recuado no comparativo trimestral”, avaliou o Bradesco BBI, em relatório.

JP Morgan

Para analistas do Morgan Stanley, o progresso para a cisão do Grupo Éxito “permanece no caminho certo”. A avaliação do mercado é de que a segregação da rede colombiana consiga destravar valor para o GPA.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Reuters

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