O diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Carlos Travassos, apresentou nesta segunda-feira (1/5), projetos que a companhia classifica como “eficientes para a criação de ecossistemas de energia de baixo carbono e para garantir a transição energética”, no painel Brazilian Energy Outlook: Strengthening the Offshore Activities, durante a Offshore Technology Conference (OTC), maior evento da indústria mundial de petróleo e gás offshore: realizado esta semana em Houston, Texas, nos Estados Unidos.
Na ocasião, o diretor destacou que a Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) e o Brasil têm todas as condições para se tornarem líderes na produção de petróleo e gás com baixas emissões e alta rentabilidade, criando o caminho necessário para uma transição energética justa, inclusiva e segura, que atenda aos anseios da sociedade.
Um dos exemplos é o projeto de revitalização dos campos de Marlim, na Bacia de Campos (RJ). Este é um grande exemplo de dupla resiliência: menos emissões e menores custos. Ao substituir as nove plataformas que operam hoje nos campos de Marlim e por dois novos FPSOs, vamos reduzir 60% das emissões de carbono e aumentar a produção destes campos em 20%, adiantou Travassos. Ele ainda complementou que o FPSO Anna Nery, o primeiro do projeto de revitalização, está pronto para começar a produzir nos próximos dias e a segunda plataforma Anita Garibaldi está ancorando na locação para começar a produzir em breve.
Travassos mencionou também um conjunto de tecnologias que tornarão as atividades de exploração e produção de petróleo mais eficientes. Estas soluções vão reduzir em 15% as emissões nos processos de construção de poços, 18% nos processos de sistemas submarinos e 30% nos novos FPSOs (unidades flutuantes que produzem, armazenam e transferem petróleo).
Liderança em transição energética
Durante o painel, Travassos também mostrou que o Brasil reúne todas as condições favoráveis para o desenvolvimento de energia eólica offshore. Para se ter ideia, o potencial de geração estimado do país é de 700 GW em locações offshore com profundidades de até 50 metros um volume que corresponde a mais de 30 vezes a capacidade de geração instalada hoje no mundo – segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério das Minas e Energia (MME).
Nós temos as condições e precisamos avançar em tecnologia: regulação e nos desafios de custo e infraestrutura, complementou Travassos.
Por fim, o diretor reforçou que tanto a transição para baixo carbono como a segurança energética são demandas fortes da sociedade. Por isso, a transição sustentável deve acontecer de forma compatível com as legítimas necessidades da sociedade.
Pavilhão Brasil
Na manhã desta segunda-feira, o diretor de Transformação Digital, Carlos Augusto Barreto, participou da inauguração do Pavilhão Brasil na OTC, promovida pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
O espaço ocupa lugar de destaque na feira reunindo executivos, fornecedores e especialistas do setor interessados em estabelecer novas parcerias e negócios com empresas brasileiras.
A Apex Brasil está posicionada para ajudar a Petrobras na transição energética que é uma grande fase que nossa empresa está inaugurando, destacou Barreto.