O dólar à vista voltou a cair frente o real nesta segunda-feira (19), apoiada pelo fluxo de entrada de moeda tanto pela conta financeira como pela comercial. Investidores estrangeiros estão de olho na bolsa brasileira e se antecipando a uma sinalização de afrouxamento monetário pelo Copom, na quarta-feira. Já os exportadores estão acelerando a internalização de recursos, preocupados com a queda livre do dólar, que já recuou mais de 5% neste mês.
O feriado nos EUA e a agenda doméstica esvaziada nesta 2ªF enxugaram a liquidez do mercado. Aqui, além do Copom, o mercado está de olho na tramitação do arcabouço fiscal no Congresso. O texto terá que passar pela CAE e depois pelo plenário do Senado e poderá ter que voltar à Câmara caso sofra mudanças na redação. Lá fora, o foco está sobre o BC da China, pode anunciar nesta noite novo corte nas taxas na tentativa de reaquecer a economia, que perdeu tração nos últimos meses. Hoje, o Goldman Sachs reduziu hoje sua projeção de crescimento do PIB chinês, de 6,0% para 5,4% em 2023, e de 4,6% para 4,5% em 2024.
O dólar comercial (FX:USDBRL) fechou em queda de 0,92%, a R$ 4,7755, após oscilar entre R$ 4,7600 e R$ 4,8299.
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Perto das 17h45, o dólar futuro para julho (BMF:DOLN23) caía 0,93%, a R$ 4,7840.
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Moedas Globais
Lá fora, o dólar esboçava leve correção frente aos pares após a baixa da semana passada, quando o Fed não mexeu nos juros, mas BCE anunciou novo aperto de 25 pb. O DXY tinha alta de 0,27%, aos 102,516 pontos. O euro caía 0,20%, a US$ 1,0919. E a libra recuava 0,33%, para US$ 1,2781.
O índice DXY (CCOM:DXY), que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,81%, a 102,115 pontos.
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O dólar se valorizou ante outras moedas principais, como o euro e a libra, mas a segunda-feira foi atípica, com menos volumes negociados por causa de feriado com mercados fechados nos Estados Unidos, a cautela da moeda dos EUA foi procurada. Investidores monitoraram o quadro na Europa e se preparavam para eventos mais importantes nesta semana, como declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, no Congresso dos EUA.O tom na Europa foi negativo, com bolsas em baixa, após o Conselho Estatal da China encerrar reunião na sexta-feira sem medidas concretas para apoiar a economia. Em relatório, o Goldman Sachs cortou projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) chinês neste ano, de 6,0% a 5,4%.
Vários dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) vieram a público, em geral sinalizando para mais uma alta de juros em julho, e com vários deles comentando que para setembro a questão está em aberto, a depender dos indicadores. Para Isabel Schnabel, do conselho do banco central, os riscos à perspectiva de inflação estão inclinados para cima. A postura do BCE, porém, não foi suficiente para apoiar a moeda comum hoje.
A Oxford Economics considera, em relatório a clientes, que o dólar deve seguir apoiado ante outras moedas de mercados desenvolvidos. A consultoria argumenta que, mesmo que seja evitada uma recessão global, a perda de fôlego na atividade apoiará a segurança da divisa dos EUA. A Oxford diz que isso deve sustentar o dólar também em 2024.
No restante da semana, há expectativa por declarações de Powell, em dois depoimentos no Congresso. Mais adiante, o BBH afirma que a ata da mais recente reunião de política monetária do BC dos EUA pode ser importante para os mercados fazerem um ajuste sobre os próximos passos do Fed em sua política monetária.
Swap Cambial Hoje
O Banco Central (BC) rolou 16 mil contratos de swap cambial tradicional – equivalente à venda de dólar no mercado futuro ofertados em operação realizada nesta manhã. Ao todo, o leilão teve giro financeiro de US$ 575,0 milhões.
Foram negociados 3 mil contratos negociados para vencimento em 1 de novembro de 2023 deste ano. A taxa nominal foi de 6,792% e a linear de 6,589%, sem percentual de corte nas propostas apresentadas. A operação movimentou US$ 150,0 milhões.
Os demais 8.500 mil contratos, com vencimento em 1 de agosto de 2024, tiveram taxa nominal de 6,697% e linear de 6,624%, sem percentual de corte nas propostas apresentadas. O total movimentado foi de USS 425,0 milhões.
PTax
São Paulo, 19 de junho de 2023 – A PTax, média das cotações do dólar apuradas pelo Banco Central (BC), caiu 1,0%, a R$ 4,7797 para compra e R$ 4,7803 para a venda.
A Ptax é utilizada em diversos produtos do mercado de câmbio, desde os contratos futuros e de opções de câmbio listados na B3 até os contratos derivativos de balcão negociados no mercado local e no exterior, além de operações financeiras de empresas no segmento de câmbio com entrega física.
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Hoje, o dólar ( USDBRL) recua 0,09% ante o real, com a moeda sendo negociada a R$ 4,81. No último pregão de maio, o dólar fechou cotado a R$ 5,05. Em 2022, a divisa dos Estados Unidos fechou cotada a R$ 5,28.
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*Com informações da Dow Jones Newswires, TC e CMA