As bolsas seguem sem direção única em NY nesta tarde. O Nasdaq sobe (+0,39%) influenciado por Apple (+1,8%), que hoje apresenta um fone de ouvido de realidade mista, e puxa outras techs.
Ações da Apple atingem alta histórica antes da conferência de desenvolvedores
O S&P 500 avança 0,10% e pode sair do bear market hoje, se mantiver os ganhos, já que teria subido 20% desde a mínima mais recente, de outubro de 2022. O Dow cai 0,41%.
Destaques de Wall Street de segunda-feira (05): UBS, Tesla, Palo Alto Networks, Novo Nordisk e mais
A expectativa majoritária de que o Fed mantenha os juros na semana que vem é um pano de fundo positivo. Essa esperança foi reforçada pelos PMIs divulgados hoje, que segundo Andrew Hunter, vice-economista-chefe dos EUA na Capital Economics, junto com outros dados divulgados apontam um crescimento do PIB pouco acima de zero no 2º trimestre.
A expectativa de manutenção dos fed funds faz cair os juros dos Treasuries. O índice dólar que até há pouco caía, passou a subir 0,03% (104,049).
Ibovespa vive montanha russa pressionado por Vale
Por volta das 15h00, o Ibovespa virou e passou para o campo positivo, valorizando 0,12%, aos 112.698 pontos. O volume de negócios projetado para hoje é de R$11,9 bilhões, bem abaixo da média de 50 pregões.
Momento B3: CVC, Suzano, Klabin e os principais destaques corporativos desta segunda-feira (05)
As ON e PN da Petrobras subiam 0,3% e 0,8%, respectivamente, em sintonia com o movimento do petróleo Brent, que arrefecia os ganhos desde o início da sessão.
A Arábia Saudita anunciou no fim de semana um corte adicional de produção de 1 milhão de barris por dia, para cerca de 9 milhões de barris por dia – o menor patamar de produção do país desde junho de 2021 – a partir de julho, e avisou que a decisão ainda pode ser prorrogada. Já a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve as metas de produção de petróleo para este ano.
As ON da Vale reverteram os ganhos e recuavam 0,90%. O movimento ocorre apesar da alta de 2,15% do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian, na expectativa pelo anúncio de um pacote de estímulos imobiliários na China.
Mais cedo, o BTG Pactual revisou para baixo o preço-alvo das ações da Vale e outros números da mineradora, incorporando um cenário de maiores custos e menores preços do minério de ferro, devido às frustrações com a reabertura da economia chinesa ao longo do ano. Ainda assim, o BTG manteve a recomendação de “compra” para papéis.
As ON da CVC ganhavam 9,7%, liderando as altas percentuais do índice. No plano de fundo, o fundador e antigo controlador da operadora de turismo, Guilherme Paulus, se comprometeu a investir R$75 milhões em uma futura oferta primária da companhia. A CVC também elegeu Fabio Martinelli Godinho como CEO.
Na ponta oposta, papéis do setor Financeiro pressionavam o Ibovespa: as ON da B3 e as PN do Itaú recuavam 0,76% e 0,48%, respectivamente.
As ON da Eneva cediam 3,0%, liderando as quedas percentuais do índice. Mais cedo a Fitch cortou o rating da 9ª emissão de debêntures da companhia de “AAA(BRA)” para “AA+(BRA)”.
O dólar cai 0,70%, com relato de fluxo gringo, a R$ 4,9183.
Os juros renovam mínimas seguidas desde a fala do diretor de Política Monetária do BC, Diogo Guillen, que em evento hoje traçou uma perspectiva mais benigna para a inflação, embora tenha ressaltado que núcleos e serviços sigam resilientes. A queda nas expectativas do IPCA 2023 e 2024 no Focus também ajuda. O DI jan29 está agora abaixo de 11%, caindo a 10,96%, de 11,081% na 6ªF
Com informações do BDM e TC