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Tim (TIMS3): lucro líquido de R$ 437 milhões no 1T23, crescimento de 4,3%

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A TIM apresentou um crescimento de 4,3% no seu lucro líquido normalizado na comparação entre o primeiro trimestre de 2023 e o mesmo período de 2022, chegando a R$ 437 milhões.

O critério “normalizado” exclui uma série de itens que a companhia considera não recorrentes, créditos fiscais e/ou sem efeito sobre o caixa. Sem considerar esses ajustes, o lucro líquido reportado foi de R$ 412 milhões, o que corresponde a um aumento de 1,7% na mesma base de comparação.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) normalizado avançou 23%, para R$ 2,612 bilhões. Já a margem Ebitda encolheu 3,9 pontos porcentuais, para 46,0%.

A receita líquida cresceu 20,2%, totalizando R$ 5,681 bilhões, com maior faturamento dos negócios móveis e fixos.

Os custos operacionais tiveram alta de 17,9%, para R$ 3,069 bilhões.

A linha de depreciação e amortização de ativos foi 27%, em R$ 1,777 bilhão. A linha foi negativamente influenciada pela aquisição dos ativos da Oi, explicou a TIM.

O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) gerou uma despesa de R$ 223 milhões, que foi 9,9% menor.

Os gastos com imposto de renda e contribuição social triplicaram, para R$ 156 milhões, explicada, principalmente, pela não declaração de juros sobre capital próprio.

A receita de serviço móvel, por sua vez, atingiu R$ 5,193 bilhões nos três primeiros meses do ano, um aumento de 21,1% na base anual.

Já a receita de serviço fixo subiu 6% na comparação ano a ano, para R$ 315 milhões.

A base móvel de clientes atingiu a marca de 61.721 no primeiro trimestre de 2023, alta de 18% frente igual etapa do ano passado.

A companhia fez investimentos de R$ 1,289 bilhões, leve queda de 3%.

Em 31 de março de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 15,094 bilhões, ante R$ 13,835 bilhões de dezembro de 2022.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 1,4 vez em março/23, mantendo-se praticamente estável em relação a dezembro de 2022.

Os resultados da TIM (BOV:TIMS3) referentes às suas operações do primeiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 08/05/2023.

Teleconferência

No último mês de março, a TIM Brasil concluiu sua integração com a rede que pertencia à Oi. A informação foi passada durante a teleconferência sobre os resultados da operadora no primeiro trimestre de 2023.

Alberto Griselli, diretor-presidente da companhia, explicou que os clientes da TIM estão se beneficiando da capacidade adicional de espectro de radiofrequência vinda da Oi. A migração de clientes oriundos da empresa concorrente foi concluída em abril, com a limpeza da base, ou seja, a desconexão de clientes inativos.

“Estamos começando a ver cada vez mais benefícios da transação, as sinergias estão mais evidentes”, afirmou Griselli.

Sites não sobrepostos que eram da Oi também foram integrados à rede da operadora. Paralelo a isso, a TIM informou ter descomissionado aproximadamente 1.500 estruturas adquiridas da outra operadora. Segundo Griselli, o impacto do descomissionamento deve ser relevante, mas só deve se refletir nas finanças da TIM ao final do segundo trimestre.

“Depois do descomissionamento físico, demora 90 dias para o descomissionamento econômico”, afirmou Griselli, que usou o exemplo de um imóvel para explicar o processo. “O primeiro passo é a retirada das torres, tem um vaivém de documentos, inspeções para garantir de que as torres estejam vazias”, explicou.

  • Reputação primeiro, monetização depois

O CEO da operadora também disse, na teleconferência, que a TIM quer ser reconhecida como a melhor provedora de 5G no país. A partir daí, a companhia deve oferecer serviços complementares para, a partir daí, monetizar a nova rede.

Griselli explica que com a migração do 4G para 5G nas grandes capitais, a TIM consegue focar investimentos de forma eficiente na rede mais moderna.

Andrea Viegas, CFO da TIM, em sua primeira teleconferência no cargo, explicou que o capex da companhia no primeiro trimestre foi maior devido à sazonalidade do período.

Mas, segundo ela, a empresa mantém o que havia projetado em linha – a expectativa é de que os investimentos cresçam menos que 10% neste ano de 2023.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

O Bradesco BBI também não viu grandes surpresas na parte operacional da companhia, mas avalia que as tendências devem continuar positivas para a empresa nos próximos trimestre. No entanto, acredita que as ações da TIM já anteciparam esse movimento.

Credit Suisse

O Credit Suisse classificou o resultado como o neutro. As receitas vieram em linha com as estimativas do banco e levemente acima do consenso do mercado. O Ebitda, ainda que levemente abaixo do estimado pelo Credit, está de acordo com média das projeções do mercado.

Os analistas do banco observam que a receita de serviços móveis da TIM continua desacelerando, mas dentro do esperado. A companhia reportou um crescimento de 21,1%, ante expansão de 22,7% no quarto trimestre de 2022. Na avaliação do Credit, o fato da desaceleração ocorrer sobretudo no segmento pré-pago, sugere problemas na retenção de usuários da Oi, além de um cenário macroeconômico difícil.

Mesmo assim, o Credit percebe um avanço das receitas móveis acima da inflação, o que reforça a visão positiva do banco sobre perspectivas de crescimento para a TIM.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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