O Banco do Brasil fechou um acordo com a Embratel e a Claro para desenvolver produtos e soluções utilizando a tecnologia 5G. O primeiro marco do acordo está pronto: a montagem de uma rede 5G “pura”, o chamado standalone, na sede do banco público, em Brasília.
Essa rede, que atende ao Lentes BB (BOV:BBAS3), laboratório do banco para novas tecnologias, é o primeiro passo do acordo, que deve levar ao desenvolvimento de soluções que o banco utilizará nas operações. De acordo com o diretor de Tecnologia do BB, Rodrigo Mulinari, os produtos devem envolver todos os segmentos de atuação, embora o agronegócio, em que o banco é líder, sobressaia à primeira vista.
“O agronegócio é o primeiro mote, mas ele não é exclusivo, vamos descobrir novas funcionalidades”, disse Mulinari, em coletiva de imprensa durante o Febraban Tech, evento promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em São Paulo desde ontem. Segundo ele, o banco tem muita expectativa de produção de novidades no agro com o uso de 5G.
A experiência terá caráter associativo. “Buscaremos startups que possam se conectar”, afirmou a diretora-executiva para Governo da Embratel, Maria Teresa Lima. Segundo ela, os funcionários do banco também receberão capacitação no uso da tecnologia 5G a partir do acordo.
Várias tecnologias, inclusive IA
Mulinari afirmou que o 5G complementará os estudos do banco sobre uma série de tecnologias, do uso de blockchain à inteligência artificial. Neste caso, o banco já opera uma série de modelos em análise de riscos e prepara outros para auxiliar o atendimento na rede de agências, mas acredita que o 5G pode potencializar os resultados.
“Inteligência artificial pode ser usada para tudo, ela é muito ampla, e quando eu trago 5G, trago uma gama maior de informação, consigo conectar mais dispositivos, trazer muito mais dados, é daí que IA se alimenta”, afirmou o executivo.