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O Morgan Stanley (NYSE:MS) está considerando um corte de 7% em sua força de trabalho em bancos de investimento na Ásia-Pacífico, com a China sofrendo o maior impacto, já que a deterioração das relações com os EUA e o crescimento econômico mais fraco restringem os negócios, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.
O Morgan Stanley também é negociado na B3 através do ticker (BOV:MSBR34).
No momento da publicação (15h37, horário de Brasília), as ações MSBR34 estavam em queda de -0,3%, a um último preço de R$ 80,93 reais. O mínimo de 52 semanas é de R$ 74,00 reais. O máximo de 52 semanas é de R$ 105,26 reais.
É provável que o banco comece a se comunicar com os banqueiros afetados ainda nesta semana, com mais de 40 empregos em risco, incluindo os da unidade de mercado de capitais, disse uma das pessoas, pedindo para não ser identificada porque o assunto é privado. Outras divisões também podem ser levemente afetadas, disseram as pessoas, acrescentando que uma decisão final sobre o número de cortes de empregos ainda não foi tomada.
Os cortes fazem parte do plano do Morgan Stanley de reduzir cerca de 3.000 empregos globalmente até o final deste trimestre, que a Bloomberg informou no início deste mês representaria cerca de 5% da equipe, excluindo consultores financeiros e pessoal de apoio na divisão de gestão de patrimônio. O Morgan Stanley contratou uma equipe chinesa maior em Hong Kong do que a maioria de seus rivais, tornando-o vulnerável à medida que a atividade de negócios diminui.
A empresa com sede em Nova York já cortou cerca de 50 empregos em bancos de investimento na Ásia até o final do ano passado, após uma queda nos negócios, e um número significativo deles eram cargos focados na China. A redução foi uma das mais altas para as empresas de Wall Street no ano passado, disseram pessoas familiarizadas na época.
Várias rodadas de cortes de empregos em rápida sucessão são raras na Ásia. No Morgan Stanley, a região contribuiu com cerca de 13% para a receita líquida do grupo nos últimos cinco anos, atingindo US$ 6,7 bilhões no final de 2022.
Os bancos globais, que há muito são otimistas com a segunda maior economia do mundo, agora estão tentando reduzir, embora considerem as oportunidades de longo prazo grandes demais para serem ignoradas. O entusiasmo pela reabertura da China diminuiu à medida que as tensões crescentes entre as duas maiores economias do mundo diminuíram o sentimento.
Os investidores também reduziram suas apostas nas ações da China, e os gestores de fundos comprados nos Estados Unidos têm sido os vendedores dominantes de ações chinesas. O presidente dos EUA, Joe Biden, pretende assinar uma ordem executiva nas próximas semanas que limitará o investimento em partes importantes da economia da China por empresas americanas, disseram pessoas familiarizadas com o assunto em abril.
O Morgan Stanley reportou US$ 2 bilhões em receita líquida no primeiro trimestre para a Ásia, uma queda de 2% em relação ao mesmo período do ano passado, em comparação com uma queda de 25% na Europa, Oriente Médio e África, de acordo com seu último relatório. A Ásia teve seu terceiro trimestre mais alto de todos os tempos, auxiliada pela dinâmica política no Japão e pela reabertura da China, disse o banco em sua teleconferência de resultados com analistas no mês passado.
Por Bloomberg/Cathy Chan
