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O dólar à vista (FX:USDBRL) seguiu em correção nesta terça-feira (27) e subiu frente o real, depois de acumulado alta de mais de 6% durante o mês. A briga pela formação da ptax de junho e do semestre e o fluxo de saída de estrangeiros da bolsa, também realizando lucros com ações, ajudou a empurrar o câmbio para cima, na contramão da moeda no exterior. Lá fora, o dólar perdeu terreno em relação aos pares, especialmente frente ao euro, com investidores apostando que o BCE será mais duro do que o Fed em sua política de aperto monetário.
O dólar à vista fechou em alta de 0,67%, a R$ 4,7987, após oscilar entre R$ 4,7517 e R$ 4,8065. em uma cesta com 22 moedas, o real registrou o segundo pior desempenho ante o dólar.
O dólar futuro para julho (BMF:DOLN23) fechou em alta de 0,95%, a R$ 4,815.
Pela manhã, no Fórum do BCE em Sintra, Portugal, Christine Lagarde reiterou que o BCE precisa elevar seus juros a níveis “suficientemente restritivos” e mantê-los nesse patamar “pelo tempo que for necessário”. “A instituição está comprometida a cumprir sua meta de inflação de 2%, não importa o que vier”, afirmou. Por aqui, o mercado reagiu à desaceleração da inflação medida pelo IPCA-15 e à sinalização um pouco mais clara da Ata do Copom, de que a Selic pode começar a cair em agosto.
O cenário de continuidade de alta dos juros nos EUA e na Europa e de início do afrouxamento monetário aqui tende a tornar o “carry trade” menos atraente, o que faz com que o estrangeiro tire dinheiro da renda fixa doméstica.
👁️ Fique de olho
Capital Economics: Real deve se desvalorizar 9% em relação ao dólar até o fim de 2023
Por mais que as moedas latino-americanas tenham se fortalecido em relação ao dólar neste ano, o real deve se desvalorizar 9% até o fim de 2023, projeta a Capital Economics. Já o peso mexicano deve se desvalorizar em 15% e o colombiano cair 9%, aponta a consultoria. O ambiente no restante do ano deve ser de menor propensão ao risco, o que pesará nas divisas emergentes. A Capital Economics destaca também o fato de que as ações de países da América Latina vinham tendo desempenho melhor que seus pares dos EUA até agora, motivadas pelo impulso das taxas de câmbio. Este breve desempenho deve ajudar no processo de desinflação que a região passa, avalia a consultoria, mas ele já está chegando ao fim. A projeção é de que o desempenho doméstico global caia no terceiro e no quarto trimestre e isto fará com que esfrie o desempenho das ações latino-americanas. O cenário de médio prazo, porém, permanece favorável para as ações da região, projeta a Capital Economics. “Assim que a economia global e o apetite por retornos de risco se recuperarem, acreditamos que as perspectivas melhorarão para as ações latino-americanas.”
Moedas Globais
O índice DXY (CCOM:DXY), que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, recuava 0,21%, para 102,473 pontos. O euro subia 0,51%, para US$ 1,0962. E a libra avançava 0,31%, a US$ 1,2751.
Swap Cambial Hoje
O Banco Central (BC) rolou 16 mil contratos de swap cambial tradicional – equivalente à venda de dólar no mercado futuro ofertados em operação realizada nesta manhã. Ao todo, o leilão teve giro financeiro de US$ 800,0 milhões.
Foram negociados 4,4 mil contratos negociados para vencimento em 1 de novembro de 2023 deste ano. A taxa nominal foi de 6,704% e a linear de 6,505%, com percentual de corte de 10,0% nas propostas apresentadas. A operação movimentou US$ 220,00 milhões.
Os demais 11,6 mil contratos, com vencimento em 1 de abril de 2024, tiveram taxa nominal de 6,584 % e linear de 6,512 %, sem percentual de corte nas propostas apresentadas. O total movimentado foi de US$ 580,0 milhões.
PTax
A PTax, média das cotações do dólar apuradas pelo Banco Central (BC), subiu 0,2%, a R$ 4,7897 para compra e R$ 4,7903 para a venda.
A Ptax é utilizada em diversos produtos do mercado de câmbio, desde os contratos futuros e de opções de câmbio listados na B3 até os contratos derivativos de balcão negociados no mercado local e no exterior, além de operações financeiras de empresas no segmento de câmbio com entrega física.
Veja abaixo o histórico recente:
27/6/2023 Compra: R$ 4,7897 Venda: R$ 4,7903
26/6/2023 Compra: R$ 4,7793 Venda: R$ 4,7799
23/6/2023 Compra: R$ 4,7793 Venda: R$ 4,7799
22/6/2023 Compra: R$ 4,7744 Venda: R$ 4,775
21/6/2023 Compra: R$ 4,7789 Venda: 4,7795
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Hoje, o dólar ( USDBRL) avançou 0,9% com a moeda sendo negociada a R$ 4,81. No último pregão de maio, o dólar fechou cotado a R$ 5,05. Em 2022, a divisa dos Estados Unidos fechou cotada a R$ 5,28.
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*Com informações da Dow Jones Newswires, TC e CMA
