A crescente expectativa em torno de uma queda da Selic em breve fez as taxas de juros futuros caírem na sessão desta terça-feira. Após novos sinais de alívio sobre os preços da economia brasileira, o mercado intensifica a tese de que o ciclo da taxa básica de juros em 13,75% ao ano está próximo do fim.
Os contratos DI com vencimentos em Janeiro de 2024 (BMF:DI1F24) e janeiro de 2025 (BMF:DI1F25) recuaram 2 pontos-base e 4,5 pbs, a 13,20% e 11,46%, na mesma ordem. Já os DIs até janeiro de 2027 (BMF:DI1F27) e janeiro de 2031 (BMF:DI1F31) caíram 4 pbs e 5 pbs, a 11,25% e 11,50%, respectivamente.
Logo pela manhã, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de maio, que registrou deflação de 1,84% no mês, bem abaixo do consenso de mercado, que apontava queda de 0,45% do indicador. O resultado surpreendeu os agentes financeiros, o que levou as taxas dos contratos de juros futuros a operar com viés de baixa desde o início do dia. Saiba mais…
“Tudo indica, na minha visão, que a gente está conseguindo resolver o maior problema relacionado à inflação e, com isso, a taxa de juros pode voltar a cair em breve”, afirmou o economista da Gava Investimentos, Ricardo Brasil.
O dólar à vista fechou em alta de 0,61%, cotado a R$5,0423. Saiba mais…
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Treasuries
Os juros projetados dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos fecharam a sessão em queda, à medida que o acordo sobre o teto da dívida segue para o Congresso após semanas de negociações. Os obstáculos políticos, porém, permanecem e preparam o terreno para mais volatilidade antes da data-chave em 5 de junho, quando o Tesouro deve ficar sem recursos.
Na ferramenta FedWatch da CME, as chances de aumento de juros na próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) são de 61%, ante cerca de 20% na última semana.
Os juros das notas do Tesouro de 10 anos recuaram 0,11 ponto percentual (pp) na sessão, para 3,69%. Enquanto isso, os juros das notas para 2 anos caíram 0,11 pp, para 4,47%.