A Tether (COIN:USDTUSD) divulgou hoje um lucro líquido de US$ 1,48 bilhão, com a empresa por trás da maior stablecoin do mundo dizendo que está “muito otimista para o futuro”.

Em uma postagem de blog na quarta-feira (10), a empresa às vezes controversa resumiu seu relatório de garantia do primeiro trimestre de 2023 – preparado pela empresa de contabilidade BDO Italia – revelando que suas reservas atingiram um recorde histórico de US$ 2,44 bilhões, um aumento de US$ 1,48 bilhão em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

A empresa também disse que a maior parte de suas reservas era mantida em dinheiro e equivalentes a dinheiro, com a maioria “investida em títulos do Tesouro dos EUA”. Apenas 1,8% foi detido em Bitcoin.

O USDT da Tether, a maior stablecoin com uma oferta de US$ 81,8 bilhões em 9 de maio, aumentou sua capitalização de mercado em US$ 16 bilhões desde o início do ano, um aumento de 24%. Tether detinha cerca de US$ 2,44 bilhões em reservas excedentes dos tokens emitidos pelo Tether de US$ 79,4 bilhões em circulação em 31 de março. A empresa também reduziu a quantidade de empréstimos garantidos em suas reservas, reduzindo-os em cerca de US$ 500 milhões para US$ 5,3 bilhões no primeiro trimestre.

Embora a BDO Italia tenha sido contratada para preparar o relatório, ele ainda não foi auditado de forma independente.

O CTO da Tether, Paolo Ardoino, disse em um comunicado: “Estamos entusiasmados com o tremendo sucesso que a Tether alcançou no primeiro trimestre de 2023, com o superávit de nossas reservas atingindo o recorde histórico de US$ 2,44 bilhões”.

Tether trabalha para cunhar USDT – a terceira maior criptomoeda depois de Bitcoin e Ethereum e a maior stablecoin. Stablecoins são criptomoedas lastreadas em ativos “estáveis”, como o dólar americano.

O USDT tem um valor de mercado de US$ 82,5 bilhões e é a criptomoeda mais negociada, com um volume de negociação de 24 horas de US$ 16,5 bilhões. Os comerciantes o usam para entrar rapidamente e sair de negociações sem usar um banco tradicional ou moeda fiduciária.

Isso é particularmente popular em mercados onde os dólares são restritos ou indisponíveis, bem como no DeFi, que busca “desintermediar” os bancos.

O Tether gerou polêmica pelo que alguns consideram uma transparência inadequada sobre se os dólares americanos realmente respaldam o USDT.

Em março, o Wall Street Journal citou e-mails relatando que as empresas que apoiavam o USDT usavam documentos falsos e empresas de fachada para ajudar sua empresa controladora a entrar no sistema bancário. Tether disse que o relatório do WSJ era “totalmente impreciso e enganoso”.

E em 2021, a Tether concordou em não fazer mais negócios em Nova York depois que uma investigação de dois anos do procurador-geral de Nova York descobriu que ela havia “feito declarações falsas sobre o apoio” de sua stablecoin.

Com informações de Decrypt