Negociadas fora do Ibovespa, as ações da Light lideram entre as maiores altas do mercado à vista. O bom desempenho do papel em seis pregões consecutivos elevou o valor de mercado da companhia em R$ 500 mil, segundo o Broadcast, chegando a R$ 1,485 milhão.
Há pouco, LlGT3 subia 9,7%, a R$ 3,84. A avaliação é de que o ativo ganhou fôlego diante do interesse do empresário Nelson Tanure pelas ações da empresa.
O alívio veio após uma série de notícias positivas para a elétrica. A venda cerca de 23,9 milhões de ações pela BlackRock ontem passou despercebida, pois, ao contrário da gestora, o empresário baiano, Nelson Tanure, comprou papéis e avalia ampliar a participação para um patamar superior a 5%.
Outro ponto positivo para o movimento da ação é a nova composição do Conselho de Administração da empresa, para o qual foram eleitos Abel Alves Rochinha, como presidente, e Firmino Ferreira Sampaio Neto, como vice-presidente.
Analistas consideram que os eleitos podem auxiliar a companhia a atingir seus objetivos no âmbito regulatório e financeiro.
Além disso, a Light começou a negociar junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) uma revisão tarifária extraordinária.
A proposta traria fôlego financeiro para a elétrica cumprir com seus compromissos, se aprovada, segundo a coluna do Broadcast.
Quando anunciou que tem dívida de aproximadamente R$ 11,1 bilhões, a Light (BOV:LIGT3) virou uma preocupação para o mercado.
Em abril, a empresa ajuizou medida cautelar exigindo a suspensão de certas obrigações financeiras.
Analistas vêm apontando a fragilidade financeira da companhia, que registrou prejuízo líquido de R$ 5,67 bilhões no ano passado e tem geração de caixa insuficiente para pagar toda a dívida até o final da concessão de distribuição em 2026.
Diante deste cenário, especialistas afirmam que a Light pode estar próxima de pedir recuperação judicial.